sexta-feira, janeiro 30, 2004


A Conceição é de pontualidades britânicas. Ontem se atrasou, chegou horas depois do combinado na casa do meu irmão. Estava molhada até a alma, com febre e chorava. Estava há uma dezena de horas sem comer e nem dormir. Passara a madrugada com a água na cintura tentando salvar o pouco que tinha. Desistiu quando viu o fogão indo lá longe. Pegou os pais, chamou os irmãos, a filha e fugiu. Seguiram para uma escola, alagada. Para a creche, também. A chuva chegou dois meses antes do esperado e levou tudo. Arranjaram de ficar de favor na casa de um parente, mas não têm mais nada, além de uns aos outros. A neta, por sorte, estava na casa da outra avó, a salvo desta fúria do céu (ou desta incompetência terrena?).

Meu irmão mora a poucos metros da Conceição e sua casa nada sofreu. Definitivamente, a culpa não é da natureza. É bom que todo mundo se lembre.







quinta-feira, janeiro 29, 2004


BG: Happy When It Rains, Jesus and Mary Chain (música que andava um pouco esquecida na minha mente, mas foi ressucitada por um comentário de Ivo AP)

Por aqui...
:: A surpresa nada agradável de, ao tentar girar a chave, descobrir que tentaram arrombar o carro. Além dos danos na fechadura, a porta também não trava por dentro. Aí vira aquele trabalho de português: abre o carro, entra, senta, fecha a porta, abre o vidro e tranca por fora. Sempre sob olhares curiosos / debochados. Tudo bem.

:: Descobrir que os serviços da Garin Cópias devem ser os mais caros de toda Fortaleza. Até já desconfiava, mas não pensei que a discrepância fosse tão absurda. Uma transparência p&b que custa R$ 3,00 no Garin sai por R$ 0,40 na xerox da Fanor. Colorida, custa um pouquinho mais, R$ 1,00. E me disseram que ainda está caro.

:: Os shows da Maria Rita e do Los Hermanos foram transferidos para o BNB por causa da chuva. Até que enfim lembraram que São Pedro existe e está trabalhando mais do que nunca.

Por aí...
:: O Radiohead chegou à Academia. Um grupo de estudos de Berkeley, na Califórnia, tem o grupo britânico com objeto de estudo. Dentro da Democratic Education at Calpela (De-Cal), eles estudar examinar as conexões entre letras, música e arte dos seis álbuns da banda de Thom Yorke. A intenção é o aprimoramento do senso crítico e a análise profunda da musica pop em geral. Segundo os professores da "Appreciating Modern Pop Art Music Through Radiohead" (algo como apreciação da moderna musica pop através do Radiohead), a instituição pretende estudar programas que muitas vezes são ignorados pelas universidades de perfil conservador.

:: Esqueça aqueles Sentinelas florzinhas roxo com rosa dos quadrinhos. No que depender do desenhista de produção Guy Dyas, que trabalhou nos layouts de X-Men 2, os robôs exterminadores de mutantes ganham feições menos rígidas, porém mais fortes, com traços mais contemporâneos. Em seu site oficial, ele publicou algumas imagens do filme que foram descartadas pelos produtores, mas que podem aparecer (isso é quase certo) no terceiro filme da série. Um deles:



:: Uma das discussões mais deprimentes que já vi. Esse é o alto nível do nosso jornalismo musical.






segunda-feira, janeiro 26, 2004


Momento meloso

A doutora Patrícia, minha querida psicoterapeuta por dois anos, sabia que eu gostava de escrever e usava isso nas sessões. Fazia-me escrever longas cartas que nunca chegaram aos destinatários, contar sonhos, fazer poemas...

Ontem, remexendo nas minhas coisinhas, encontrei o início de uma lista que ela tinha pedido, do que me fazia feliz...

Não sei por que não a concluí, mas abri um sorriso quando vi que o terceiro ítem referia-se aos amigos. Conferi um por um e constatei que não tiraria nenhum nome.

