sexta-feira, julho 30, 2004
>>> Sabe a moça aí de cima? A partir do dia 7, sábado, o cinema do Shopping Benfica vai exibir uma mostra com ela, "Breakfast com Audrey Hepburn". Estarei lá, exceto nos meus plantões.
>>> Quarta-feira fui brincar de "air cuíca" e "air pandeiro" e constatei que a Amarílis continua sendo a mais fiel companheira de dancinhas exóticas, palhaçadas e boas tiradas.
>>> Não desejo mal à ninguém (sei que é difícil de acreditar, mas é verdade), mas fico me perguntando... por que todas as pessoas do mundo ficam gripadas, tem tosse, perdem a voz, ficam roucas... menos a Xuxa de Deus, que berra loucamente embaixo da janela do meu quarto. Ontem, não havia nem quinze pessoas na dita casa de orações, mas a potência dos auto-falantes chegava a mil.
>>> Eis o Fortal aí outra vez. alguém se enganou que ia vingar aquela proibição?
segunda-feira, julho 26, 2004
No berçário, a Sofia era a única que não chorava. E não é coisa de tia babona. Embora eu não negue o epíteto, digo que ali todos eram testemunhas. Ela apenas mexia as mãozinhas, descobrindo possivelmente aquilo tanto que lhe era novo. Dizem que os recém-nascidos não enxergam bem por causa do choque de luminosidade, explicou a enfermeira, a que era mais simpática. Eu já sabia que era linda, apesar da distância. Meu irmão queria uma foto, não podia entrar, só enfermeira. Senti falta de um flash com sapata, aquele fixo rebatia no vidro e só saía o clarão. Sem flash, mesmo que nada. Furtiva, a enfermeira me puxa pela mão e diz para eu tirar a foto rápido, antes que alguém chegue. Abre, então, a parte de cima da encubadora (é esse o nome?).
[pausa]
Quem me conhece sabe da minha paixão pela fotografia, aquela moldura tão fixa de um momento, único mesmo que dentro de um cotidiano. Das minhas maiores frustrações, uma delas, com certeza, é a falta de talento para "bater retrato". Mesmo dentro dessa afeição toda, sempre me deparei estranha sobre esse fenômeno do instante fotográfico. Naquele tempo, que pode ser de um milésimo de segundo, que pode mudar tudo, o que fazer? O profissional tira a foto, mesmo abrindo mão do momento em si, à vista crua. Mas e o amador? Manter o momento preso num retrato para toda a vida ou viver o momento único e guardar apenas na memória? Usar a janelinha automática ou a da alma?
[/pausa]
Foi assim que me vi ali. Não era nenhuma grande revolução para a humanidade, nenhum fato importante da história, nenhum furo jornalístico. Mas era uma vidinha nova, tão ansiosa e carinhosamente aguardada, que se mostrava ali na minha frente. A mãozinha abrindo e fechando. E eu ali no meio tempo. Sabia que ia vê-la por todos os dias várias e várias vezes, mas era o momento. Tirava a foto instantaneamente ou largava a idéia e via os detalhes do seu rostinho ainda desconhecido para mim? A enfermeira me pressionou, mandou ser rápida. Acabei pressionando o botão e ela me puxou pela mão de volta para fora, para trás do vidro. Como ela é só fui saber no dia seguinte. Algumas horas apenas, podem dizer. Frescura, teoriza demais essa garota. Vai entender... E quem disse que era pra entender?
Gostei da fala do Stuart no Fans Only do Belle & Sebastian, naquela hora que eles contam o que gostam, os fragmentos cotidianos tirando a parte popstar da coisa. Ele tinha uma câmera, que acabou trocada por uma caneta de astronauta. Achou que tinha feito um ótimo negócio, que valia centenas de libras. Descobriu depois que, apesar de escrever até debaixo d'água, não era lá esses balaios todos no mercado e se lamentou. Até descobrir que a caneta fazia as vezes de máquina e era até muito melhor. Mais não conto, que é para ver o DVD. E aproveitar para ter mais abuso ainda do Jô Soares.
terça-feira, julho 20, 2004
Quer me irritar? Diga que fiz algo que não fiz.
