sexta-feira, maio 30, 2003


Nada como ter layout reserva. Já que o Blogger resolveu esculhambar o meu template, em breve aqui um novo visual.






BG: London Loves, Blur

Chique mesmo é meu cunhado, que recebe convite escrito à mão pelo próprio García Márquez para participar de uma oficina de roteiros na Escola de Cinema de Cuba. Com isso, minha irmã ganha um poema e uma rosa desenhada. Tudo do próprio Gabo.






quinta-feira, maio 29, 2003


Alguém me explique o que o Blogger fez com o meu template, por favor. O que eu faço? O texto vai sumindo, sumindo, sumindo... Desça o cursor e veja.

Maldito Blogger dos infernos, morra três vezes!!!

Humpfff...






BG: Alcoholiday, Teenage Fanclub

Brincando no PhotoShop

Para ver maior é só clicar






BG: I Need Direction, Teenage Fanclub

Se gavetas fossem a vida, eu tava levinha que só vendo...
Hoje pus um short curto, uma regatinha, faixa no cabelo e incorporei a faxineira que vive dentro de mim. Na verdade, isso aconteu por pura necessidade. Porque chega uma hora em que você não acha mais nem sua agenda no meio da confusão. O cúmulo foi eu ter que ligar para mim mesma para encontrar o celular perdido em algum lugar. Fiz uma seleção de músicas. Animadas, claro; ter depressão no meio de uma faxina, nem pensar! Som na caixa, aspirador na mão, vamos à luta, pra frente Koltrane.

Primeiro, o armário. Roupas que há muito não usava porque simplesmente havia esquecido que existiam. Triste é constatar que aquela blusinha linda perdida no fundo do armário e da memória e que te botou um sorriso na cara não te cabe mais. A barriga (ai, como é bom voltar a dizer "barriga" em vez de "bucho", daqui a pouco é abdômen) de fora. E nem ouse levantar os braços! E minha mãe de cinco em cinco minutos no quarto para me lembrar de separar as peças para doação. Mamãe se esquece que faço isso religiosamente de seis em seis meses. "Essa camisa aqui, por exemplo, faz meses que você não usa". Claro, mãe, há meses estou desempregada e não uso esse tipo de roupa normalmente. "E essa outra? Você usa só de vez em quando". Mãeeee, ela tem paetês!!! É óbvio que eu uso uma vez ou outra.

Armário aberto, roupas sobre a cama. Lavar, doar, guardar, separar... Noooossa, quanta aranha!!! Se aranha realmente fosse dinheiro... Não sei o que acontece aqui em casa que por mais que se detetize, limpe, bote remédio, as aranhas saem pelo ladrão. Em todos os apartamentos é do mesmo jeito.

Resolvida a problemática do armário, vamos às gavetas. Eu preciso me tornar uma pessoa mais desapegada. Tudo bem que eu não guardo mais papéis de bombom como no ginásio, mas... panfleto (ou flyer, como diria Ricardinho) do show dos Titãs na Biruta em 1997, cartão de seleção da Cultura de 1995, adesivo da Capricho de Feliz 94. Enquanto eu ia puxando essas coisas, eu pensava que provavelmente as minhas gavetas tinham um fundo falso que eu descobri hoje. Ou que os duendes vieram ontem à noite e devolveram tudo. Mas levaram uma sacolinha plástica da Nokia em troca. Malditos duendes. Voltem pra Xuxa, seus coisinhas!

Decidi me desfazer de todas essas coisas. Afinal, eu não gosto mais de Titãs (pelo menos não esses de hoje), não leio mais Capricho (e 94 já foi feliz) e não fui fazer a prova da Cultura naquele ano. E - claro - precisava de espaço. Não tenho mais onde guardar livro, xérox, CD e disquete. Meu irmão ainda trouxe doze livros pra minha monografia. Minha avó dizia que dormir com o livro embaixo do travesseiro fazia a gente aprender o conteúdo quando acordasse. Vovó era uma sábia, mas não nesse caso: eu ia levantar era torta da coluna. Então, doze livros a mais na estante. Sai Manual do Estudante da UFC de 1999.

Chato mesmo é quando chega na parte de objetos que vão lá nas lembranças. Fiquei ali encarando aquela foto do churrasco no sítio da Cecília em 1997. Eu e o Fulano que eu era a fim. E lembrei da última vez que eu o vi, com um menino no colo. Isso foi há uns seis meses. Aliás, foi ele quem me fez guardar a porcaria do ingresso do show dos Titãs. A gente comemorou lá o resultado da primeira fase do vestibular. Eu, Psicologia; ele, Direito. Na segunda fase, dançamos os dois. Primeiro na UFC, depois no térreo aqui do prédio. Foi o fim. Eu chorei. Naquela noite. Hoje, não. E a Cecília sumiu no tempo e no espaço: nunca mais tive notícias. Brincávamos de Barbie no primário e éramos grudadas.

E ao final, acabei por preservar a foto. Carinho. Eu guardo isso por ele.

Mas muita coisa foi para o saco de lixo, que há muito não é azul. É do Pão de Açúcar, mas pra mim é preto. É luto, é passado, é o que não tem mais serventia. Foram fotos, cartões, embalagens de presentes. Foram poemas baratos que falavam de calar no espaço entre as bocas e de acreditar em mentiras covardes. Eu que calara e acreditara, xinguei verdadeiramente e corajosamente botei tudo no lixo de verdade. O sentimento já tinha há uns meses.

O foda é que não é prudente jogar fora tudo o que se quer. Não preciso mais de uma propaganda da Calourada dos Quadrinhos no Domínio Público nem de uma pulseira de miçangas de Canoa Quebrada, mas ainda pode me ser muito útil uma pousada em Guaramiranga ou doces de uma certa senhora que mora perto da 13 de Maio. Ou ainda aquela livraria pernambucana que traz livros diretamente da França. Ah, foda-se! A serra continua agradável, os doces são uma delícia e ainda estudo francês.

Portanto... três cartões sobreviventes na devassa "faxinal".






quarta-feira, maio 28, 2003


blogger idiota






terça-feira, maio 27, 2003


BG: My name is Jonas, Weezer

>>> O Blogger está definitivamente malucão. Antes, eu ia editar o template e aparecia uma tela em branco, agora aparece o antigo template. Sendo assi, enquanto não consigo ajeitar no template, vai aqui mesmo o selinho dos Los Hermanos.



>>> Os comentários sobre o show da Maria Betânia (leia um exemplo) me levam a perguntar se é necessária uma cartilha de comportamento para o público daqui. Bom senso, ninguém sabe o que é?

>>> O modo como a cultura é tratada aqui no Ceará me envergonha. Tudo gira em torno de uma panelinha. Ou algo mais justifica a doação de equipamentos do desativado Instituto Dragão do Mar ao Alpendre? Pera lá, isso aí é dinheiro do Estado!

>>> Se der tempo, eu vou.

>>> Graças ao bom Deus tiraram da primeira página dos populares as propagandas do residencial Carlos Vasconcelos. Toda vez que eu via aquilo, ficava me perguntando se o redator daquele anúncio não sabe que não pode, não pode, não pode ter vírgula entre sujeito e predicado.

>>> Entrevista hoje. Desejem-me boa sorte.






segunda-feira, maio 26, 2003


BG: Adeus Você, Los Hermanos (enquanto não pego o Ventura, vou curtindo o Bloco. Ai, que vontade de chorar dá essa música)

Sonhos sonhos são
Estava muito triste por ter desalojado a minha Amélie dorminhoca e sonhadora daqui. Embora a Nana a tenha adotado e preservado seu sonho, abateu-me um sentimento de saudade. Ou posse, sei lá. Então peguei uma idéia da Marina e arranjei um pretexto para preservar Amélie comigo também. E agora ela tem duas casinhas, a minha (que também é da Mari e da Renata) e a da Nana.

Vai dar uma olhadinha. Não tem nenhum post ainda, mas vai assim mesmo, tá.






domingo, maio 25, 2003


BG: Celebrity Skin, Hole

Jabá
A felicidade pode estar:

numa dose de pinga
nos hinos da igreja
numa leitura na rede ao final de tarde
num buquê de flores enviado por um amor até então não correspondido
na conquista de uma bolsa de estudos
num docinho
no laço do biquíni que se desamarra
num gol na final do campeonato
na morte dos adversários num jogo de computador
no olho que se abre de um paciente desiludido
no soco que nocauteia deixando o olho fechado
num prêmio na loteria
no sorriso de sua filha
em milhões de outras situações

Viver é simples. O lugar de ser feliz é aqui, o momento é agora.