Adriano, Ricardinho, Flávia, Marina, Grazielle, Sabrina, Teresa, Taís, Ticiana, Isabela, Lucas, André, Liliana, Gil, Amarílis, Ricardo, Amauri, Aninha N., Felipe...

Ao contrário, teria de acrescentar.

Érica, Adriana, Gustavo, Joubert, Isabel, Daniel, Thiago, Felipe, Aline, Renata, Piuí...

Tá, tá, eu estou sentimental. Eu amo vocês e desculpe se esqueci alguém.






Recebi um maravilhoso convite da Claudinha Zeal para participar do Clube do Livro, onde os inscritos poderão trocar idéias e divulgar lançamentos de livros e revistas, resenhas e eventos ligados à literatura, além de fazer um intercâmbio de livros. Ótimo, não?

Eu já estou dentro.

Interessou? Mais informações lá no blog dela.






Jujus é mesmo um cara esperto. Após o maior terrorismo com o IPTU, eis que ele manda a conta e - pasme! - o valor está menor do que o do ano passado. Não é só aqui em casa, várias pessoas me disseram o mesmo. Incrédula, passo a comparar os dois boletos e - tcharam! - encontro o pulo do gato do senhor prefeito: Ele diminuiu o valor das prestações porque diminuiu também o valor dos imóveis. Mas quem vai atrás de futricar isso no boleto? Em ano eleitoral, o velho fica ainda pior.

Vamos começar a contar os dias (ou seriam minutos?) para as pazes dele com o novo ministro. Se é que essa briga algum dia existiu de fato...

E como desgraça pouca é bobagem, vocês sabem quem é o suplente do EO na Câmara Federal?






BG: White Trash, Junior Senior

Vocês viram? Escapamos.






sexta-feira, janeiro 23, 2004


BG: Regret, New Order

A Socorro já tinha me passado algumas informações, mas aproveitei que estava por ali e fui pegar o edital da seleção do mestrado. Já ia saindo quando a secretária começa a gritar "ei, ei, não vai pagar não?".

Um real por duas páginas. Para pagar a xérox, ela explica. Afe, UFC liseira. Ainda superfatura as xérox...

Falando em UFC, deixa eu registrar a frase do tio Gilmar durante a defesa da Isabel:

"Bordieu é o coentro das ciências sociais"

Fantástico.






quinta-feira, janeiro 22, 2004


BG: She Said, John Spencer Blues Explosion

As mulheres de Cingapura estão invadindo as lojas de roupas íntimas para comprar para seus parceiros cuecas vermelhas e que tragam caracteres chineses para saúde e prosperidade. Elas também estão comprando para si mesmas calcinhas temáticas. Tamanha preparação é porque hoje celebra-se o ano novo chinês, que neste ano vai estar sob o signo do Macaco. Acredita-se que tais peças tragam fortuna e potência sexual. [>>>]

Diz-se também que os regidos por este signo terão um ano com muita propensão a sexo e dinheiro. Será? Só sei que quero a minha parte.

* * *


Os boatos dão como quase certa a participação do Pixies, em maio, no Curitiba Pop Festival (o mesmo que trouxe no ano passado Breeders e Stereo Total). Especula-se ainda Placebo e Teenage Fanclub. Tudo bem que esse retorno me soa caça-níqueis e que eles podem voltar ultra-mega-decadentes, mas...


mas são os Pixies! E eu queria estar lá.

Ok, Grande Macaco, pode mandar logo a primeira parcela do dinheiro a que tenho direito e deixar o sexo para depois, tá?






quarta-feira, janeiro 21, 2004


Quem quiser conhecer as meninas pessoalmente é só aparecer no Ritz, que elas vão borboletar por lá no sábado.

A festa é o Noise 3D.







terça-feira, janeiro 20, 2004


Veja bem, moça, sinto lhe informar que não vou vê-la. Gosto muito de você, mas meu dinheiro não é capim. Com todo respeito, setenta reais por um show na Praça Verde sem lugar marcado e ao ar livre em plena estação chuvosa, nem sua mãe reencarnada teria direito de cobrar. Até porque ela não tinha produtores tão mercenários a fim de capitalizar ao máximo seu hype, a ponto de por em jogo seu talento, que é indiscutível.