E a irritação é ainda maior quando a pessoa me conhece o suficiente para saber que eu jamais faria tal coisa. Tenho verdadeira ojeriza a comentários anônimos. Já fiz. Once, mas fiz. Há muito tempo. Logo me toquei da infantilidade que era e desde esse dia tudo o que eu tenho a dizer eu digo é na cara. No máximo por carta, e-mail ou telefone. Mas tudo muito bem assinado. Cogitar que eu tenha sido autora de um comentário anônimo por aí é no mínimo incoerência. Fui ver o tal. Olha, meu caro, se não confia mais no meu caráter, ao menos respeite minha inteligência. Tenho argumentos bem melhores e um português bem ok, tá?
Agora, me devolva esse peso de papel, que eu não quero mais nenhuma das tuas indelicadezas me incomodando.
* * *
Sim, o Orkut me ajudou. Estava decidida a comprar aquela câmera HP ou uma Sony P100, mas o fórum de fotografia digital me fez desistir. Devo ficar mesmo na tradição, Nikon ou Canon.
segunda-feira, julho 19, 2004
Dia de domingo, lá venho eu da praia, quando resolvo parar naquele posto Bela Vista da Pe. Antônio Tomás para colocar gasolina no carro. O frentista se aproxima e diz de cara que a gasolina está R$ 1,94. Eu sei, eu sei, moço. Ele começa a completar que o diesel tá custando tanto e o álcool outro tanto. No carro, as pessoas começam a estranhar a atitude do frentista. "A senhora quer saber mais alguma coisa?", pergunta e completa que "o gerente não tá aí hoje". "O que mais a senhora quer saber?"
"Se você pode colocar 30 reais da comum, por favor"
... "A senhora não é a moça do jornal?"
Daí pude entender: de tanto fazer matéria sobre o vai e vem no preço da gasolina, já estou é conhecida nos postos, amiga dos frentistas e gerentes. Será que não me dão um descontinho?
sexta-feira, julho 16, 2004
Tia ostra
Branca, cabelos pretos espetadinhos e bem tranqüila.
A Sofia é linda, vocês precisavam ver. Sei disso há 24 horas.
terça-feira, julho 13, 2004
HP PHOTOSMART 945
Submarino
Darty
439 EUR
é o mesmo que R$ 1.655,24
segunda-feira, julho 12, 2004
Sempre considerei o Rock Around The Clock como o início (pelo menos "formal", digamos assim) do rock. Mas já que agora inventaram de dar uma atrasada na data e colocar o Elvis Presley como o intérprete do primeiro rock com That's All Right (Mama), posso dizer que eu e o rock somos assim meio irmãos por dividir o dia. Assim, encarnando um Rob Gordon e seguindo a velha formulazinha do Top 5 puxada ontem pelo Vida & Arte, a minha listinha. Critérios meramente pessoais, aqueles que ouvi e tum bateu, uma coisa catatonia. Nem em ordem tive coragem de colocar.
- Revolver, Beatles
- Pet Sounds, Beach Boys
- The Queen Is Dead, Smiths
- Ok Computer, Radiohead
- Ziggy Stardust and The Spiders From Mars, David Bowie
sábado, julho 10, 2004
Mariana tinha razão quando me disse que eu receberia um monte de ligações inimagináveis no meu aniversário por causa do Orkut.
Ô Orkut pra dar dor de cabeça, aliás.
As pessoas nos decepcionam com mesquinharias. E eu nem consigo imaginar o porquê.
Pois é... nem sempre nossos amigos são amigos de nossos amigos ou somos amigos dos amigos de nossos amigos.
Será coisa de signo?
Horóscopo e balança são duas coisas em que não acredito, mas às quais não resisto. Não posso ver um que lá estou.
"Por força desse destino, um tango argentino me cai bem melhor que um blues" (é cai, faz ou vai?)
Hoje é noite de champagne.
Muito feliz por não estar mais trabalhando com política!
sexta-feira, julho 02, 2004
Nada me atinge. Sabe felicidade? Pois é.
Beber água faz bem aos rins, e todo mundo sabe. Em alguns casos pode fazer bem aos olhos. Espero que possa fazer ao coração também.
Sim, foi uma mensagem cifradíssima.