Por favor leiam e vejam a marmota que são esses meus amigos.
Sim, Ricardo é o Ricardo, Flávia é a Flávia e Emiliano é o agora mundialmente famoso Emiliano que espero ter a honra de conhecer em abril.
sexta-feira, janeiro 31, 2003
Por favor leiam e vejam a marmota que são esses meus amigos.
Sim, Ricardo é o Ricardo, Flávia é a Flávia e Emiliano é o agora mundialmente famoso Emiliano que espero ter a honra de conhecer em abril.
Algumas considerações sobre a cidade
>>> No colégio, nos ensinaram que a menor distância entre dois pontos é uma reta. Nunca nos disseram, porém, que a MAIOR distância entre dois pontos, se um for o Center Um e o outro o jornal O Povo, se chama Jardim das Oliveiras. >>> Se a calçada é para o pedestre, em alguns lugares da cidade, ele não vale nada. Assim como se as árvores são para o bem-estar do cidadão, a Prefeitura o desconhece. >>> Se o seu carro é um Pálio vermelho quatro portas e está estacionado na Duque Caxias, em frente a uma garagem, corra lá que ele acabou de ser guichado. * * * Ainda dentro do Jardim das Oliveiras Pelejei para descobrir o nome da loja, mas a única informação na fachada era a de que tudo é um real. Pois no som da tal loja, rolava a finada Blitz. "Estou a dois passos do paraíso...". Na minha frente, o casal. Ela olhou e perguntou: "Lembra?", ao que ele respondeu com um beijo, um selinho bem de leve. Ela sorriu e ele continuou cantando que estava a dois passos do paraíso. Isso foi na 24 de Maio, pertinho do motel Transparências. Desceram ambos em frente à lanchonete Clip Tudo. O nome dos estabelecimentos comerciais no Centro são o que hão. terça-feira, janeiro 28, 2003
Fundo do poço
Tá bom que daqui a uma semana estarei novamente desempregada, mas, sei lá, acho que Zueira já é demais para mim. Ninguém merece!
Não tem jeito.
Eu continuo mantendo minha média de ao menos um fora por dia. Mas, quer saber, é o que eu acho mesmo.
Fortaleza é um rastilho de pólvora muito curto. A bomba já explodiu.
Quem achar pedaços de Miss Koltrane, favor colocar num saco plástico e deixar na portaria do prédio dela.
Seja lá de quem fosse a saudade da minha borboleta esparramada no armário, deve ter se acabado. A borboleta num instante foi embora. Vai ver errou de janela...
segunda-feira, janeiro 27, 2003
Enrico está na cidade. Segundo a Silvinha, com a cabeça fervilhando de idéia.
Se tratando do Enrico, isso não é nenhuma novidade.
Borboletas
Para a Luciana, pânico. (Lembro que o carnaval em Guaramiranga foi um pesadelo para ela) Para a minha vó, chegada de boa notícia. Para a mãe de um ex-namorado, morte por perto. Para Margarida... bom para Margarida, reservo um tempo maior. * * * Estávamos numa sala comercial em um daqueles prédios arruinados do Centro da cidade. Era um dos escritórios do Alcóolicos Anônimos em Fortaleza, e eu estava fazendo uma matéria para a faculdade sobre dependentes químicos. Margarida chegou. Trato assim pelo nome a pedido dela mesma, que detesta ser precedida por "dona" ou "tia". Cabelos longuíssimos e Bíblia na mão. Crente, sim, mas não daquelas chatas que ficam tentando te converter. A conversa dela era outra, agradável e cheia de sabedoria. As mãos sobre o joelho como se a saia comprida estivesse dando brecha. Passava a mão sobre o pano azul, com vergonha de estar ali contando a sua história. Saíra da cidade de Jardim para acompanhar o marido, que a abandonou quando ela descobriu que ele tinha outra família - e que esta vivia bem melhor. Sorriu serena com um brilho de lágrima presa no canto do olho e disse que entendia: "Eles eram escondidos, né. Aí ele ficava achando que tinha que dar mais pra compensar". Há alguns anos havia perdoado o marido sem que ele tivesse pedido desculpa. Foi por causa da Igreja, a qual se convertera quando passou a ter problemas com a filha. "Ela era boa, mas se meteu com gente ruim", justificou. E a Margarida teve que tirar a menina da delegacia, teve que puxar pelo braço quando arrumou confusão, foi na casa do cara que bateu nela. Disse que chorava baixinho de madrugada depois que a filha caía na cama. "Nunca na frente dela". Diziam para ela não dar mais dinheiro para a menina, mas ela não achava certo, pois preferia a vê-la roubando, seu maior medo. Eu ali sem saber o que dizer àquela mulher chorando na minha frente, fiquei só ouvindo. Penso que ela reparou e estancou a narrativa. "Minha filha hoje é morta", jogou de pronto na minha cara. A boca já estava seca e a garganta ficou também. Ela, então, me disse que a menina havia saltado de uma janela. Eu já nem me mexia. Com a Bíblia na mão, me perguntou se eu acreditava em Deus. Não achei que era o momento para expor minhas crises religiosas, apenas balancei afirmativamente a cabeça. Puxou um lencinho muito alvo e enxugou os olhos, respirou fundo e disse que acreditava em Deus, na Bíblia e em tudo mais, mas que tinha coisa que não entendia: "Por que condenam o suicida, se é Deus mesmo que dá a uns uma vida tão infeliz?" Foi nessa hora que junto à fumaça entrou pela janela uma borboleta. Rodopiou em torno da luz e parou na persiana. "Deu uma saudade agora...", suspirou Margarida. Completou perguntando se eu sabia que as borboletas traziam nas asas a saudade de alguém. Respondi que não. Ela explicou que na família dela lá em Jardim diziam que as borboletas apareciam quando alguém estava com muita saudade de nós e dimensionavam o tanto com as asas. "A saudade é tanta quanto o esparramado das asas". Achei lindo quando ela disse o "esparramado das asas", dizendo que asas