É mesmo uma pena.






Então eu e duas meninas bonitas começamos um curso bem ali. E já deu para ver que vai ter muita marmota e um festival de clichês. Mas ao que parece o instrutor deve dar de tchibum na cara da meia dúzia que se acha muito fodona. Tô doida pra ver e dar força. Acho que ao final vai ser divertido.

Ao final da aula, as meninas acham que um upgrade no estômago ajuda a engolir certas besteiras ouvidas. Já pagando a conta para ir embora, o garçom se aproxima e diz que "os cavalheiros (Nota da Redação: hahahahaha) da mesa ao lado estão nos oferecendo uma rodada de chopp". Já não estávamos dispostas a isso, ainda mais quando vimos as marmotas: sem querer ser Dóris, mas uns véios que podiam ser nossos pais. Tenha dó.

É por isso que eu digo que tem gente cuja auto-estima supera qualquer noção de lógica, bom senso ou vergonha na cara.

E triste é viver num lugar onde o senso comum repete que mulher sozinha em bar está procurando homem. Nojo.






sábado, janeiro 17, 2004


"'Se não houvesse tantos brasileiros analfabetos, provavelmente eu e você não estaríamos por aí dando pinta de inteligente."

Não sei quem foi a amiga do Acid que disse isso.

Tenho medo de parecer arrogante, quando na verdade estou preocupada, mas fico incomodada com a média de leitura do brasileiro, dois livros por ano. Nem sempre é falta de acesso, já que tenho amigos com muito boas condições que jamais leram um livro inteiro, nem mesmo para a faculdade.

Em 2003, afogada em livros acadêmicos, me dediquei pouco à minha favorita literatura. Mas não foi em vão. Descobri um gosto por Pierre Lévy, André Lemos e suas ciberculturas. No novo ano, prometi a mim mesma dedicar pelo menos uma hora diária a esse prazer e relembrei que é muito melhor do que gastar horas em frente a esta tela.

Também tive sorte que, mal iniciado 2004, já posso indicar quatro livros. Todos antigos, a saber: "Dizem que os Cães Vêem Coisas", do cearense Moreira Campos; "Relato de Um Náufrago", do García Marquez; "Pergunte ao Pó", John Fante e "Marcovaldo ou As Estações na Cidade", Ítalo Calvino.

Muitas vezes, eles foram mesmo os melhores companheiros de noite.






quarta-feira, janeiro 14, 2004


Aula de inglês, Festival Woody Allen, abertura do Plural (ou nova Base), Esquina.

Estou saindo e não sei a que horas volto.






Ouvi muita gente dizer que saiu baqueada de "Irreversível". Bom filme, apenas. Nada de extraordinário, como foi apregoado. Não quero entrar em discussões tão antigas quanto prolixas envolvendo forma e conteúdo dentro da arte, mas tente colocar o enredo de "Irreversível" em ordem cronológica e sob uma direção mais formal. É isso. Um filme onde não importa o que é dito, mas como é dito. Uma frase pretensamente filosófica para justificar e fechar a questão. É um baque de cores quentes, câmeras vertiginosas e violências.

Domingo tive baque em cores sóbrias, silencioso, de dor mais na alma do que nas entranhas. "Interiores", do Woody Allen.



Teve gente que saiu no meio da sessão, muito provavelmente por não conhecer essa faceta dele, por só procurar o Allen das gagues, dos trejeitos corporais e das piadas. Tanto que foi um dos menos vistos da carreira dele. Muitos críticos bombardeam, mas eu gostei. "Interiores" é um filme introspectivo com influências confessas de Bergman - daí sua injusta fama de chato e monótono - e onde não há maniqueísmos. Há apenas frustrações, medos, ciúmes, ressentimentos e relações delicadas, gastas... Tudo tão próximo de cada um. A indecisão de Joey, a consciência da mediocridade de Flyn, o peso nos ombros de Renata, a fragilidade de Eve.