Auto-ajuda porra nenhuma.

O personagem desse livro resolveu desfrutar do paraíso em vida e, se necessário for, ele vai não vai hesitar em chutar a sua cabeça pra atingir o seu objetivo.

Compre o livro, mas não se esqueça: ele tá vivo. E não tá nem aí pro que você pensa sobre ele. O único risco é você se apaixonar por alguém que deveria odiar. Mas isso é tão normal...

Basta fazer sua compra pelo site www.papelvirtual.com.br e receber seu exemplar em casa.

A festa de lançamento em Fortaleza será nas próximas semanas na Órbita.







BG: Vaseline, Elastica

last nite
A presença ilustre de Flávia Marreiro me levou ao Ritz mesmo. Tão ilustre que ele pensou que se tratasse de alguma popstar. Aí pude dar um monte de abraços bem apertados nela e mais uns pra ela levar para o núcleo Sampa. E isso já faria a noite boa. Bom, perfeita não foi, mas deu pra desopilar bastante, apesar dos 10 reais da entrada (e que fizeram o Richá e seu amigo desistirem na porta). Não teve o vídeo que ainda não vi da 69%love, mas dizem passar na TV União. Dose é ter que esperar assistindo à TV União. Whatever... apesar do atraso, nem me incomodo, pois a 69 é uma das poucas bandas daqui que me fazem sair de casa e pagar pra ver. Pena que não encontro mais o CD deles para comprar. Bem feito por não ter comprado na época. E o brit estava bem diferente. "Tão normal", disseram.

Chateada fiquei por só ter pego umas três ou quatro músicas do DJ Dolores, que entrou tarde. Entre a banda e ele teve um outro DJ, que acertou e errou a mão. Mas fiquei com vontade de arranjar um cdzinho do cara. O Dolores. Putz, dancei muito. Embora reconheça que competir com a Caboca e a Taís é de lascar. De lascar também foi eu ter me desacostumado com cerveja. Bêba não fiquei, mas tô com o gosto da dita até agora na boca, toda cheia de fastio...

segundo clichê
* Preciso descobrir se sou Psycho Toy de alguém. Segundo o Joubert, todo mundo é. E tem o seu também.

* Meu vestido é muito graça, mas ficar ajeitando o decote a todo instante não tem graça.

* Essa minha mania de ficar ajeitando o cabelo de cinco em cinco minutos me fez dar uma cotovelada em um dos poucos bonitinhos da festa, além de receber uma cantada "lébisca" no banheiro.

* Repito, Adriana, que às vezes eu me sinto uma pedófila.






sábado, maio 24, 2003


BG: Crazy Beat, Blur

dúvida

Hey Ho ou Ritz?
Undergroove + Pragatecno ou DJ Dolores?

Onde vocês vão estar?






BG: Easy Way Out, Elliot Smith

A Mari mandou por e-mail, vi também na Flávia Durante, mas ninguém conhece a autoria:

Vamos brincar de indie
Fazer franjinha
E pôr All Star

Faça carinha triste
Escute Weezer
Mas não vá chorar

Indie fazer barulho
(solo de guitarra)
Indie ter seu orgulho
(solo de guitarra)
Indie ter guitarra mas nem sabe tocar

Pegue seu CD-R
E a mochila
Vamos dançar
Compre a NME
Faça um ar blasé
Mas não vá se isolar

Indie fazer barulho
(solo de guitarra)
Indie ter seu orgulho
(solo de guitarra)
Indie ouve metal só pra disfarçar






sexta-feira, maio 23, 2003


BG: Why does my heart feel so bad?, Moby (Por que o Moby tem de ser tão perfeito?)

dicionário visual
clean.

medo
depois que as palavras "instalação" e "intervenção" passaram a ser moda nas artes plásticas, tenha muito medo quando for a uma exposição. Tá bom, medo não. Apenas discernimento. O joio, o trigo, por aí.

falando em arte
feliz da minha irmã que viu no RJ uma exposição com obras de gente do naipe de Lygia Pape e Fayga Ostrower.






BG: Lazy, X-Press 2 feat. David Byrne

academiquices
Pense numa catira. Pensou? Eleve ao quadrado.
Ela chegou. Short muito curto, tipo loira do tchan e uma blusa branca de mangas compridas. Quando tirou a blusa, além do indefectível piercing no umbigo (nem todo mundo que usa piercing no umbigo é catira, mas toda catira que se preze usa), uma peça pouco convencional até mesmo para a academia, onde a maioria das pessoas anda exibindo a forma (ou a falta de). Ela estava de biquini. Como é que uma pessoa usa biquini pra fazer ginástica, me diz? Aí ela pega o blusão e amarra na cintura. O instrutor adverte que a blusa é branca e que deve sujar no chão. A resposta dela: "é que meu short está um pouco curto". Pouco?! Tá bom. Mas, minha filha, me explique como você aparece na academia com os peitos quase de fora e fica cheia de pudores com o short? Mas o que eu queria entender mesmo é o porquê de as catiras atraírem tanto a atenção masculina. Eu sei que ela estava lá com os peitos de fora, mas - putz - a criatura era muito feia. Do tipo que não devia usar biquini nem na praia.






Eu vi uma foto por e fui conferir o site.
Não é por nada não, mas que puta site tosco! "Sexta na Órbita" até vá lá, mas "Sábado no Del Paseo" e "Aniversário da pipoca Sarada" faça-me o favor... E "Hora do Intervalo no Farias Brito (Braveza)"? Só me resta rir muito.

E alguém poderia me explicar o que significa o verbo "degrinir" (sic)?






Jabá

"A Evolução do Rock", com a DJ Molly Jones (a Marinetes), banda Réu Confesso (Rock Nacional 80 e 90) e banda Et Circensis (Rock Internacional 60 e 70). Local: Ritz Café. Ingressos: R$ 5,00 (antecipado) R$ 7,00 (até 0h) R$ 10,00 (após).

Só não sei se eu vou poder ir... :(






BG: Parklife, Blur

Idéias sensacionais
Ontem um bando de lisos teve uma idéia genial para ganhar dinheiro. Eu, Joubert, Isabel e Marina pensamos em facilitar a vida de todos os que querem ingressar na profissão da moda. Sim, porque jornalismo está na moda. Basta ver as celebridades (?) saídas dos Big Brothers: todas querem ter um programa na TV. Pois bem, que tal ofertar um curso em módulos para televisão? Por exemplo, "como apresentar um programa de entrevistas", "programas infantis", "programas de variedades", "programas para adolescentes"... E claro, as novas modalidades "como apresentar um programa turístico" e "como apresentar um programa de esportes radicais".

O primeiro módulo poderia ser "como ser VJ da TV União".
Mais básico do que esse, apenas o "como ser cinegrafista da TV União".

Para ser cinegrafista da TV União é muito fácil. Compre uma garrafa de vódka. Beba. Tome dois comprimidos de qualquer coisa, até Tylenol serve. Pegue a câmera e vá filmar. Daí é só virá-la para um lado e para o outro e dar um zoom ou outro de vez em quando. Pronto. Você está apto a ser cinegrafista da TV União.

Aguarde os próximos módulos.






BG: This is a low, Blur

Uma noite no shopping
Meu sonho de infância era ficar trancada à noite dentro do Iguatemi. Dentro da Mesbla já estava bom. Imaginava que o shopping ficava fechado, todo iluminado e sem ninguém. E claro, acreditava que as lojas ficavam abertas. Que farra boa seria! Brinquedos, bombons e sorvete à vontade. Free.

Mas o shopping à noite é muito diferente do que supunha minha vã imaginação infantil. Depois que o Extra foi inaugurado no Iguatemi tornou-se impossível que qualquer pessoa ficasse trancada no shopping. Foda. E mesmo que não houvesse o Extra, não ficaria sozinha entre as lojas. Além dos seguranças, descobri que mais gente trabalha por lá depois que as portas se fecham.