fechadas era uma saudade pequena, que nem faz doer, mas que asas abertas era uma "saudadona imensa que angustia o pobre". Quando me perguntou se eu tinha alguém de quem sentir saudade, respondi que não. "Posso, então, pegar essa pra mim?". Claro, Margarida. "Se uma passar pertinho de você é porque além da saudade, traz um beijo", finalizou. Sei que ao final da entrevista, ela me pediu desculpas e disse que tinha adorado a conversa, mas que não queria que eu botasse a história dela no papel. Respeitei seu pedido e a matéria saiu sem ela. Coloquei aqui no blog, mas não contei metade de tudo que ela me disse e troquei seu nome, que também era de flor, outra flor. Não tem do que pedir desculpa, Margarida. Sua história de vida não foi pra matéria, mas veio pra minha própria vivência toda essa sua força e compreensão. * * * De fato, naquela época, não me veio nem notícia boa, nem de morte. Tampouco, saudade. Portanto, acho que aquela borboleta era para ela mesma. Afinal, elas gostam de flores, não é? Mas, ontem, entrou uma pela janela do meu quarto. Parou com as asas bem abertas na porta do armário. Não sei se traziam saudades, mas lembrei da história da Margarida. Acho que a essa hora milhares de borboletas minhas estão espalhadas por aí, invadindo algumas casas no Rio, outras em São Paulo, uma em Juiz de Fora e até umas casas por aqui mesmo. domingo, janeiro 26, 2003
Sem computador e dependendo da bondade de estranhos.
(Embora a Mari não seja estranha) Obrigada pelo oferecimento também, B. sexta-feira, janeiro 24, 2003
Wow-wow!
A Andréa ficou de me apresentar meninos bonitos conhecidos dela que usam calça pescador e têm cabelo enrolado preso com tiara e que NÃO SÃO GAYS. Ela garante. Êba! Meio-dia, hora do almoço, redação esvaziada. Vocês não têm idéia do que eu fiz. Dei uma fugidinha, era para ser rápida, mas acabei gastando as três horas completas. Confesso: escapadinha para o motel. É, motel mesmo, com M de motel. Fui com meus chefes e o namorado da minha amiga. Outras pessoas se empolgaram e resolveram ir também, até o namorado da chefe e a esposa do chefe-chefe. No total, contamos onze pessoas. Excitante! Hummm... Onze pessoas numa putaria. A cama era ótima e os lençóis limpíssimos não se soltam do colchão nem com reza (embora rezar seja a última coisa que se faça nesse ambiente). A hidro é um escândalo! A sauna divina. E a cadeira erótica!? Esqueça aquele modelo cadeira de dentista ou exame ginecológico. Uma bela e confortável cadeira acolchoada amarela, fofa e macia. Uma delícia.... creminhos milagrosos, vibradores, óleos, tudo ao nosso dispor. Até meia-calça (como não haviam pensado nisso antes?)! Champagne, velas, flores... Foi muito divertido, aproveitamos cada ambiente da suíte, pegamos os fósforos e provamos de uma boa comidinha. No final, ainda pegamos aquelas sobremesasinhas que só têm em motéis e hotéis. Legal. E o espalhe-e-lamba sabor morango? Esse motel é muito massa mesmo! Repito que nós onze nos divertimos muito. Uns mais que outros, é verdade, sempre tem alguém que fica mais constrangido com esse tipo de experiência... Mas logo dá para acostumar, darling. Eu que o diga! Minha primeira vez nesse esquema grupal e já adorei! Depois a gente combina com a galera que ficou de fora. Desfaz esse bico, Erick. Na próxima, você vai. Foi verdade mesmo! Nada do que foi dito acima é mentira. Um conceituado motel da cidade convidou os jornalistas da Redação para um almoço e uma visita para conhecer as instalações do motel. Estratégia de divulgação. O gerente nos mostrou os três tipos de suítes e apresentou todos os serviços que podem ser utilizados. Ganhamos brindes e participamos de um sorteio, no qual uns tiveram mais sorte do que outros. Uma ganhou uma garrafa de vinho, outra uma caixa de bombons, teve quem levou lambe-lambe sabor morango e quem ficou com kit de massagem erótica. Dois mais sortudos ganharam cortesias para desfrutar de uma suíte. Mais alguns detalhes tão pequenos de nós dois (Se é pra falar de motel, vamos fazer direito! Com direito a BG de Roberto Carlos) Eu não fiquei muito satisfeita com o meu prêmio no sorteio, me senti a própria Sóphs na festa de fim de ano, pior até. Ganhei uma singela e minúscula calcinha vermelha em forma de flor. Que meigo! Que lindo! Quanto bom gosto! Ainda tentei trocar com a ganhadora do vinho, que não bebe. Mas ela preferiu trocar pelo lambe-lambe com outra pessoa.Humpfff... Mesmo sem ter com quem usar, preferia ter ganhado mesmo era a cortesia. Da última vez que eu ganhei um cuponzinho de desconto no BiriLove, embora estivesse sozinha, acho que atraiu, sei lá, deu sorte. Mesmo que tenha sido algum tempo depois de eu ter picotado o cupom em pedacinhos em um surto de ódio. Mas o melhor mesmo foi aquele comboio de carros chegando no motel, cada um com 3, 4 pessoas. Nada paga ver a cara dos populares vendo a cena. Um cara numa bicicleta quase caiu para trás, até porque uma de nós (identidade sigilosa) fez “c’mon, c’mon” para ele. E na chegada na Redação ter que ouvir o Cláudio perguntar se a haste da rosa fazia parte da calcinha foi o cúmulo! “Qual é a finalidade desta haste?”. Olha, caro Cláudio, você não é mais meu chefe, então eu posso responder (como respondi na hora) que se você achar algum uso, fique a vontade, porque eu mesma não tenho nada com isso! Serviço O nome do motel? Hahahaha!!! Estão pensando que eu vou dar a dica? Não mesmo. Podem xingar, sou mesmo pequena e mesquinha. Mas hão de entender. Vou lá dar a dica para outrem usufruir com outrem.