Hoje vi Zelig, outra obra-prima. Deixo para comentar depois, pois tenho que dormir para presenciar uma data histórica amanhã.






sexta-feira, janeiro 09, 2004


Começa hoje.



Desconstruindo Allen.

Mais alguém vai?






quarta-feira, janeiro 07, 2004


"... é engraçado, extremamente engraçado quando as pessoas confundem uma certa atitude melancólica com deep depression. É uma falta total de noção de volume, intensidade e forma. As pessoas, de um modo geral, acabam me soando meio autistas. Isolam-se numa bolha transparente qualquer, com certa atmosfera mínima, suficiente o bastante para que possam apenas oxigenar levemente os neurônios. Dois ou três, quase sempre.

Na verdade, a ignorância é algo absolutamente necessário para se gerar uma demanda natural pela evolução da espécie (seja lá qual espécie for). É como escreveu uma amiga em seu flog: 'Se não houvesse tantos brasileiros analfabetos, provavelmente eu e você não estaríamos por aí dando pinta de inteligente.' Uia!"

De quem, de quem? Dele.






BG: Freedom 90, George Michael (qualé o problema? eu gosto, e daí?)

Estou de férias forçadas por tempo indeterminado. Apesar do desespero do desemprego (e conseqüente liseira), sinto-me também aliviada. Trabalho já tem todas as suas chateações habituais, né não? Agora, imagine quando você não sente o menor prazer. Era isso o que estava acontecendo. Pior: o lugar onde eu me sentia muito bem foi se tornando uma espécie de sacrifício. A sensação era horrível. A insatisfação foi se refeletindo na minha produção. Isso somado a outros fatores não justificam, mas ajudam a entender. Fico com saudades de alguns, mas Fortaleza é pequena, a gente se esbarra por aí. Por enquanto, eu bebo Sminorff Ice e canto Freedooooom!

E tem empregos que eu invejo. Um ex-OP, por exemplo, que hoje trabalha na editora Contexto, em São Paulo. Como é bom ter sorte e competência.

Sem o trabalho na sexta-feira, posso finalmente conhecer a faladíssima "Farra na Casa Alheia" do Amici's. Amanhã tem ixquina, viu Érica e Ricardinho (se teu orientador deixar, claro)?

Dia 10, sábado, tem a festa "Noite Gerador". Ainda não sei se vou.

Eu não disse que a flor não era pra mim? Pois é, lá se estava ele de mãos dadas com uma lambisgoia (boa a sonoridade dessa palavra, não?) no Dragão. Fiz que não vi. Mas ele também não deve ter visto. Quer dizer, a mim ele viu. Acho que não viu foi a catrevage que estava com ele. Credo em cruz! (Não é despeito, não)

Mesmo assim, eu vou ouvir "A Flor" de novo, dia 01/02. Rapaz, parece que eles gostaram de nós. Preço: 15,00 - o mesmo da Maria Rita. Uma amiga deixou de vê-los no Off Road porque achava que veria de graça no Dragão. Tolinha... vai pagar os mesmo R$ 15,00. E ainda vai ser mais apertado.

Porque quem não tem cão caça com gato, dizem por aí. A irmã liga e faz inveja. Os cartazes de shows por lá: Strokes, White Stripes e Placebo (ou Placêbô, pra ficar na pronúncia local).

* * *


Não é por nada, não, mas tenho sentido pregos no coração. Meus presentimentos não costumam me enganar, em especial os maus.






segunda-feira, janeiro 05, 2004


Foi assim: caiu "Estorvo", que li há alguns anos e é muito ruim. Fico triste de falar isso do Chico. Bom, dizem que ele se redime em Budapeste. Está aqui separado já. Por sorte, passou o filme do Ruy Guerra no Canal Brasil. Algumas diferenças, mas deu para reavivar a memória. O filme também não é bom. Mas da prova eu gostei sim. A outra estava fácil, eu sei, mas como eu não tinha estudado, acho que me ferrei. Esperar pra ver. Ontem, redação. Teoricamente, fácil. Escrever sobre a redução da maioridade penal, eu faço com com um pé nas costas (coisas de vovó essa história de pé nas costas). O problema é que me esqueci que redações de vestibular devem ser simples, quase primárias. E curtas. Bem curtas.