Como eu descobri isso?

Tudo começou com uma pequena briga com minha estimada mãezinha. Briga essa que me atrasou para chegar ao cinema. Saí de casa correndo, peguei a Dri correndo e fui para o Iguatemi correndo. Nessa corrida toda, o celular tocando e a bateria caindo. E eu continuava correndo. E sem relógio. Saio do carro desesperada e corremos (mesmo?) para o cinema. Está lá o pobre do Richá sozinho a nos esperar. Todo mundo já dentro do cinema. Pelo menos não pegamos fila. Mal sentamos e o filme começou. Um copo de Coca-Cola depois e uma vontade louca de ir ao banheiro. Segura aí, Koltrane.

Sim, e o que isso tem a ver com ficar trancada no shopping?

Calma. Quando saímos do cinema, felizes e satisfeitos (e com um puta torcicolo por sentar na priemira fila, além de uma vontade louca de ir ao banheiro), "tchau Richá, tchau Morena, tchau todo povo... Vamos, Dri? Peraí!!! Tipo assim, cadê o tícket do estacionamento?" Revira bolsa, tira tudo da carteira, olha nos bolsos... Nada. "Deve estar no carro". Olha no carro e nada. Sumiu. Duendes? Nada disso, puro dstrambelhamento meu, que na hora de sair do carro não deve ter se tocado do tícket no colo. Perdeu-se.

Pronto. Agora sim.

Lá estávamos nós, sozinhas no shopping, todos os carros indo embora, tudo vazio. Nós e o pessoal da segurança. "Moço, que é que eu faço?". "Ah, tem que procurar a Administração. Vai por aqui, entra ali à direita, abre a porta preta, primeira porta de vidro à direita, bla bla bla...". "Tá, seu moço, já conheço". Isso já havia acontecido uma vez com a Marina. Seguimos o caminho indicado e... como assim, trancado? Seu Ninguém na gerência do estacionamento. Lindo. Escuto vozes e as sigo. Operários que trabalham na ampliação do shopping e uma mocinha que eu não sei onde trabalhava ali. Ela nos ajuda, chama alguém que vai poder resolver o problema. Espera, espera, espera... e a vontade de ir ao banheiro aumentando. Ele chega.

James, o rapaz que cuida dos problemas do estacionamento.

Documento pra lá, documento pra cá. Provar que o carro é meu, ou melhor da minha mãe. "Assina aqui. Aqui também. Placa do carro. Quer sair por onde? Onde está o carro? Pode ser pela Sebastião de Abreu? Um minuto". Pega o walk-talk: "Fulano, um carro vai sair sem tícket, libera a cancela, ela vai dar dois sinais de luz". Vira-se pra mim: "Olha, moça, pode sair. É só dar dois sinais de luz que o segurança libera a cancela". "Certo, James. Obrigada". Eu já de-ses-pe-ra-da para ir ao banheiro.

Seguimos em direção à saída. De repente, nossa traquéias se fecham, nossa respiração pesa. Fomos surpreendidas por um exército de detetizadores. Todos com suas máscaras borrifando inseticida por todo o shopping. E eu pensando que o shopping de madrugada (sim, já passava da meia-noite) seria a tradução da tranquilidade. Abrimos a porta em busca de ar. Em vão. O estacionamento também estava sendo detetizado. Precisávamos sair dali o mais rápido possível. Até porque eu ainda precisava ir ao banheiro.

"Como assim, interditado?! Não acredito, vamos ter que dar a volta no shopping inteirinho para sair?". "Vamos sim". Pois bem, contornamos o shopping e na saída da Sebastião de Abreu dou meus dois sinais de luz alta e... nada. De novo. Nada. Ninguém. Temos que encontrar um segurança. Saímos procurando. Vimos um ao longe. Buzinamos. E lá vem ele. Na passarela. Toda a pressa do mundo. Imagine. Finalmente, ele chega. Explicamos toda a situação. "Espera um minuto". Walk-talk: "Fulano, tem uma moça aqui, perdeu o tícket, já falou com a ADM. O PC5 já sabe? Como? Pela 2?". "Vai lá de novo, moça". "Obrigada, boa noite". "Bom dia, moça". "Ah, que seja"

Again. Voltamos. Dois sinais de luz alta. Nada. Ninguém. Desespero. "Eu quero sair daqui!!! Eu não aguento mais. Eu preciso fazer xixi!!". Parada, sem ação, sem saber o que fazer. Quando de repente faz-se a luz! Tanam! Um segurança vem vindo na bicicleta. Thanks, God! Lá vamos nós de novo, como mesmo discurso: "Moço, perdemos o tícket..." . "Sim, eu já sei, vocês já me falaram ali". Era o mesmo, a gente tinha esquecido a cara dele. "Ai meu Deus, desculpa, moço". "Vai lá agora". Por fim, a cancela abriu e saímos do shopping. Quase fiz xixi de emoção.

* * *


Lado bom da história: O James era bem gatinho. E usava cuequinha azul. Calma!!! É que dava para ver porque estava aparecendo o elástico por cima da calça.

Lado ruim da história: Destruiu todo o meu imaginário infantil do que seria o shopping à noite.

Constatação empírica: Uma das melhores coisas do mundo é fazer xixi quando se está com vontade.

Moral da história: Cuidado com o que você sonha.






BG: Invisible Man, Breeders (perdiiiiiiiiii)

Le futur
Minha professora do francês é legal, sim. E joga tarot. Claro que dizendo tudo em francês. Le vrai, dit-ellle. Pelas cartas, estou livre da minha sina de artistas. Nada de ator, músico, fotógrafo, poeta, nada do que vem se repetindo há uns cinco anos. Um professor ou pesquisador, alguém que detenha conhecimento, irá aparecer na minha vida. Será leal e me ajudará a ser mais tolerante. E em dois meses, passarei por um período de escolhas profissionais. Le tarot de Marseille ne faille pas.

Ou ne faille plus?
Certa vez fui a uma cartomante. Há uns seis anos. Segundo ela, hoje eu estaria casada com alguém de outro estado, descendente de estrangeiros, branco e bonito. Tenho uns três amigos que se enquadram nessa descrição. A ex-namorada de um deles até hoje me detesta porque acha que eu dava em cima dele. E dava mesmo. Mas eu não sabia que era um rapaz comprometido. Além do mais, estava no meu direito! Afinal era meu futuro marido. Cada coisa que a gente acredita. Olha aí, continuo aqui solteirinha.

Message
Será o destino querendo me mandar na irmã Jurema quando a propaganda dela grudou no meu sapato e não queria mais largar? Estranho.






BG: Clocks, Coldpaly

E a boa de hoje (ontem) foi...
O pessoal do Pragatechno e do Undergroove metidos com seminário sobre cybercultura no Hey Ho. Cláudio amigo do Ricardinho é um deles. Aí eu lembrei, lembrei sim, de tu. Mas eu não pude ir. Hora muito ruim essa de seis da noite. Vou me informar se tem mais além da festa. I would like.

Matrix Reloaded
Preferi o primeiro. Mas vou ver de novo, lá pela terceira ou quarta semana, um dia de quarta, numa sessão bem tarde da noite. Depois eu digo por que prefiro o primeiro.

Mono
Vamo parar de putaria aí, ó de paula!!! Ser esquecida pelo próprio orientador duas vezes numa mesma semana é foda. Meu prazo é fim de julho, ok?

Please
Eu não quero mais saber do blog da enjoada Silvana da Silva, que adotou o pretenso fofo Pitty Webo. Notícia fria.

Gens
Algumas pessoas são admiradas, endeusadas e eu me pergunto o motivo. Sei lá, ser chatinho e esnobe é legal? Claro que é, mas na hora e medida certa. Um petit peu. E nem venha me recriminar: eu só falo de quem merece. Já dizia minha avó que é o mundo todo pra falar de mim, e eu sozinha pra falar dele. Que desvantagem.