Bom é chegar em casa e encontrar o carinho dos amigos.
Carinhos materializados em objetos e arte. Desejo em breve poder retribuir com carinhos em abraços. (No que também saio ganhando) Obri-gada PS: Adoro as surpresas anunciadas da Barbra. quinta-feira, janeiro 23, 2003
Você saiu cedo de casa. As cortinas ainda estavam fechadas.
Faça o favor, portanto, de devolver o meu abajour.
Nem bem chegamos à metade do primeiro mês do novo ano e já começou minha coleção de histórias.
O primeiro fora do ano. Saindo do Centro de Convenções, variados carros estacionados, de todos os tipos, marcas e cores. Jocélio avisa que vai me levar junto com a Aninha (que não é a Sóphs, mas é tão fofa quanto). Ficamos gratas pela carona. À nossa frente um carro prata amassado. Eu (retrocendo doze anos na idade mental) resolvo fazer uma gracinha: "Olha, Jocélio, amassaram teu carro!" Até que - para minha surpresa - ele abre um carro prata. O tal carro prata. O amassado. Eu pensava que ele tinha um carro preto. Não, não consegui arrancar uma por uma as pedras do calçamento para me enfurnar num buraco no chão. Aprendam, crianças, nunca façam esse tipo de brincadeira. A Lei das Probabilidades não existe de fato pra todo mundo. Ou qual seria a probabilidade de num estacionamento com sei lá quantos carros eu frescar justamente com o dono do carro em questão? Se for comigo, 90%. No mínimo. "Cara, Jocélio, desculpa, eu não sabia..." Ainda bem que ele é muito fuleiragem! E que o carro não tinha sido amassado ali, naquela hora. Não achou ruim. Mangou por eu nunca ter reparado nesse carro há meses terrivelmente amassado no estacionamento do jornal. E ainda me deu carona. E uma ótima conversa. A primeira cantada péssima do ano Estava eu conferindo as liquidações do shopping Iguatemi à trabalho. (Pode parecer contraditório, mas é a mais pura das verdades.) De repente, alguém me cutuca o braço e chama meu nome baixinho com medo de errar. Mas, sim, caro colega de colégio, era eu mesma. Conversa vai, conversa vem, eu digo que tenho que ir. Afinal tenho que conferir as promoções no Aldeota também. (Mais trabalho, acredite). Ele se oferece para me dar carona. Que graça! Que solícito! Agradeço, mas digo que não é necessário, que tenho como ir e que não quero desviar o caminho dele. Ele diz que não ia desviar a caminho, pois hoje não teria rumo, e emenda com um... "Nós não preciamos saber para onde vamos, nós só precisamos ir" Ah, sabemos, sim, querido! Eu vou para o shopping Aldeota e você vai pra PQP até aprender uma música decente pra me queixar! Não, eu não respondi isso, não teria coragem... mas que deu vontade deu! E obviamente que não peguei carona com a criatura. Eu hein, vai que ele tem a coleção de CDs do Engenheiros no carro... Nã!
É, Charles, ninguém entende.
Nem mesmo quem deveria. Charles, que, aliás, só me reconhece escrita. Falada, só com complementos porque para ele meu nome de batismo nada vale. (E ninguém nem achou estranho quando eu me apresentei ao telefone como Mônica Koltrane. Imagina!) Mas, convenhamos que realmente Koltrane é mais glamour, minha persona mais fascinante. quarta-feira, janeiro 22, 2003
Adoro dicas literárias personalizadas. Uma colega disse que me vê como uma mulher romântica, sentimental e intensa e que, portanto, eu deveria ler Virginia Wolf e Marcel Proust. Sim, irei seguir seu conselho. Mas digo de pronto que já tenho um lema para o novo ano.
2003: ano do equilíbrio emocional* * Teresa está longe o suficiente para não vir cobrar direitos autorais. terça-feira, janeiro 21, 2003
Descobri um negócio chato pra caramba...
É chato porque envolve plágio e pessoas muito queridas. Ai.
Triste mistério
Por que todo cara que usa calça pescador e tem o cabelo enrolado e deixa crescer e depois bota uma tiarinha ou faixa tipo Davi Moraes tem que ser gay? Vai ser tesão assim na puta que pariu! segunda-feira, janeiro 20, 2003
Que puxa...
nem vou viajar no carnaval... que droga... que pena... Não desfrutarão de minha companhia... Só por causa de uma pessoa. Uminha só... Minha mãe. Adoro incentivos financeiros!
Conheço várias pessoas que têm o CD da Karine Alexandrino, mas nenhuma foi capaz de atender os meus pedidos de empréstimo.
No problem. Graças ao Luciano, tenho em mãos agora o Solteira Producta e pude enfim conhecer "Se Eu Tivesse Uma Amnésia Agora, Minha Noite Seria Mais Divertida". eu vou caminhar nas ruas da minha cidade pois lá, pois lá eu sei que vou me sentar numa mesa de bar pra tomar todas e conversar e vai ser fácil pois em todo lugar sempre tem alguém querendo se comunicar
A menina mais popular da minha sala da Cultura disse que estava muito puta porque o "filme ridículo daquele cara espanhol que só faz besteira tirou o Oscar do Cidade de Deus". Meus olhos nesse momento quase saltaram de suas órbitas.
