segunda-feira, dezembro 29, 2003
Decidido. Bati o martelo e espero que Aline e os demais Teixeira não fiquem com raiva de mim. Amanhã rumo à Taíba para a casa de
Renatinha.
Preciso comprar um par de Havaianas, um bloqueador solar e um secador de cabelo. Claro, vou lá arriscar meu novo
corte retrô, ou como diria minha sobrinha baby linda "meu cabelo de Chocolate com Pimenta".
Como acho que não passo mais por aqui antes do próximo ano, desejo a todos um 2004 cheio de realizações e novos desejos. Não sei o porquê, mas nunca me liguei nessa de virada de ano. Para mim, é uma mudança de mês como outra qualquer. Mas desta vez tentarei ver a data com um olhar diferente. E confesso que tentarei fazer-me folha em branco para 2004.
Sim, eu tive um retrocesso adolescentóide
Depois daquele aperitivo do Ceará Music, finalmente um show completo do Los Hermanos. Sinceramente, não tenho nem palavras. Foi lindo! Fiquei bem lá na frente, que surpreendentemente estava vago - acho que as pessoas ficam com medo de morrer esmagadas e se entulham pelo meio - morrendo de tanto cantar e gritar e pular e bater palmas e dançar e dizer "putaquepariu". Uma cenografia linda, de arrasar, de acordo com o clima da música. Analogias. Saí suada, rouca, pés doídos e feliz, muito feliz. Porque show bom é assim, deixa essas seqüelas. Dancei "Um Par", chorei "Adeus Você". Show de aura boa, sabe? Valiosas companhias, água mineral a noite toda e planos, muitos planos. Boatos que ganham força: Los Hermanos e Maria Rita no Dragão. Não juntos e nem de graça, que aí já seria demais.
Na saída, Habib's. Quando olhamos para o lado, quem estava no balcão? Bruno Medina. Momento de indecisão: falar com ele ou não? Atacar de tiete chata depois de um show e aperrear um cara que devia estar morto de fome e cansaço? Alguns segundos e decidimos que, sim, vamos vestir o papel de fãs com gosto. Pega a máquina, procura caneta, arranca um gurdanapo. Nossa indecisão demorou muito e só vimos Bruno e Barba atravessando a avenida em direção a uma van branca. A van parada e confesso que meu coração palpitava, pois sabia que o Amarante devia estar ali também. Alguns meninos atravessaram a Washington Soares e cercaram a van. Achei que aí já seria incoveniência demais. Dois minutos depois a van saiu em busca de um pouco de tranqüilidade. Logo depois, Érica chegou, me enchendo de sentimento de culpa. Mas como eu iria imaginar que ela ligaria para a Raquel e as duas bateriam lá?
O Bruno é baixo.
Mas é fofo.
Mas eu ainda prefiro o Amarante. Mesmo sabendo que ele é casado com a menina que fazia a propaganda do curso Vasco.
* * *
Depois de protagonizar um jogo de esconde-esconde com a minha câmera, Camelo deu o ar da graça. Muito timidamente, é verdade. Mas foi inabilidade da fotógrafa de mãos tremidas.
Estavam tremidas de verdade. Confira um momento não-munganga-mamulengo de Amareto:
Eu e ele. Andávamos na praia, junto a um desses morros cariocas. Não era uma caminhada tranqüila. Discutíamos. Nem precebemos quando a maré se elevou de súbito. Eu não sei nadar. Ele tentou me salvar. Na iminência de me perder em definitivo, percebeu que me amava. Talvez fosse tarde demais quando gritou. O despertador tocou irritante e fiquei sem saber se vivi feliz ou se morri feliz. Mas foi com certeza o melhor sonho que tive em meses.
sábado, dezembro 27, 2003
0800-855540 é um número que não serve para porra alguma.
sexta-feira, dezembro 26, 2003
Como assim o reveião Palmácia furou?! Depois de eu ter me desdobrado para encaixar meus plantões de um modo que não atrapalhasse o Ano Novo.