* * *


É isso. A partir de quarta-feira, estou de férias forçadas por prazo indeterminado. Agarrarei-me com Clarice Lispector, Rachel de Queiroz e Jorge Amado (nem gosto dele, mas fazer o quê?). Isso porque não tenho como pagar R$ 250,00 por mês na especialização. Mas aceito doações.

* * *


Estudar, aliás, faz parte da minha lista de intenções para 2004. Se tiver saco, passo para cá também. Não tem pressa, meu ano começou com dois dias de atraso e só fui saber ontem. Alguém arrancou a primeira página da minha agenda fofa com ilustração de gato do Romero Britto. Será que já começa bem o ano?






domingo, janeiro 04, 2004


Não tive tempo de pegar um livro de História sequer. Agosto, Estorvo, Lucíola e todos os outros foram lidos há mais de cinco anos. Muita loucura uma pessoa se lançar a uma segunda graduação, né não? Acho que amanhã me lasco. Bom, pelo menos se não for multada novamente (esse tópico será melhor explanado posteriormente) já me considero com sorte. Mas seria bom um pouquinho mais. Podem desejar aí embaixo na caixinha de comments. Merci.






Já perguntei e torno a perguntar: por que diabos as pessoas quando vêem um texto que acham bonitinho, mas não sabem de quem é, colocam o primeiro nome que vem a cabeça na autoria? Olha, meu povo, "Mude" não é da Clarice Lispector, nem aquele poeminha de baixo para cima (aliás, até onde me lembro Clarice não escreveu poemas, posso estar enganada), "Felicidade Realista" não é do Quintana. Isso sem falar na infinidade de textos "engraçadinhos" atribuídos a Luis Fernando Veríssimo, como aquele da "Geração Tribalista".

Hoje, recebi um texto muito bom, que cerca de 527 pessoas receberam como sendo da Marta Medeiros. Não é. Sabia que já tinha lido esse texto antes e fui atrás. É do Paulo Mendes Campos e se chama "O Amor Acaba". Li numa coletânea de crônicas chamada "O Amor Acaba - Crônicas Líricas e Existenciais", que recomendo, por sinal. Como na internet tudo tem, eis o link.

* * *


Para mim, que procuro formar figuras em nuvens, no vapor que se acumua no espelho, na água empoçada sobre a pia e em mais uma pá de coisas, esse link com aquelas manchas de tinta que psicólogos pedem para interpretarmos achado no blog do João foi ótimo.

Em quase tudo eu via sapo ou monstro, mas no final o resultado foi esse, mostrando que por mais que eu fuja...:

Monica, your subconscious mind is driven most by Love

Your instinct to love and be loved is rooted very deeply in your subconscious and affects most of the decisions you make in life — whether you are aware of it or not.

You inspire people to experience their true feelings of love and act kindly towards others. You also value your personal relationships more than most people.

Your unique capacity to love may be greater than those around you, which means you may have more to give in relationships than your friends or romantic partners do.

Your psyche is very rich; the more you learn about it, the more you will understand who you really are.

And that's just some of what we know about you from your inkblot test results. Find out more about what drives your subconscious and how it affects you and your happiness in your personalized 25-page inkblot test report.

It's ready right now!






sábado, janeiro 03, 2004


BG: Needle in the Hay, Elliot Smith

Por sorte não vi "Simplesmente Amor" antes do Natal. Poderia ter feito uma besteira - e das grandes. Porque você sai do filme com uma vontade louca de pegar o telefone, o carro, o avião, o cavalo branco, o que seja, e arriscar tudo nesse jogo que chamam amor. E uma atitude dessa teria, digamos, cerca de 0,76% de chance de dar certo (numa estimativa muito, mas muito mesmo, otimista). A tendência natural seria dar em merda. Como sempre dá, aliás. Eu bem que gostaria que tudo não passassem de desencontros e que os percalços virassem piadinhas no final. Mas não é assim que acontece. Não digo que isso é uma máxima, uma regra. Mas se fosse, com certeza, eu não faria parte das exceções.