Bom, de certo aí só que ele é espanhol mesmo. Porque Hable Con Ella, querida anta, não tem nada de ridículo, nem de besta como você achou. Tampouco é "de viadagem", mas de amizade desinteressada e sincera entre dois homens e de amor incondicional por "suas" mulheres, entre outras coisas talvez complexas demais para você. Eu adoraria fazer "besteiras" como Tudo Sobre Minha Mãe, Carne Trêmula, Ata-me!, Labirinto de Paixões... Aliás, esse ufanismo todo em torno do Cidade de Deus começa a me incomodar. É um bom filme, mas nada demais, impressiona pela edição estilo videoclip, que Tarantino e Guy Ritchie já usam há bem mais tempo. No geral, historinha que se pretende "realidade", mas que segundo o próprio cara que inspirou o personagem Buscapé (não lembro o nome dele agora) tem muito exagero; narrativa redondinha estilo americano e personagens de caráter definido para se gostar ou não, vilões e mocinhos. Mas a trilha sonora é muito massa. E por fim, o Oscar só será em março. Ontem foi o Globo de Ouro.
Certas coincidências me fazem crer que eu devo ser muito importante para o cosmos divino, tanto que Deus gosta de se divertir às minhas custas nos seus momentos de lazer. A mim só resta dizer:
putaquepariucaralho! * Dessa vez a coincidência foi pesada demais para mim *
Declaração de Miss Kittin em sua visita ao Brasil:
Humor negro? Ô não, de forma alguma... domingo, janeiro 19, 2003
Digitais
Meu Deus, o que era o povo tacando a mão nas fotos do Sebastião Salgado!? Mas bem que podiam ter posto um vidro pra proteger. Ô povo canguinha! * * * Blórghs Essa Taís descobre cada coisa. Mas não encontrei nada do Albieri não. * * * Socorro! Descobri que, com exceção de dezembro, todos os meus arquivos de 2002 foram comprar cigarros e nunca mais voltaram.
Olha, eu acho que ninguém merece. O quê, né?
Ninguém merece ficar toda feliz porque vai ver o show do DJ Marky e depois ficar sabendo que não vai, não. Que vai ter que ver a Zizi Possi e a filha catiroba projeto de kelly key. E que esse sacrifício todo é por dois parágrafos. Não, ninguém merece. Nem meu pior inimigo. Agüentar os malabarismo vocais da catirobinha, aquela roupa bréééééga da Zizi (não estou sendo má, não; a própria Aninha, especialista em moda, concordou), os exércitos de casais se agarrando loucamente ao meu redor, o fotógrafo desaparecido... foi demais pra mim. :: A roupa :: (E queria dizer que essa calça brilhava, era dourada com uns negócios vermelhos. Uó!) Ainda fui forte e agüentei firme a “Asa Morena”, mas o “Per Amore” não. Fui-me embora que eu não sou nem obrigada. Fugi pra tenda eletrônica e logo depois para o aniversário coletivo do povo que a Grazzie anda. Uns povo aí das Engenharia. E inté que foi legalzim... ;) sábado, janeiro 18, 2003
Quando a gente tem aulas de Redação no colégio os professores insistem que a palavra "coisa" nunca deve usada. Por que? Porque "coisa" pode ser qualquer coisa.
Pois eis que descubro que justamente por isso, por "coisa" poder ser qualquer coisa, é um dos conceitos mais importantes da Filosofia. Fundamental, diria. Também na Semiótica, que bebe muito da Filosofia. Vontade de botar coisa em todo texto agora. Só para compensar anos de repressão da coisa. Que coisa? Qualquer coisa.
Quando eu fui ver pela segunda vez a exposição do Rodin no Dragão do Mar achei a experiência bem mais rica. Pude atentar para outros detalhes das obras, notar o que antes não havia percebido. Nesse dia, um outro grupo também fazia uma visita ao museu. Por serem cegos, podiam tocar nas obras. Por alguns instantes desviei minha atenção para eles, para cada detalhe, cada textura que eles descobriam com as mãos. Seus rostos maravilhados diante de tanta beleza. Lembrei disso por causa do Wellington que ontem falava da construção de imagens feita pelos cegos. Ele também tivera a oportunidade de ver essa mesma cena, mas em São Paulo, durante a exposição da Camille Claudel. E a sensação foi a mesma minha. Hoje, sabe-se por estudos científicos que a imagem formada pelos cegos em suas mentes através do tato é bem próxima da realidade.
Borges escreveu cego. Beethoven compôs surdo. Triste daquele que pensa que só se vê com os olhos. Triste daquele que pensa que só se fala com a boca. Os sentidos não são estáticos. sexta-feira, janeiro 17, 2003
Muita lágrima antes e muito riso depois. O quê, senão eles, os mal entendidos?
quinta-feira, janeiro 16, 2003
quarta-feira, janeiro 15, 2003
Eu tenho uma mania que alguns consideram meio ou inteiramente estranha. Gosto de ver as pessoas que eu não conheço como personagens. Quando entro em um ônibus e dá para fazer a viagem sentada - e essa é uma grande vantagem do Circular - fico observando os outros passageiros e tentando decifrar suas vidas, suas histórias. Eu poderia ler um livro, eu sei, mas eu sempre lembro da mamãe dizendo que faz mal e de um amigo que operou a retina e acha que foi por esse costume. Então eu guardo o livro na bolsa e olho as pessoas. No ônibus, na rua, nos carro que passam, no ônibus ao lado também. Mas me detenho mais no meu próprio ônibus, quer dizer, naquele no qual estou. Até porque passo mais tempo e dá para imaginar mais. Olho as pessoas e é um bom exercício para os devaneios.