Frase
Não me recordo ipsis literis, mas hoje meu irmão citou uma frase do Marcel Proust que achei genial. Mais ou menos assim: "melhor do que ter um olhar para enxergar cem lugares é enxergar um mesmo lugar com cem olhares diferentes".






quinta-feira, maio 22, 2003


BG: The Bitter End, Placebo

icequeanas
I. das ironias

l******* (1:03 AM) : tow passada... kbei de ver na mtv que o little richards era homossexual assumido
koltrane (1:04 AM) : você nunca desconfiou?
l******* (1:07 AM) : pow quem ia desconfiar? o cara era rock roll e famosão na epoca.
koltrane (1:08 AM) : tenho outra bomba então pra te contar. tá preparada?
l******* (1:08 AM) : quem mais vc vai dizer que era gay. oi que eh gay.
koltrane (1:09 AM) : senta!
l******* (1:09 AM) : suspense eh sacanage.
l******* (1:10 AM) : dis!!!
koltrane (1:10 AM) : cara, sério... o elton john é gay.
l******* (1:10 AM) : porra. esse aih ne novidade naum, cara. tu naum sabia? todo mundo sabe que ele era mow viado.
koltrane (1:10 AM) : como assim "era"?
l******* (1:11) : era eh tipu um tempo, epoca.
l******* (1:13) : ah puts... eu confundi. vc tava falando de era viado. o elton jonh.
koltrane (1:13 AM) : isso. que eu saiba ele está vivo.
l******* (1:13) : eu tou em duvida. aquela musica do pianinho com o cara andando na casa naum foi depois que ele morreu
koltrane (1:13 AM) : o elton john morreu??!!!
l******* (1:14) : naum
l******* (1:14) : naum sei
koltrane (1:15 AM) : pra mim, ele morreu depois que fez nikita.
l******* (1:16 AM) : mas vc naum disse que ele estava vivo. o que eh nikita? cara, agora tou voando.

Eu estava brincando com ela, mas ainda não sei se ela estava na brincadeira também ou se de fato ela pensa como escreveu.

II. das conversas edificantes
the_one (3:05 AM) : naum sei mais o que fazer
koltrane (3:06 AM) : o que houve?
the_one (3:06 AM) : o que vc faz quando tem uma morada de rato sobre vc?
koltrane (3:06 AM) : ????!!!!
koltrane (3:09 AM) : como assim? ratos na tua casa? eu já estaria do outro lado da rua!
the_one (3:12 AM) : rs...antes fosse. é um sobre bem mais perto. tipo na cabeça.
koltrane (3:13 AM) : conta isso, bruno. pelamordedeus, que fiquei curiosa agora. como assim na cabeça?
the_one (3:15 AM) : meu cabelo. parece um ninho de rato. me slava! o que vc faz quando acontece?
koltrane (3:18 AM) : bruno, faça-me o favor! meu cabelo não é dos melhores, mas nunca (NUNCA!!! Ouviu bem?) se pareceu com um ninho de rato! >:P
koltrane (3:18 AM) : mas se vc quiser, eu te dou uns telefones de umas pessoas aí.
the_one (3:19 AM) : elas sabem como resolver? hehehehe....
koltrane (3:20 AM) : acho que não. se soubessem não sairiam com elas por aí achando muito bonito.
the_one (3:20 AM) : elas quem?
koltrane (3:20 AM) : as moradas de rato, oras!
the_one (3:22 AM) : e pra que eu vou querer os telefones se eles naum ajeitam as próprias vao cuidar da minha?
koltrane (3:23 AM) : ah sei lá. vocês podem... tipo... montar uma associação!!!

Quem vê pensa que eu nem tenho uma monografia pra escrever. Olha minhas madrugadas.






BG: Honestly, Zwan

Curiosidade



"O menino de cerca de seis anos é representado numa espécie de paisagem de jardim de inverno, vestido com uma roupa de criança, muito apertada, quase humilhante, sobrecarregada com rendas. No fundo, erguem-se palmeiras imóveis. E, como para tornar esse acolchoado ambiente tropical ainda mais abafado e sufocante, o modelo segura na mão esquerda um chapéu extraordinariamente grande, com largas abas, do tipo usado pelos espanhóis. O menino teria desaparecido nesse quadro se seus olhos incomensuravelmente tristes não dominassem essa paisagem feita sob medida para eles."

Pequena História da Fotografia, Walter Benjamin

A curiosidade: O menino era Kafka.








BG: Positivity, Suede

Rapidinhas
1. Mancada perder a pré-estréia do novo do Jorge Furtado. Convites? Fiquei sabendo que eram apenas para constar, ninguém os pediu. Como no Edifício Master, onde se entrava com um ofício A4 dobrado no meio.
2. As provas do francês chegando e eu me desesperando. Mme. Bovary me aguarda bem ali.
3. O problema é que o Benjamin está ali na cama esperando por mim. Walter Benjamin. Obras Escolhidas. Monografia.
4. M.O.N.O.G.R.A.F.I.A. Monografia. Monografia. Conscientize-se, garota. Você tem de escrevê-la. Isso é urgente uma ordem!
5. Depois posto uma curiosidade fotográfica que descobri hoje.
6. Foi ótima a noite hoje na minha pequena oceania. Aniversário da Bel. Muito linda. Grazzie, Joubert, Mari, Rodrigo... todos muito lindos. Parabéns, Bel.
7. Bina, onde tu tava?
8. Amigos têm sonhos muito estranhos. Não, não me bote na suas fantasias. Não desse tipo.
9. A MegaSena tá acumulada. Vou jogar.
10. O que eu faria com 25 milhões. Não sei, mas iria pensar em Paris.
11. Por aqui, só penso nas dívidas.

12. Alguém tem um emprego sobrando pra me dar?






quarta-feira, maio 21, 2003


BG: Perfect Day, Lou Reed (música que dá vontade de chorar)

Rejeição
O artigo mais impopular de todos os tempos do Underweb foi uma resenha minha: 0 (zero!!!) comentários.






BG: I'll be your mirror, Lou Reed

Book
O Sílvio se garante mesmo! Recebi uma das fotos que ele tirou no dia que bem dizer arrastou a Marina e eu pra um editorial de moda. Fiquei até me sentindo uma modelo. E foi um milagre: eu saí bem em TODAS as fotos. Eu, a pessoa menos fotogênica da espécie humana. Eu, cheia de espinhas e com olheiras profundas. Eu saí bem. Em TODAS. Uma ola para o Sílvio!


E aí, Patrick? Tem vaga lá na tua agência?

(Hahahahahaha!!!)






terça-feira, maio 20, 2003


BG: Sexy Boy, Air

Imitação consumista apenas no nível do subconsciente (que eu não tenho um dinheiro)
Vi lá na Renata e fiquei desejando uma dessas também:







BG: Calimero, Stereo Total

Rapidinhas
1. Sou só eu que acho ou mais alguém vê um monte de chapéu de bobo-da-corte naquela iluminação nova da Barão de Studart?
2. I Clowns: de Fellini para Fellini. Documentário, ficção e memórias de um apaixonado por palhaços e circos.
3. Assim como a Adriana, eu continuo achando que palhaços são criaturas do mal.
4. Mas eu fiz oficina de circo em Brasília. Até andei de perna de pau. É bom.
5. Se a Cabôca quer aprender malabarismos, eu cobro aquela história de DJs, que é tão massa quanto.
6. Deveria ter dito antes, mas de graça, o Ritz - mesmo vazio - é muito bom. Com bons e verdadeiros amigos, melhor.
7. A propósito, você tem um excuse me? (p.i.)
8. Parabéns Binaletes! Bote quente por lá!
9. E que história é essa do Ricardo na Zero? Eu vi.
10. Conclusão mais do que certa da Bia: Fortaleza é uma vila.






BG: House of Jealous Lovers, Rapture

Como prometido, as fotos do meu novo eu - ou puro momento de egolatria:



Meu novo eu e close do meu piercing refletindo a luz do sol

(A propósito, hoje eu ouvi essa música do Surto - ergh! - em versão forró - ergh, ergh!)

PS: É apenas um o piercing. A foto é que saiu tremida. Aguardemos as profissionais do Sílvio.






segunda-feira, maio 19, 2003


BG: Danger (High Voltage), Eletric Six (dizem, mas não sei se é verdade, que a outra voz que parece ser feminina - inclusive no clip é interpretada por uma mulher - é na verdade do Jack White, o bonitinho do White Stripes)

Muita gente gosta, eu não...
Oswaldo Montenegro, Geraldo Azevedo, Gonzaguinha e Belchior.
Dire Straits, Men at Work, Cranberries e Kiss.