Por sorte vi depois do reveillon, quando já tinha feito as tais promessas para 2004. Entre elas, a de não ser mais égua e ficar correndo e morrendo por amor. Simplesmente me conscientizei de que o amor não existe para todos e de que não adianta nada se esforçar, se desdobrar. Não quero mais - como Wayne, no episódio de "Anos Incríveis" do dia 31 - tentar de todas as formas me fazer amada para descobrir que no final não vale de nada. Não há como se fazer amado. Isso não é o tipo da coisa que se faz, mas que se é. E ponto. E não é para todos. É lindo, é mágico, mas raro.

E eu cansei de ser o João da Quadrilha, o primeiro, a ponta, o que ama e não é amado por ninguém. Cansei de ver uma (ou várias) J. Pinto Fernandes se atravessando na minha história. CANSEI.

Tudo se resume a amores (posso chamar assim?) de fim de semana, de uma noite. Efêmero.

Tenho seguido o poeta que chega a mudar de calçada quando aparece uma flor. Nunca é para mim mesmo a tal da flor. Assim como o colar, que não é de Karen (Emma Thompson).

Dou risada do grande amor (ou tento).

Incrível, mas uma das melhores (e mais sensatas) falas do filme sai da boca de um guri de dez anos: "O que pode ser pior do que a agonia de estar apaixonado?"

PS: Mas o filme é bom, sim. E pode ser muito melhor se você faz parte deste privilegiado grupo dos seres que amam e são amados. Quanto a mim, vou ver "O Senhor dos Anéis". Sabe, é tem mais a ver com a minha realidade. Mais fácil encontrar um elfo por aí do que um amor de verdade. E tocar "God Only Knows" é golpe baixíssimo.



O cartaz original. Porque é uma tremenda injustiça tirar o Bill Nighy para colocar o Rodrigo Santoro (por mais que ele fique lindo de cuequinha preta).






sexta-feira, janeiro 02, 2004


BG: Gallery Girl, Elefant

O que me fez rir em 2003? Muita coisa mesmo, já que eu sou de riso frouxo. Lembrei-me de algumas:

- Cotocão do Dorotéias.
- Prótese na defesa.
- Perguntas da "imprensa" na coletiva do Los Hermanos.
- Seleção para vj da TV União.
- Um clone do Walney Haidar na TV FGF.
- Michael Jackson agradecendo prêmio que não ganhou numa retrospectiva da MTV.
- Cry me a riiiiiiveeeer.
- Restaurante "Boutique do Carro - o nome não diz nada", na avenida Jovita Feitosa.
- Uma cadela (no names, no names, please).
- Visita coletiva ao motel (era uma pauta, acredite).
- Cantada com citação de Humberto Gessinger: "Nós não preciamos saber para onde vamos, nós só precisamos ir"
- Ficar presa no shopping a mercê dos detetizadores noturnos.
- programa "Assunto de Mulher", TV Diário
- As camisetas que eu quis fazer com o Mário e o Ricardinho.
- Gizele, a Madonna brasileira.
- O fiasco do ano: show do The Calling em Fortaleza com 500 pessoas.
- "Redação". "Alô, Dona Redação, é que..."
- As candidaturas de Debora Soft e Sidney Magal.






BG: Under Control, Strokes

Reveillon na casa de Aline Maria Rita Teixeira, de frente para a Beira-Mar. Ricardo Chaves lá fora troando "aê, aê, aê" que só faz sucesso mesmo em Fortaleza. Do lado de dentro, revival de Amigos de Lídia Brondi, com Ricardo, Diego e Tiago. Participação de Guga. Uvas no rabo de Gisele (opa! piada interna). Pessoas estranhas no ambiente axé (a varanda) nos olhavam com cara de gente esquisita. Muita música catraiera, tipo Beyoncé, J.Lo, Justin Timberlake * ... Massa. Champagne, cerveja, whisky... e acho que todos acabamos falando um pouco demais.