O rapaz de óculos e mochila nas costas que deixa o troco cair no meio do corredor olha para os lados antes de se abaixar. Imagino que ele esteja com vergonha do barulho das moedas ou do fato tê-las deixado cair. Desvio o olhar para a janela para que se sinta mais à vontade. Ele se senta na minha diagonal com o pé esquerdo escapando para o corredor. Também, com o tamanho daquelas pernas! Seu sapato bege está gasto, mas ele parece ter dinheiro para um novo. Talvez aquele fosse mais confortável ou ele pouco se importasse. Ou ainda poderia estar ele pensando que era estilo. "Veja, mundo, eu não me importo com roupas". Mas eu conheço tanta gente que finge tão bem. Principalmente nesse aspecto. Gente que se (des)arruma na frente do espelho. Na minha estória, era o descanso dos pés que importava. Ele tem cara de tímido, talvez esteja tão só quanto eu. Ele gosta de uma menina que gosta de outro. E provavelmente tem uma que goste dele e ele não sabe, sequer imagina. Tem sim, com certeza, sua melhor amiga. Que bem poderia ser a menina de cabelos curtos que entrara duas paradas depois e ainda não tinha passado pela roleta. Eles não se viram e passaram a viagem sozinhos pensando no que dizer um ao outro. Ele contaria que estava triste por outra. Ela disfarçaria bem a sua tristeza e inventaria que tem um cara. Ele sentiria uma ponta de ciúmes, mas sorriria passando as mãos suavemente pelo seu cabelo castanho terminando por deixar a marca de dois dedos na pela alva de seu pescoço. Dessa vez o carinho fora mais forte por uma pitada de raiva que não poderia ser expressa. Ela não entenderia. Afinal, era sua amiga e amiga da paixão platônica, que não sabia que dentro da mochila ele carrega um livro de Rubem Fonseca. Tampouco saberia que Rubem Fonseca ajudou o regime militar. Ela, que era do Movimento Estudantil, mas não estava no ônibus. Não naquele dia. Era, portanto, apenas coadjuvante da minha estória. Alguém de fora a tumultuar o amor que desenrolava na minha cabeça para o menino de mochila e a menina de cabelo curto. A menina de cabelos curtos se levanta com o walkman nos ouvidos. Ela ouve Belle and Sebastian, I Don't Love Anyone para ser mais exata. [E nessa hora é inevitável não lembrar dele, pois Belle and Sebastian sempre me remeterá a ele, como ontem na camiseta da Patrícia. (E lembro também da Barbra dizendo que tudo me lembra o Ricardinho e que me fez usar esses parentêses e essas chaves)] "Yeah if there's one thing that I learned when I was still at school It's to be alone", vazou por entre seus olhos quando ela passou entre mim e o menino de mochila e óculos. Passou guardando o troco na bolsa, mesmo que tenha dado o dinheiro certo da passagem. Sim, era um pretexto para fingir que não o viu aqueles olhos enterrados na bolsa. Os dele estavam voltados para a rua, para a grande casa rosa onde não morava ninguém há anos. Acho que ele gosta daquela construção e que, assim como eu, pensa em como era viver ali, pois ali moravam pessoas antes de ser uma Reitoria. Como devia ser boa a vida de uma criança ali quando a 13 de Maio não sabia o que eram carros. Quando o ônibus fez a curva, ela já estava em pé perto da porta, pois gostava de antecedências, tinha medo de o ônibus arrancar antes que ela descesse no destino. Foi nesse momento que eu e ele nos levantamos quase ao mesmo tempo. Pude ver que fora da mochila ele carregava outro livro com aquela etiquetinha da biblioteca. Era um livro de História, a Era dos Extremos. Ela desceu, depois um senhor meio careca e uma mulher de cabelos com trancinhas e, por fim, eu e ele. Eu na frente, ele atrás. Nessa hora, eu já pensando que viajo demais. Tenho que perder esse costume, penso, é só uma maneira de expressar meus estereótipos... Mas ele passa por mim e grita "Adélia". Corre e alcança a menina de cabelos curtos, cutuca-a com a ponta do livro. Ela se vira tirando os fones e sorri. Ele passa o livro para a outra mão e passa a direita nos cabelos castanhos dela terminando por lhe fazer um carinho no pescoço. Ela sorri, ele também. E até eu. Eles seguem em frente e eu dobro para a esquerda. Não sei, mas quem sabe nos meus devaneios não há um pouco de espaço para a realidade? Gostaria de perguntar à Adélia. * * * Post-scriptum às 00:04 do dia 16: * Feliz coincidência abrir aquela conta de e-mail meio esquecida e encontrar um convite a um convite dela, que também gosta de estórias (ou seriam histórias?) de ônibus. * E na mesma conta ter ainda outro e-mail, do Jackson, que me citou em seu technicolor, chegado hoje às minhas mãos dentro de um envelope, o primeiro endereçado a uma tal de Miss Koltrane. * Feliz de saber que ela está cheia de envelopes. Recebeste meu aviãozinho? * Bom ouvir um SAUDADE de letras cheias. Se der, irei, sim, amanhã ao Centro de Convenções, Carolzinha. Se for, te ligo. * Fico tímida diante de que eu considero inteligente. Talvez por isso eu tenha vergonha de revelar a ele esse Dias e Noites. * Hoje usei os brincos que me deste, Bebela.