Não vou falar de Jorge Vercilo e Orlando Moraes, que chutar cachorro morto não tem graça.

A memória pode ser muito trash
Olha o que eu estava lembrando um dia desses... Acho que ninguém mais lembra...
Você lembra que o mala-mor Oswaldo Montenegro gravou um compacto (se lembra disso também?) com a Glória Pires? O "hit" foi Drops de Hortelã.


E tinha aqui em casa essa preciosidade!






BG: Haja o que houver, Madredeus

Autoramas
Me supreenderam para o bem. As músicas que eu não conhecia me pareceram melhores do que as que eu tinha em MP3. Problema é não saber os nomes. Aquela música gritada é ótima para expurgar paranóias. O bis foi "1,2,3,4", do Little Quail, da década passada e que fiquei sabendo por lá era a antiga banda de um deles. A blusinha que eu comprei é bem bonitinha e tenho que lembrar de pedir ao Patrick os CDs.

Hey Ho
Primeira vez que fui lá. Lembrei do extinto Domínio. Parece.
Ah, semana passada recebi outro flyerzinho daqueles que prometem a volta do Domínio.






domingo, maio 18, 2003


BG: Emerge, Fischerspooner

Et le petit monde alternative de Fortaleza s'agite...



Allons y!






sexta-feira, maio 16, 2003


BG: Sexie Sadie, Beatles

Indiespensável?
Nem acho Autoramas esses babados todos. Mas só conheço umas cinco músicas. Lucas ficou de me emprestar "todos os dois CDs" da banda. Garante que vou mudar de opinião. Bom, Lucas, tarde demais. O show já é domingo. Vamos ver o que é que eu acho. Pode apostar que estou me preparando. Gosto de me surpreender. Com música, ainda mais.

Surpreendente mesmo seria não encontrar pares de All Star e Melissinha.

Xeroxsssss
Precavido mesmo é o Jackson Jr. A gente encontra com o garoto por aí e ele saca do bolso um zine colorido. Sempre. Que bom. Aliás, soube de um elogio a sua pessoa.

Promessa
Em outubro vou sorrir mais. Sem aparelho.

Quantos dias?
Feliz. Que uma menina linda e fofa avisa que vem chegando por aí. Semana que vem.

Ego
Em breve uma foto do meu novo eu.






BG: Set it off, Peaches

Let's dance
Enquanto aguardo o dia 31, nova data do Clube (coisa do doce do Enrico e da Kerla), penso em ir a outra festa. Aliás, soube que o Guga está fazendo uns batuques legais no Silva às quartas-feiras. Seria bom se eu pudesse.

De: "Guga"
Assunto: valhei-me, Deus!!!!!!!!!
Data: Thu, 15 May 2003 11:53:33 -0300

olá amigas... e também os amigos,
se suas noites de sexta estão um tédio só nós temos a solução para os seus problemas: SANTA BALADA! Amanhã, dia 16, a partir das 10 da noite até o penúltimo cliente (o último, a gente expulsa), os 4 DJs do Apocalipse vão fazer você balançar o esqueleto e queimar calorias. No controle dos cds, os DJs Guga de Castro, Marquinhos, Diego e Tiago. No repertório, uma salada musical que inclui o rock de vanguarda e a música eletrônica com tempero. Os ingressos custam $ 7 'rial' até a meia-noite e $10 após a meia-noite. Maiores informações no 219.2184 ou pelo site www.ritzcafe.com.br ou gugadecastro@deradio.com.br

ps: depois não vá dizer que a noite de fortaleza é uma b...






BG: Fuck the pain away, Peaches

Coisas estúpidas e/ou preconceituosas ditas em posts, caixinhas de comentários ou saídas direto das bocas alheias me irritam profundamente.

Aos poucos vou encontrando quem também não tenha gostado de "Amarelo Manga". Meu orientador, por exemplo. E ele entende de cinema pra caralho, pra caralho, pra caralho.

Se fosse para escolher a melhor cara da semana, elegeria a da Bina em frente ao São Luiz. "O blog, Bina, o BLOG" (deixe pra lá, piada interna mesmo). Agora é minha vez de fazer a mesma pergunta mental pra você.

Elogios são sempre bons, espero que sejam sinceros. Mas mais lindos são sempre vocês, PA, Mari, Sokó, Bina, Eleuda, Luiz...

Rezas para que meu computador sobreviva.

Duvidaram da veracidade da calcinha vermelha enrolada em forma de flor que eu ganhei no motel. Olha ela aí:


E nem adianta pedir. Vestida com ela, nem pensar.

Feliz. Os CDs chegaram. Peaches rolando.






quinta-feira, maio 15, 2003


BG: Cinnamon Girl, Neil Young (isso mesmo, tá repetindo)

Lembrei de algumas coisinhas que eu não gosto em academia (a de ginástica). Eu que vou de manhã cedo tenho que aguentar a TV ligada na Ana Maria Braga e o rádio na Maxi. Tem a nova "do The Calling", que empolga as menininhas. Meu walkman está quebrado. E como o computador também está e o celular estava, ele fica pra depois. Penso em levar CDs e colocar no som enquanto estiver lá. Será que deixam. Já descobri onde fica, ao alcance de qualquer mão. DJ de academia. Podia até ganhar dinheiro assim. É, o desemprego traz idéias como essa. Ao menos eu rio com uns caras que parecem querer morrer levantando uma tonelada de pesos e soltando fonemas incompreensíveis enquanto exibem as veias do braço e os músculos tremendo. Bom é cair na piscina ao final de tudo. Nadar não, que eu não sei.

Pena eu tenho mesmo é de quem frequenta aquela filial da Dunas no Benfica. Pura tortura. Em frente tem a pizzaria Pizzas e ao lado a sorveteria Doce Gelado. Pense num povo básico para escolher os nomes de seus estabelecimentos! Melhor só o lava-jato Molhação, na Pontes Vieira, que até um ano atrás imitava o logo da Malhação, da Globo e tocava Lulu Santos no rádio.






BG: Cinnamon Girl, Neil Young

A partir de uns comentários ouvidos por aí...
>>> Antes passar despercebida do que chamar atenção pela feiúra. Thanks God pela minha normalidade.
>>> Se for pra mentir, fique calado, baby.
>>> Odeio gente que muda de opinião como quem troca de All Star.






quarta-feira, maio 14, 2003


Nem precisei de gesso, hein.






BG: Mil Perdões, Chico Buarque (não disse?)

Fuga do Dragão
Triste é constatar como Fortaleza é pobre de opções. Muita gente (mas muita mesmo) não entrou no cinema ou sequer olhou para a tela montada na praça. Queriam era encontrar o povo, exibir seus modelitos, beber cerveja e conversar. Apenas para aproveitar um lugarzinho diferente do Dragão.

Mas sentar no banco da praça é bom, sim senhor.






BG: Trocando em Miúdos, Chico Buarque (Eita, que ontem começou a semana Chico Buarque de devoção!)

Amarelo palha, manga podre
E o Amarelo Manga saiu com todos os prêmios do Cine Ceará. Infelizmente, não vi todos os longas, mas só posso presumir que devem ser muito ruins. Não sei se sou eu que não entendo mesmo de cinema ou se esse filme foi superestimado e me decepcionou. Só sei que não penso que ele merecesse toooodos os prêmios.

Antes de entrar no mérito do filme em si, eu tenho que dizer algumas coisinhas que me incomodam no cinema brasileiro. A principal delas é o revestimento de novidade que alguns filmes recebem sem merecerem. Nunca vi fórmula ser novidade. O cinema nacional, em muitos casos, está numa forminha de bolo.

A moda agora é narrativa não-linear com encontros e desencontros de personagens inicialmente desconexos. Escolinha de Robert Altman bem seguida por P.T. Anderson em Magnolia e aqui no Brasil por Sérgio Bianchi (em parte) em Cronicamente Inviável.

A outra moda é explorar tensões sociais em conflitos urbanos. Personagens que saem de suas rotinas frias e sem gosto para acessos de explosão. Temáticas incômodas, válvulas de escape para as frustrações. O Invasor, Cidade de Deus e o próprio Cronicamente Inviável.