No dia seguinte, eu e 87,98% da população que estava em Fortaleza resolvemos pular as sete ondas na praia. Congestionamento na ida e na volta, quase não se acha lugar pra sentar e os supervisores de área (tucanaram os garçons) sem dar conta do serviço. Assalto: 6 reais numa casquinha réa fulêra. Pelo menos vi um cover do Rodrigo Santoro - devidamente acompanhado de uma cover da Isabeli Fontana. Pudemos comprovar com eles que existe de verdade gente sem barriga e com cabelos bonitos mesmo na praia.

* É nesse momento que confessa ter baixado todas e mais a versão do No Doubt para "It's My Life", do Talk Talk, e "Me Against The Music", da Britney com a Madonna. Espero que as pessoas não me hostilizem a partir dessa revelação.






BG: Carmella (Four Tent Remix), Beth Orton

No último antes da big folga de cinco dias. O editor empolgado vem com a pautinha.

Olha, Mônica, você vai lá na SAS, que vão divulgar um relatório sobre as áreas de risco. Aí você vê o que tem nesse relatório.

MAS NÃO LIGUE AGORA! NÃO É SÓ ISSO!

Aí você tenta falar com alguém na Seinfra, nas SERs, com o pessoal das ONGs, liga pras Secretarias de Saúde e vê como fica a dengue com as chuvas, vê se a Funceme já tem previsão, pesquisa no Banco de Dados para fazer um paralelo com os últimos invernos, compara com o relatório da Assembléia, blá blá blá o diabo a quatro, sobe nua num cavalo branco com malabares e tal.

Mas a Kátia Flávia das áreas de risco acha pouco e acredita que cuspir fogo e descascar coco com a boca também ajudaria na matéria. E após a SAS, lá se vai a intrépida repórter para duas áreas de risco brigar com os pernilongos, afundar o pé na lama e no lixo e enfrentar o inclemente sol do meio-dia e o fedor das lagoas. O incômodo maior, porém, é ver que aquilo ali não vai mudar daqui para a próxima chuva e nem sei se muda algum dia. E as pessoas ainda jogam tudo é nas mãos de Deus.

Aí volta para o jornal e tenta falar com um, com outro e mais outro. Um em reunião, outro ocupado, o terceiro sem celular. Tenta, tenta, tenta... Aos poucos - muito aos poucos mesmo - vai conseguindo.

Renatinha liga: Vamos?
Ainda falta o MP e a Seinfra.

As pessoas pegam a estrada. Eu fico.

À noite, matéria quase pronta. Principal, seis coordenadas, dois "cidadão". BAD NEWS: Mônica, sua página em branco foi invadida por dois anúncios, inclusive um de meia página. Faça só o básico mesmo, a historinha do relatório e pronto. Você tem 40 centímetros.

Eu sei que não é culpa de ninguém, nem do editor, nem de quem estava fechando. Sei que o comercial vive disso, de anúncio, e que não recusaria uma meia página da Prefeitura. Vive acontecendo com todo mundo ali, todo dia praticamente. Mas não há como não ficar com raiva. E eu fiquei puta da vida.

Por dois motivos:
1) Para fazer 40 centímetros "básicos" apenas com o relatório, teria feito em uma hora e teria saído pouco depois do almoço. E viajado, claro.
2) O principal. A matéria era importante. Apontava descasos, cobrava ações, mostrava contradições.

Mas era reveillon e a programação dos motéis para a data é mais importante nesse caso. Fazer o quê? Voltar para casa, dormir, acordar e ter vontade de rasgar aquele anúncio gigante no dia seguinte.

Fiquei em Fortaleza mesmo, mas acabei tendo um reveillon divertido (conto depois). Meu problema foi resolvido. Mas eu fico pensando naquelas pessoas - que ao que tudo indica - perderão tudo novamente. Não que algo fosse mudar por uma matéria de jornal - não muda - mas incomoda quem pode - e deveria - mudar a situação.






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