Já dizia a grande e sábia Lia de Itamaracá (abstenham o resto da letra):
"Eu não vou na sua casa Pra você não vir na minha" Será que nem em meus "territórios" eu tenho o direito de ir e vir sem o risco de passar por constrangimentos? Puta que o pariu! Eu sei que, como bem disse a Amarílis uma vez, a vida não deveria ser um jogo de War. Mas às vezes acaba sendo - é inevitável - e as pessoas poderiam ser mais sensíveis. Admito que sou refém do meu próprio medo, mas esse é o meu jeito de lidar com certas coisas da vida. E não é segredo para ninguém. Agora por conta disso terei que pagar passando os dias e as noites sozinha em casa? Bom senso não é um conceito fixo, eu sei, mas também não é muito flexível. E eu não quero ficar com o Bar do Zé Cueca (era esse o nome, Lílis?). terça-feira, janeiro 14, 2003
Um disco voador está girando no céu, posso ver da minha janela. Eu nem ia postar hoje, mas o retorno da abduzida Grazielle ao mundo dos vivos (e festeiros) merece registro.
Amiga loura linda, que bom poder contar com a tua companhia novamente. E, sim, claro que nos veremos. Eu, tu, Mari, Clá, Belle e todas as demais pepetas. domingo, janeiro 12, 2003
>>> Rever Cronicamente Inviável só para confirmar que eu detesto o Sérgio Bianchi. Filminho pretensioso e maniqueísta. Além do mais, detesto diretor que trata o espectador feito idiota, usando um didatismo desnecessário para mostrar sua idéia. Cadê o espaço pra pensar e tirar as próprias conclusões? Sociologia de segunda. Quem incensa esse filme, deveria ir atrás de ver o igualmente badalado curta Ilha das Flores, do Jorge Furtado. A diferença é que este é realmente bom e consegue fazer uma crítica de forma consistente.
>>> Ontem à noite a MTV estava surpreendentemente boa. White Stripes, Primal Scream, Vines, Weezer, Hives, Rolling Stones... Sim, verdade, era o BlogMTV elegendo seus melhores clips de 2002. Todos "rock 'n roll" >>> As Parceiras, da Lya Luft, pode ter efeitos dos mais diversos após sua leitura. Se você está deprimido, corre o risco de se jogar da janela após fechar o livro. Ou então, o efeito inverso, você sai gargalhando histericamente acreditando que sua vida é maravilhosa diante da dela. Pense num livro triste! >>> O Paulo André é um amigo legal. Pena que faça convites para sair tão tarde... >>> Uma coisa leva à outra. Que, por sua vez, leva à outra. E assim por diante. >>> E à você, obrigada por me apresentar involuntariamente Brenda Lee e The End of the World. sábado, janeiro 11, 2003
Hoje fui co-pilota e assistente de DJ. Belo BG, boa companhia, almoço barato, relógios ensandecidos...
Pena que eu ainda fique um pouco tímida. :: A "Princesa Sharon" * é bonita :: :: Gostei da comparação, Charles :: * Susan Sarandon, que nome artístico de drag-queen já basta o meu.
Plantão é uma palavra que voltou a integrar o meu vocabulário.
Monografia também deve se juntar em breve. Com a entrada dessas duas, saem fim-de-semana e noitadas, que são quase sinônimos. (Professor Pasquale, existem "quase" sinônimos?) Tenho dito.
A confusão já começou por mim, que pus o post no lugar errado
Espantei-me com a quantidade de comentários nesse post anterior, que nem era para estar aqui. Por engano, ele não está no lugar certo, e só fui ver agora. Espantei-me principalmente por que considerava ser um post que ninguém entenderia. E é, tanto que ninguém o comentou. Um dos meus posts mais sérios, introspectivos e sentimentais (chame de sinal-confuso, se preferir) acabou virando baixaria. Mas não pensem que eu me chateei, não. Gostei, foi bem divertido e me ajudou a desviar a atenção do dito post em questão que tanto me faz sofrer. Agora, todos aguardam sua explicação, moça. quinta-feira, janeiro 09, 2003
Ô Ricardinho, avisa à Flávia que eu passei foi vergonha lendo em público aquele e-mail dela sobre o garçom fuleiragem.
Mas tu também, né? Taí que eu queria te ver no Seo Sílvio. E não lembro se foi tu ou o outro quem perguntou, mas lá vai: além de mim, as pessoas que vocês conhecem e se inscreveram para o trainée da FSP - tentando trilhar o caminho de sucesso de Suquinho, Lílis e Flavita - foram a Belle Linda, a Marina, o Christian e a Bina.
O Damon Albarn...
Sim, o que é que tem ele? Bom, nenhuma novidade, mas... Ora, e precisa de motivo pra botar o Damon Albarn aqui!?
Se existe alguém com a capacidade de falar uma coisa quando quer falar outra totalmente diferente, esse alguém sou eu. Chato, principalmente quando fica parecendo antice, e não uma mera troca na ordem das palavras. Vejamos:
Estava zonza e esfomeada quando encontro meu amigo mais "enxaqueca" *. Seguimos rumo à Cultura alternando assuntos tão diversos quanto O Crime do Padre Amaro, a última fofoca e a vida em geral. No tópico vida em geral, enxaqueca pra lá, enxaqueca pra cá, meu amigo pára de súbito e pergunta simplesmente: Você acredita em Deus? Simples, não? Faltando cinco minutos para a sua aula começar e alguém vem lhe questionar a existência de Deus, pondo em xeque todos os seus paradigmas religiosos? Só ele mesmo... Não havia tempo nem disposição para uma palestra ali. Tentando ser sintética, consigo dar uma resposta melhor do que a pergunta: A mim, prova que não existe. Não, eu não queria fazer um joguinho de palavras HumbertoGessingeriano. Não, eu não queria ser irônica. Não, eu não queria ser contraditória. Na verdade, eu queria dizer: Se existe, não quer provar a mim. Se tivesse saído da boca de uma pessoa "daquelas" *, seria considerada uma pessoa "espirituosa", de "humor sarcástico", tantas coisas... Mas como foi da minha, para ele foi só antice mesmo. Foi só uma confusão de palavras. Tenho dito === Dando continuidade à série "Diálogos Verídicos": Melhor amiga: Vou botar uma música de discoteca! Menina cujo nome esqueci: Discoteca! Massa! Mas discoteca de que tipo? Dos anos 70 ou de hoje? Amigo (ironicamente, claro): Discoteca dos anos 50, 60... Bill Haley, já ouviu? === Eu dando carona para o "outro" * (faz tempo isso...) e Weezer no BG. Começa a tocar Buddy Holly. "Ooo wee ooo, I look just like Buddy Holly, Oh oh, and you're Mary Tyler Moore. I don't care what they say about us anyway. I don't care about that" Ele: Nossa! Eu fico pensando no choque da Mary Tyler Moore... Eu: Ahn? Ele: Quando o Buddy Holly morreu... A Mary Tyler Moore, coitada... Eu: O que é que tem a Mary Tyler Moore, criatura? Ele: Ora, ela não era a esposa dele? Se você acha... PS: Ele não tinha Multishow. === PS: * Quem entendeu entendeu. Quem não entendeu... quarta-feira, janeiro 08, 2003
Se você tivesse que escolher:
1. Trabalhar com o que gosta, mas com um monte de gente que mal olha na sua cara e ficam só nas panelinhas. 2. Trabalhar com o que não gosta, mas com um monte de pessoas que você adora e todos se dão maravilhosamente bem. Então?