Louve-se o filme de baixo orçamento, dizem. Louve-se nada! Baixo orçamento não é garantia de qualidade. Bato palmas para a iniciativa de realizadores que driblam a falta de recursos, mas nem sempre o resultado é bom. E baixo orçamento não minimiza defeitos estruturais, como um roteiro ruim, por exemplo.

E o que é Amarelo Manga? Um painel de personagens que em 24 horas vêem suas vidinhas tomadas por um grande choque que as fazem sair de suas rotinas banais. Essas várias histórias se seguem e se cruzam em determinados momentos.

Personagens que se propõem serem representações do povo, mas não passam de caricaturas. Ao contrário da desenvoltura do filme de Altman, o roteiro de Amarelo Manga é duro, forçado e sem ritmo. E quando falo em ritmo, não estou me referindo à narrativa americana, não. Estou falando em ações bem encadeadas apenas.

Falar que o filme é apenas uma exploração da violência é simplista demais. Há sim, mas é diferente da violência de Cidade de Deus. Em Amarelo Manga, o cerne está mais na tensão e os conflitos são domésticos, silenciosos. Não é aquela explosão da Cidade de Deus, onde todo mundo é bandido e pronto. O que choca é o cotidiano escondido sob a aparência de tranquilidade. Portanto, não chega a ser um irmão de Cidade de Deus, mas um primo, digamos assim.

O problema é que Amarelo Manga torna-se redundante em determinados momentos, sobretudo na intenção de revelar componentes chocantes do cotidiano. A agressão, às vezes, torna-se gratuita com o único intuito de chocar o espectador, mas longe de provocar algum questionamento. É raso. A impressão que me passa é que há uma necessidade quase juvenil de incomodar o espectador, como nas cenas do abatedouro. Provocação barata que não leva à nada.

Não vejo, como muitos dizem, Amarelo Manga como um exemplo de retomada do Cinema Marginal. Quase sempre desprezado, vejo muito mais valor nele do que nesses filmes dos 2000. Faltam hoje o desespero irônico, a agonia existencial que inquietavam o espectador nos anos 60/70. O momento era outro, eu sei, mas a representação do que era abjeto (fosseo sangue, o vômito, o lixo) chocava, acordava. Era de fato uma ruptura naquela época, uma quebra de paradigmas.

Amarelo Manga trata de despudores à maneira de Nelson Rodrigues, mostra personagens como bichos, como Aluízio Azevedo já havia feito no seu Cortiço no século XIX. E que Bressane, Sagnzerla e cia. já haviam levado às telas. É um filme que me soa meio fake. Quer ser esquisito, feio, sujo, nojento... tem sangue, necrofilia, traição e muitos palavrões... fala de gente suada num cotidiano pobre e decadente...aposta no grotesco como matéria-prima...

Mas o tom é o de imagens limpas, com excelente qualidade. Os planos são os mais convencionais, a câmera é conduzida como sempre, a plasticidade é padrão. Exceção de uma ou outra cena, como aquela em que a dona do bar quer provar a cor de todos os pelos. Onde estão a liberdade e inovação pretendidas? Conversa.

Para mim, meia dúzia de gente que já lera as críticas puxou as palmas. O resto, mesmo sem ter ouvido direito (havia horas em que só se ouvia mesmo os "porra" e os "caralho" por causa das ênfases), acompanhou para se mostrar antenado no mundinho cult, alternativo ou seja lá qual for o nome que você queira dar.






terça-feira, maio 13, 2003


BG: Nice Day For a Sulk, Belle & Sebastian (fofinhos)

Amarelo Manga
Poucos foram os filmes que me fizeram ter vontade de abandonar a sala na metade da exibição. De Amor e de Sombras foi um deles. Aquele da Angelina Jolie com o Antônio Bandeiras - e cujo nome esqueci - também. Não, não tenho nada contra o Banderas, ele fez os primeiros do Almodóvar, jamais deveria ter saído da Espanha e feito filmes com o Stallone.

Mas era mais uma noite de Cine Ceará. E ia passar o Amarelo Manga, ganhador de prêmios em outros festivais, o mais aguardado, o mais comentado. Não, não vá com tantas expectativas ver um filme. Eu sempre me digo e sempre me desobedeço. Fui ver o Amarelo Manga com fome. E não gostei. Robert Altman, Nelson Rodrigues, Aluízio de Azevedo, tantas referências mal coladas... Não sei, talvez eu esteja exigente, talvez eu tenha esperado demais, não sei ainda. Estou cansada e com sono, mas amanhã devo desenvolver melhor as idéias.






segunda-feira, maio 12, 2003


BG: Black Star, Radiohead

Mentalidades
Encontro da minha mãe com uma amiga que não via há muito tempo:

"E aí, o que as meninas estão fazendo da vida?"

"Uma está se preparando para terminar o doutorado em Paris. A outra está terminando a monografia da faculdade e preparando o projeto do mestrado."

"Tuas filhas estudam demais! Pra que estudar tanto? Elas não vão casar com nenhum pé rapado mesmo."

Bem vindo à província Fortaleza.
Aqui realmente não é o meu lugar.






BG: Idioteque, Radiohead

>>> Depois de tanto falatório, ainda não fui ver o Salão de Abril.

>>> Depois de quase seis meses desativado, o e-zine Scream & Yell está de volta.

>>> Na Siciliano, já chegou "White Stripes", o novo CD da banda "Elephant". Tenho testemunhas.

>>> Jan Alyne é uma menina legal que eu tive a oportunidade de conhecer rapidamente em Salvador. Amiga dela e dele. Boas referências, não? Pois bem, a Jan faz mestrado na Facom e tem como tema de dissertação os weblogs. A orientação é do André Lemos, o cara da cibercultura. Ao que interessa, então: para ajudar na pesquisa, ela elaborou um questionário para os blogueiros.

Responda e divulgue.
O que você está esperando? Vá lá.






BG: We are all made of stars, Moby

Desespero consumista
E o que é que eu faço? Mesmo desempregada e lisa, eu entro no site do Submarino "só pra ver". Acabo comprando não um, mas quatro CDs. Tudo parcelado, obviamente. Pelo menos peguei promoções (nem todos, confesso, ai ai...) e não paguei os fretes absurdos impostos a quem está fora do eixo Rio-SP.

Sendo assim, estou à espera:









Fazia tempo que eu esperava encontrar esses CDs a preços decentes, tanto quanto as Peaches não o são.

E ainda deixei de fora Miss Kittin, Moloko, Hefner, Café Del Mar, Jay Jay Johanson...






BG: The Beautiful Ones, Suede (não, não é a 69%Love)

Fashio.nite (pontuando o título à moda Thaís Aragão)
Eu não estava brincando quando falei do lance de ser vendedora da Colcci. Atitude desesperada motivada pela total falta de grana. Afinal continuo completamente desempregada (ou procurando uma recolocação nesse mercado saturado, nas palavras "tucanadas" do Manuel). Coisas do limbo do último semestre, quando não vale a pena te contratarem para um estágio "porque você já vai se formar em dois meses" e nem podem te dar emprego porque você não é formada. Além do mais, "época de negociação salarial, você sabe...".

Mas quando eu fui atrás (eu fui, não me olhe assim), já tinha acabado o período se seleção.

Pelo menos me livrei da pentelhação da minha mãe dizendo que eu não tinha estudado tanto para isso.

Mas eu ainda acho massa a rádio C&A, que toca Portishead e Fiona Apple. Aliás, a C&A é massa, até a vinhetinha é em cima do cover que a Lauryn Hill fez do Frankie Valli. Mais massa foi comprar um tamanco style pr um precinho com um único numeral antes da vírgula. Adoro aquelas etiquetinhas vermelhas que podem me salvar nos períodos da mais extrema liseira.






domingo, maio 11, 2003


BG: Stupid Girl, Garbage

Some não
Adoro ver o sorriso dessa menina. Grandão. A gente sai sorrindo também.
E voltei com Siba, Nação Zumbi, DJ Dolores e uma pá de gente de boa.

Merci, babe.

E adoro ouvir a voz desse menino. Liga sempre que quiser. Anotei o número, ligo eu também.

Se cuida, meu irmãozinho. Saudadona.






BG: Vixen, Garbage

Detesto CTRL-C, CTRL-V... mas esse merecia.