Vou dormir que agora sou uma pessoa que trabalha.
Só até o fim do mês, mas trabalha. Vida de quebra-galho é assim mesmo. Já me acostumei...
Eu entendo mensagens subliminares e sei ler nas entrelinhas.
E não sei se isso é bom ou ruim. terça-feira, janeiro 07, 2003
Se a Barbra queria ser um origami, eu já quis "queria ser" tanta coisa...
Acho que a que eu mais me aproximei de realizar foi mensagem numa garrafa. Ou você nunca fantasiou com aquelas estórias de garrafas lançadas ao mar com um pedido ou um desejo? Alguém longe, do outro lado do oceano, escrevendo talvez até em outra língua pra deixar tudo ainda mais ininteligível... Pelo menos eu desde criança pensei nisso. Olha eu aqui agora. Olhemos todos nós agora. Todos nós que nos aventuramos nessa história de blog. Somos mensagens em uma garrafa jogadas num imenso oceano. A Barbra me achou, o PA, a Rose... tanta gente... E tantas outras mensagens que eu achei também. Nenhuma dessas mensagens foi ainda decifrada por alguém, eu acho. E muito provavelmente jamais serão, jamais seremos. * * * Por pura curiosidade, eu também já quis ser bibelô de cristal, perfume de bebê e capacete de astronauta. Caramba! Acho que estou muito lúdica.
Há uns dois anos atrás minha terapeuta disse que eu estava me sentindo mal porque tinha escrito um roteiro para a minha vida e vi a minha estória sendo rodada com outra protagonista. Sinto-me assim novamente. Não no roteiro do longa, mas de um curta. Não é pra ser entendido. Aliás, nem deveria estar expondo conteúdo das sessões aqui. Whatever... Um ano sem terapia faz isso mesmo. Necessidade de falar. Droga!
Enquanto uns riem, outros choram. É a vida. Esperada e inesperada. Isso me lembra uma frase do Lucas: "A esperança é a única que morre", sempre dita com um sorriso triste, expressão de uma ironia melancólica. Às vezes, ele me entende.
Você conhece alguém que tem (ou teve) comércio no Morro Santa Teresinha, também conhecido como Mirante? Que mora ou morou lá? Que freqüentava muito?
Sei lá! Qualquer coisa a ver com esse Morro Santa Terezinha! Até aquela foto da tua tia empunhando um caneco de chopp no Tudo em Cima tá valendo. Ou a tua no Alô Brasil. (trash) Qualquer coisa mesmo. É só me avisar.
Óh! Senhor dono da casa, abra a porta, acenda a luz...
Há muito tempo que o reisado não passava por aqui. Mas hoje ouvi a música típica se aproximando aos poucos. Fui pra janela. A música mais perto. Preparei a máquina. A música chegando. Comecei a postar. A música bem alto. Quando vejo, o que acontece? O reisado dobra a esquina e desce a rua, se afastando aos poucos. A música indo... indo... diminuindo...até eu não mais ouvi-la. Ah... Frustrei. segunda-feira, janeiro 06, 2003
A vida corria besta e sem graça. Os problemas acumulando na cabeça. Pedro, digamos que seja esse seu nome, revoltou-se. Contou-me um dia desses que acordou bem cedo e foi andar na praia. Naquele horário do banho de sol dos bebês e quando os casais que resistiram ao tempo e à convivência passeiam de mãos dadas. Entre 6 e 7 da manhã. Andava arrastado, olhando o vir-a-ser e o já sido das pessoas. Um misto de saudade do tempo que tinha certeza que seria feliz com uma inveja dos que chegavam a certa idade tão dispostos, confiantes e realizados. No meio da areia (da ampulheta), os jovens casais ainda verdes, que bebês não andam soltos. Era ali onde ele achava que estaria. Mas não estava, e nem sabia se o queria. Só sei que de deprimido passou a inquieto. As mãos nervosas, o andar apressado, os olhos piscando. Nos pés, areia sendo chutada com força. Quando deu por si, a água do mar já lhe cobria os joelhos. Resolveu entrar. Mesmo de calça. Tinha deixado os documentos, dinheiro, celular, tudo em casa. Morava perto mesmo. O mar vazio de gente, só aquele verdão. É, o mar estava verde. Foi entrando, sendo levado, uma completa simbiose. Com a linha do mar na cintura, parou e ficou sentindo a força das ondas sobre o corpo. Inerte.Quase caiu várias vezes levado pelas ondas. Sentiu-se meio idiota. Mas, enfim, achou o que xingar.
FILHO DA PUTA ESCROTO SEU CARALHO FODA-SE FODA-SE FODA-SE FILHO DA PUTA E mais uma lista de nomes do mesmo tipo. Bem alto e forte, enquanto socava a água com as duas mãos. Voltou nadando e logo estava cansado. Exausto pra ser mais exato. Chegou à areia ofegante ainda e rouco. Uma senhora perguntou se ele estava bem. Sim, estava. Nadou muito, meu filho? O que você fez?, ela insistia. Terapia, minha senhora. Terapia. * Os fatos são verídicos. A pedido do mesmo, a identidade do cidadão será mantida em sigilo.
E quer dizer que o legal agora é ser chata!?
Nã, prefiro morrer sem popularidade.
Obrigada, querido!
Les marionnettes CHRISTOPHE Moi je construis des marionnettes (Eu faço as marionetes) Avec de la ficelle et du papier (Com barbante e papel) Elles sont jolies les mignonnettes (Elas são belas as pequeninas) Je vais, je vais vous les présenter (Eu vou, eu vou apresentá-las) L'une d'entre elles est la plus belle (Uma entre elas é a mais bela) Elle sait bien dire papa maman (Ela sabe bem dizer papai mamãe) Quand à son frère il peut prédire (Quanto a seu irmão, ele pode prever) Pour demain la pluie ou bien le beau temps (Se amanhã chove ou faz bom tempo) (au Refrain) Chez nous à chaque instant c'est jour de fête (Em nossa casa a cada instante é um dia de festa) Grâce au petit clown qui nous fait rire (Graças ao pequeno palhaço que nos faz rir) Même Alexa cette pauvrette (Até Alexa, aquela coitada) Oublie, oublie qu'elle a toujours pleuré (Esqueça, esqueça que ela sempre chorou) Moi je construis des marionnettes (Eu faço as marionetes) Avec de la ficelle et du papier (Com barbante e papel) Elles sont jolies les mignonnettes (Elas são belas as pequeninas) Elles vous diront, elles vous diront (Elas lhes dirão, elas lhes dirão) Que je suis leur ami, que je suis leur ami (Que eu sou amigo delas, que sou amigo delas) Que je suis leur ami, leur ami... (Que sou amigo delas, amigo delas...) :: À propósito, era dessa coleção inspirada no circo a blusa linda e cara que eu não pude comprar. Fiquei triste. Mais ainda quando vi a filha do Ciro Gomes com ela em uma revista. E como no Google quem procura acha, eis a blusa: Se eu tivesse dinheiro, eu ia comprar tanta coisa na Colcci que vocês não têm noção. Marina, quando a Helena souber de liquidação lá, não deixe de me avisar! domingo, janeiro 05, 2003
And the Oscar goes...
A todos que interpretam muito bem. Você conhece alguém? Vive le mise-en-scène! sábado, janeiro 04, 2003
Semana passada eu vi um editorial da Colcci no M de Moda da TV Diário. Eu queria tanto saber o nome da musiquinha que tocou enquanto os modelettes pulavam no circo.
Será que alguém poderia me ajudar? sexta-feira, janeiro 03, 2003
Que moral você tem pra falar de mim e da minha ausência, hein, Ricardo Augusto!?
Mesmo assim te amo, tá. E choro se for confirmado o fim do Zona de Conflito.
EM FORTALEZA, dão-me notícia da sensacional entrevista concedida pelo Comandante do Batalhão de Engenharia e Construção de Crateús a um canal de televisão local, constituída de três perguntas e respectivas respostas, como se segue:
1a pergunta _ Senhor coronel, que vem a ser um batalhão de engenharia e construção? Resposta _ Um batalhão de engenharia e construção. 2a pergunta _ Senhor coronel, o 23o Batalhão de Engenharia e Construção de Crateús está situado onde? Resposta _ Em Crateús. 3a pergunta _ Senhor coronel, o comandante do 23o Batalhão de Engenharia e Construção tem de ser um coronel. Qual é a sua patente? Resposta _ Coronel. Aventuras Cotidianas, número 48, Fernando Sabino, in A falta que ela me faz.
Não. Antes que perguntem, eu não me encontrei.
Quero mandar um beijo para a Carol e outro para a Amarílis, que mandaram os e-mails mais fofos do universo. E ainda mais um para a Clara, os melhores "olhos auditivos". Amo vocês.
Só porque a Marina pediu...
O mundo será dominado por catirobas e palhaços. Nós - mulheres bonitas, inteligentes, divertidas e de bom gosto - seremos segregadas, discriminadas e perseguidas pela sociedade. Teremos que nos refugiar em guetos afastados dos centros urbanos. Quando precisarmos irrevogavelmente aparecer no epicentro da urbes - para pagar contas, por exemplo - precisaremos de disfarces. Inclusive de voz, porque as catirobas têm um jeito peculiar de falar e se expressar. Algo tipo imitação de sotaque carioca. E os palhaços? Ah, eles têm medo de nós. Por isso quando vêem uma da nossa espécie sozinha, eles caem em cima com o único objetivo de destruir o que consideramos mais precioso - mente e coração. Assim, desarmadas, representamos menos perigo. Mas não adianta! Logo estamos voltando para o nosso gueto e nos recompomos rapidamente - às vezes nem tão rapidamente assim, admito. Enquanto procuramos não-palhaços, os palhaços e os pseudo-não-palhaços se divertem com as catirobas. Alguém nos diga onde é o gueto dos não-palhaços, por favor. Teoria elaborada por mim, Marina, Adriana e mais algumas meninas legais. Baseada em observações no caso de algumas (tipo a Mari) e comprovadas empiricamente por outras. |