Dá para eu deixar o telefone de contato?
Artur Xexéo

Como todo mundo sabe, a televisão brasileira vive um momento peculiar: há excesso de programas de entrevistas e carência de entrevistados. Assim, entrevistadores precisam rebolar para encontrar entrevistados que tenham algo a dizer. E entrevistados abusam da criatividade para terem algo interessante em sua vidas que mereça ser contado em entrevistas. A situação acaba criando eventos jornalísticos inacreditáveis, como o lançamento de um CD de Roberta Miranda, a gravação de um novo clipe da Wanessa Camargo ou a última lipoaspiração de Cristina Mortágua. Você até pode achar que estes fatos não têm muita importância. Mas eles são repetidos, programa a programa, em entrevistas diárias na TV.

Tenho certeza de que os entrevistadores não são felizes com o resultado. Não há entrevistador que não queira obter algo surpreendente de seu entrevistado. Mas, é preciso admitir, está difícil:

- O que você está fazendo? - pergunta um dos 1.001 entrevistadores do momento.

- Ah, eu tenho um projeto - responde a personalidade da vez.

Programas de entrevistas na TV brasileira são praticamente o órgão oficial dos projetos artísticos do país. Se metade deles já tivesse se realizado, a gente teria menos programas de entrevistas na TV. Afinal, os projetos precisam ocupar algum horário. E como todos os horários estão ocupados por programas de entrevistas... O problema é que grande parte dos projetos é de... programas de entrevistas. É um círculo vicioso.

- Quando você volta às novelas ? - indaga o apresentador.

- Ah, estou esperando um convite - entusiasma-se a entrevistada, aproveitando para deixar o telefone de contato.

Telefone de contato é um item importantíssimo em entrevistas. Como o entrevistado está lá de graça e o entrevistador ganha uma fortuna para apresentar o programa, parece que há um acordo entre os dois. Em troca da entrevista - como já sabemos, há poucos entrevistados - o entrevistador deixa que o telefone de contato seja divulgado.

Geralmente, os entrevistados têm pouco mais a revelar do que o telefone de contato. A coisa funciona assim: o entrevistador recebe meia dúzia de entrevistados ao mesmo tempo, faz uma rodada de perguntas para saber o projeto de cada um, indaga sobre as gravações do último clipe, comenta o CD recém-lançado (entrevistador adora elogiar capas de CDs) e deixa o microfone livre para que seja dito o telefone de contato.

Fico imaginando empresários pelo país todo assistindo à TV com um bloquinho de papel e uma caneta na mão anotando telefones que garantam a atração artística de sua próxima feira do gado ou o investimento que ele estava precisando para abater um pouquinho do imposto de renda.

Outro dia, vi um programa destes. O entrevistado era o Tirso. Não sei se vocês se lembram do Tirso. Ele é um ex-BBB. Pois Tirso pediu para deixar o telefone de contato.

- Tenho um projeto para criar um bufê diferenciado. E bufês diferenciados precisam de grande investimento. Estou à procura de um patrocinador.

Imagino aquele empresário - aquele que assiste à TV com bloquinho de papel e caneta na mão - que sempre pensou em investir num bufê diferenciado, encontrando a grande oportunidade de sua vida enquanto assistia ao programa do Gugu!

Às vezes - é raro - o entrevistado não está desocupado e, portanto, não precisa deixar o telefone de contato. Mas ele tem sempre outra coisa para deixar, como um agradecimento à distribuidora de gasolina que patrocina a companhia de dança, ou o agradecimento à companhia telefônica que está salvando o teatro nacional ou, enfim, à pizzaria que garante o jantar do artista. E ao apart-hotel, à cabeleireira, à modista e ao Fernando Pires. Entrevistado na TV sempre está calçando um modelo de Fernando Pires.

É por isso que admiro Daniela Sarahyba. Como todo mundo sabe, Daniela já foi modelo e manequim. Hoje é muito mais. É uma celebridade. E dá entrevistas. Não deve ser fácil arranjar assunto para ser entrevistada. Mas Daniela arranjou. Há mais ou menos um ano, ela vai a todos os programas de TV para anunciar que está se mudando para Paris. Vai seguir carreira de modelo internacional.

- Mas você já sabe o que vai fazer em Paris? - pergunta o entrevistador.

- Já tenho alguns contatos.

No início, o mote eram os contatos. Depois, Daniela arranjou um plus : a mãe iria acompanhá-la para ajudar na mudança. Mais tarde, vieram os adiamentos.

- Já era para eu ter ido, mas apareceram uns contratos...

- Já era para eu ter ido, mas tem a festa do Alexandre Accioly...

- Já era para eu ter ido, mas tem o baile do Copa no carnaval...

- Já era para eu ter ido, mas vou gravar um "Jovens tardes"...

Bem, com um ano de mudança iminente para Paris, Daniela corria o risco de ser uma entrevistada sem assunto. Pois, outro dia, li na Hilde que Daniela Sarahyba está com as malas prontas para... Nova York!!! Vai seguir carreira internacional. Já tem até alguns contatos. Daniela mudou de assunto. É uma craque na arte de ser entrevistada.






BG: In My Secret Life, Leonard Cohen

23 de maio
É o dia da estréia nacional de Matrix Reloaded. Todo mundo já sabe.
Os ingressos já estão sendo vendidos pelo grupo Severiano Ribeiro.

Nos encontramos lá? Ou não?






sábado, maio 10, 2003


BG: Tie up my hands, Starsailor (bandinha pra eu não eu não ver nada demais)

20 anos de atraso
Smiths é massa. É mesmo, concordo. Mas acho graça quando alguém fala isso como se fosse "the next big thing".
Quero ouvir a nova pegada mais pesada do Morrissey. Bem distante do Smiths, dizem.






BG: Grace, Supergrass (ô cedezinho caro da porra!)

Curt Cult Curta
Pois bem que ontem fui Cine Ceará. Cheguei tarde e não vi muita coisa. Obviamente, o calor contribuiu para a minha decisão de abandonar o belo, porém quente e lotado, São Luiz. O homem ao meu lado suava em bicas e o cheiro de perfume Pólo com suor não combina. Eu e Marina quase morrendo com esse odor. O curta da Janaína é bom, sim, como dizem. Acho que tem chances. Quase não vimos. Afinal o Centro lotado de carros é complicado até mesmo para um Ka. E a AMC estava gulosíssima multando Deus e todo o mundo da sua viaturazinha. Estacionada em uma esquina. Tivemos ainda que voltar para buscar as credenciais esquecidas no carro. Não eram necessárias: Patrick nos pôs pra dentro naquele estilo "são jornalistas, são jornalistas". E a gente só tinha perguntado pelo banheiro. Onde uma menina de uns três anos sofria e chorava por conta de uma babá desnaturada que havia lhe posto calça jeans sem antes por uma fralda ou calcinha. A mãe nervosíssima. Do lado de fora, a brisa era mais agradável. O público nem tanto. Mesmo assim, o número de chatos era menor do que eu imaginava. Apenas acenei de longe. Bebi um café delícia de graça, descoberta de modelo e atriz, que nos ciceroneou a noite inteira. De copo em mão, achava graça dos posers que passavam para um lado e outro. Pensava em como sou normal, tenho apenas um piercing e o meu cabelo não tem nenhuma cor extravagante. Também não faço sobreposições estranhas. Seria eu hostilizada se resolvesse fazer Estilismo? Gosto de moda, não de modismo. Difícil é diferenciar. Não vi o Lua Cambará, faltou-me saco. Embora um bêbado tenha tentado vender por "apenas 5 reais" um ingresso. Recusamos, Lid e eu. Meu cunhado foi testemunha do pão ridículo que eu comprei por ser barato. E morri de fome o resto da noite. Mas não encomendei nada, como haviam feito o Ele e Ela do curta Morte. Apenas corri pra buscar o carro na faculdade antes que fechassem os portões.

De lá, a Marina estava numa fissura para ir ao The Wall. E eu não tinha para onde ir, mas não queria voltar pra casa. Fomos. Encontramos um pessoal legal. Mas a gente estava com outro pessoal legal. E ficamos com nossa mesa cigana e andarilha recolhendo mil papéis com números de uma centena na esperança de ganhar o DVD. Se foi desonesto pegar o papel das mesas vazias? Oras, o sorteio também foi. Não ouvi minhas favoritas. E nem esperava por elas. Caí na calçada, torci o pé, tenho dois rombos no joelho, iguais aos permanentes que eu tinha no primário inaciano. Espero não ter que ir ao hospital da Unimed, o gesso - verde - não combina comigo.

E a constatação da noite foi a de que ninguém nessa cidade tem o telefone do Patrick.






sexta-feira, maio 09, 2003


BG: Lucky Man, The Verve (de uma coletaneazinha legal que comprei no Extra a 15 reais, The Alternative Album)

Manu é mano de quem?
Lembro que certa vez o Lúcio Ribeiro disse que Weezer era legal, mas os seus fãs não.

Pensamento que vale em parte para Manu Chao e seus fãs. Em parte porque Weezer é muuuuito mais bacana. Até tenho um CD do Manu Chao, mas foi presente. Pra comprar, só se tivesse no balaio a cinco reais. E ainda iria pensar.

O fato é que o cara é até legalzim. Mas os fãs dele... putaquepariucaralho!!! Eu queria que alguém me respondesse por que a qualquer festa, reunião ou desculpa pra beber que eu vou sempre tem um ou mais fãs do cara que ficam pentelhando, enchendo o saco "Bota Manu Chaaaao". Teve uma ocasião em que a pessoa que estava no comando do som perguntou que música a criatura queria ouvir e ela "qualqueeer uma, todo ele é booom". Deve ser mesmo um consenso entre os admiradores do cara. Em outra festa, uma menina colocou o CD inteiro dele pra tocar. Jesusamado, me poupe! Eu gosto de variadas bandas, mas ja-mais obrigaria os outros a ouvirem um CD inteiro numa festa. Nem se fosse do Weezer.

Vai ver é essa aura revolucionária do Manu Chao que o transformou num ídolo para os estudantes "engajados", esse carinho pela cultura latina, shows em acampamentos... Tá certo, beleza. Mas vamos parar com essa encheção de saco de "bota manu chaaaao".

Sinceramente, o cara corre o risco de virar a Mercedes Sosa dos 2000.

Prefiro continuar "midiatizada", para lembrar a garota fã de Manu Chao que nos criticou no reveillon por ouvirmos REM. Dou um desconto que ela tava morta de bêba e não devia mais nem saber o que era mídia aquelas horas.






BG: The Good life, Weezer (obrigada, Lucas, por me ceder novamente os CDs do Weezer)

Que Silverchair que nada!
Triste mesmo foi não ver as Breeders no Curitiba pop Festival. Triste também foi constatar que a Kim Deal, que eu achava linda, pode tranquilamente fazer uma ponta no Carga Pesada, uma caminhoneira toda. A Kelley também, menos.

Ainda bem que as irmãs e a banda continuam fazendo o mesmo som, que é o que importa de verdade. Não sei se teve "Invisible Man" nem "Divine Hammer", mas vi no Jornal da MTV o cover dos Beatles "Hapiness is a Warm Gun", "Off You" do último Title TK, além de - claro! - o hit "Cannonball". Soube também que por mais que tenham negado antes do show teve Pixies, sim. "Gigantic".

E eu perdi.

Assim como perdi o Stereo Total. Não vi a performance no João Gordo, que a Marina considerou decepcionante, com dancinha do "eu me agarro", mas ainda assim acho muito muito triste saber que eles foram até Goiânia e nada de Nordeste. Não é preconceito com Goiânia, não. A gente associa Goiás aos sertanejos, aos Zezés e Lucianos, mas, segundo uma amiga minha que morou lá, a capital tem uma cena alternativa bacana e melhor do que a de Fortaleza.

Mas soube que a Deuses Diet tocou "J'aime l'amour a trois", a música mais legal deles (desça aí uns cinco posts). A Marina devia ser a única ali que sabia a letra. E lembrou do meu postzinho.

Oouuuuuh-ouuuuuh






quinta-feira, maio 08, 2003


BG: Divino Maravilhoso, Gal Costa
(Dos tempos que a Gal Costa prestava, bem antes da Chuva de Prata)

Jogo sujo. Golpe baixo.
O quê? O melhor amigo que está de partida para uma cidade a milhares de quilometros de distância chamar num canto e fazer dois pedidos: "Fique bem e volte a escrever no blog". Ele quer continuar tendo notícias minhas diariamente. Coisa linda, meudeuso. Pois bem, Dri, como pedido seu é quase ordem, voltei. Mas, como eu lhe disse, a linha editorial desse blog agora é outra. Então, para ter notícias minhas ainda vamos ter que recorrer ao telefone, icq, e-mails, essas coisas mais pessoais.

Já estou morrendo de saudade.

Não sei o mais que dizer... Mais de quatro anos de convivência, muitos segredos compartilhados, muita coisa vivida, uma amizade tão grande e grudenta que a Juju nos tinha por namorados, que causava ciúmes nos nossos respectivos. Não vou falar muito, não, que amizade é mais do que palavras; são gestos, atitudes, silêncios sem constrangimentos. E nós sabemos disso, né não, Dri? Beijo enorme, boa sorte transbordando e dá notícia daí também. E

Obrigada por tudo.

:: :: ::


"Nobody loves you when you're down and out", já dizia a canção
E por que o Dri é tão importante? Ora mais, todo mundo e mais um pouco sabe que ele é meu melhor amigo, meu irmãozinho por escolha, o meu terapeuta e conselheiro. Não é meu amigo de carona, nem de Órbita, nem de oi e tchau. É alguém que esteve comigo nesses últimos anos nos momentos mais alegres e nos mais tristes. Sempre me ajudou a segurar minhas barras, sempre esteve do meu lado, dando a mão, o ombro, o sorriso... Conversando miolo de pote, planejando o futuro, expondo dúvidas e paranóias. Sempre mesmo.

E como posso não sentir falta? Tem uma canção do John Lennon que diz que "nobody loves you when you're down and out". Deve mesmo ser verdade. Ou quase. Digo esse "quase" porque existe gente como o Adriano - e além dele, alguns outros, não posso ser injusta. Gente que gosta de mim, e ponto. Meus amigos, e ponto. Pessoas que não esqueceram meu telefone, icq, endereço... Amigos da Mônica, esteja ela bem ou mal. Gente que sente saudade da boca pra dentro, que quando existe a saudade, pega o telefone, manda um e-mail, aparece de repente...

Hoje, os valorizo mais do que nunca. Entenderam o meu momento, apoiaram, ajudaram, ouviram, aconselharam, deram broncas... Broncas, sim, porque eu precisava de umas. Tive que ouvir algumas verdades, coisas difíceis de serem ouvidas e que só os amigos tem coragem e autoridade para dizer. Seja pra tirar a cabeça das nuvens ou debaixo da terra.

Não tenho raiva de ninguém, talvez um pouco de ressentimento, uma sensação de que a minha amizade vale pouco para alguns ou que não vale a pena a minha companhia, os meus sentimentos, o meu paradeiro. Sei que tenho a minha parte de culpa. Sei mesmo. Posso até ter exagerado, mas eu sou assim, passional, emotiva, dramática, arriscada, intensa. Meu ponteiro só conhece o -1 e o +1, os extremos. Mas a gota de racionalidade que me resta diz que talvez eu esteja errada e exista uma explicação.

Não me arrependo de nada. As dores, assim como os amores (a rima pobre não foi intencional, por favor), devem ser vividas, sentidas, absorvidas ao máximo, até se extinguirem. Mesmo que seja para perceber depois que não valia a pena mesmo. Mesmo que seja pra rir depois se achando uma abestada. Pois, assim, tendo vivido e extinto tudo, o terreno está limpo, seco e claro para uma nova temporada, sem sequer sinais de fumaça.

Bom, não sei a quem interessa, mas esse é o meu atual terreno, novo e molhado de chuva, cheio de predisposição para a vida. É isso, não estou mais down. E não espero que alguém me ame mais ou menos por causa disso. Já sei quem me ama.

:: :: ::


"Uma fênix ressurrecta", já diria Dawton (aquele mesmo)
(RS...)

Voltei. Sendo assim, a Greta Garbo dos blogs cearenses continua sendo mesmo Gil Dicelli.







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