Olha, alguém trate arranjar outro reveião que eu me recuso a ficar em casa vendo o Faustão! Eu saio nem que seja para a Beira Mar. Nem.
quinta-feira, dezembro 25, 2003
Um pedaço de conversa perdido e, de repente, descubro que eu não estou adaptada. Muito boa essa! Minha cara, críticas eu aceito. Vindas de frente, ditas para mim. Assim não. Reconheço minhas falhas e sei que não são poucas. Mas eu tenho um imenso defeito: eu só consigo fazer algo direito quando me envolvo, quando me empolgo, quando me sinto bem. Mas foram tantas as decepções ali que perdi totalmente o tesão. A ponto de questionar se o meu problema era pontual - e qual seria a explicação? - se era com o local em si ou com a minha própria profissão. Pus em dúvida uma das minhas certezas, algo que não ousaria questionar. Admito que deixei outros problemas interferirem. Mas os problemas internos foram tantos que somados a esses outros transformaram-no em mais um problema. E, sinceramente, estou contando nos dedos os sete dias que faltam para por fim a ele. Porque não há mais pó de guaraná, florais de Bach ou outros remedinhos alopáticos que me dêem animo para ir em frente ali. Até mesmo porque sei que se quisesse as portas estariam fechadas. E vai ver foi isso: cansei de tentar empurrá-la, já que as chaves vão sempre para outras mãos. Desanimei, cansei. Pode, minha cara, queimar meu filme à vontade. Eu que não quero mais voltar aí.
* * *
E já que é pra falar em coisa chata, outro motivo para eu não participar mais de amigo-secreto. Sabe o que é você comprar (ou fazer) um presente com todo cuidado, todo carinho? Sabe? Aí um ano depois você entra num blog e vê a pessoa dizer o que detesta ganhar e jogar uma listinha de coisas. Você lê e vê lá no meio justamente um dos presentes que você deu. Pois é, aconteceu duas vezes comigo.
terça-feira, dezembro 23, 2003
BG: In/Out, Stereo Total
Só para dizer que o
Stereo Total é bacana demais. Ou uma duplinha que
dá tudo assim bem explicadinho não é claps claps?
BG: Reptilia, Strokes
_ Sabe com quem a Ethel tá ali na salinha de entrevista?! Rodrigo Amarante!
No telefone.
Trote sem graça. Ainda bem que não caí. Mas foi quase.
Muito bem. A Marina é muito caga... sortuda. Pediu tanto, reclamou, xingou... E olha aí: o show do Los Hermanos ficou mesmo para domingo, dia 28. Para mim também ficou melhor, já que segunda é meu dia de folga. Ingressos à venda na loja Prata Mania (e o Luciano doido pra saber que diabos era PraÇa Mania...) do Iguatemi ou no Habib's. Ainda não sei qual é a informação verdadeira quanto ao preço, se 15 reais ou 20.
* * *
Momento desabafo: este ano eu não participei de nenhum dos quatro amigos-secretos a que fui convidada. Primeiro, estranho trocar com quem não conheço. Segundo, mais estranho trocar com quem conheço e sei que não gosta de mim. Terceiro, estranho quando a palavra "secreto" é mais forte do que a palavra "amigo".
Quarto: meu pagamento não tinha saído. (Muito embora um desses não precisasse de dinheiro. Whatever...)
Para os amigos nada secretos, vai o momento clichezão: feliz natal.
Mais uma listinha daquelas de final de ano. Mais uma com Strokes, Radiohead e White Stripes. [
>>>]
Percebi que o post abaixo foi sem graça. É porque contado fica assim mesmo. Mas na hora dava pra rir muito. Lembrei que, ao contrário do que foi dito aqui, o cotocão do Dorotéas não foi a melhor do ano.
Como pudemos esquecer da perna mecânica no dia da minha defesa??!!!!!! (piada interna) Muito boa, Adriana!
segunda-feira, dezembro 22, 2003
Miss_K sai muito feliz porque acabou tudo relativamente cedo, por volta de 18h30. Besteira que o horário dela é até 14h30. Dirige-se ao estacionamento.
Ao chegar lá, um fusquinha branco tranca sua saída. Ela olha ao redor e não vê o carinha do estacionamento. Pensa que seu carro - que é da sua irmã na verdade - está realmente muito bem guardado porque espera por cinco minutos que ele apareça.
Ele demora mais uns dez procurando a chave. Outros dez - ou mais - tentando abrir a porta do fusca, que estava com defeito. Ele tenta, tenta, tenta... Tenta as duas portas e nada. Empurra, bate, sacoleja. Miss_K pensa em como os carros são bem cuidados lá.
Ele vai até a portaria da empresa ver se o dono do carro está no prédio. Procura pelo Harrison - Peraí. Harrison?! - e ele saiu, serviço externo, não sabe que horas volta. Mais porradas - ops, tentativas - para abrir o fusca.
Aparece o outro carinha do estacionamento com o velho papo de que não é questão de força, mas de jeito, que tem uma manha.
"Olha só: você tem que empurrar a porta assim um pouco pra baixo, aí bota a chave e gira só um pouquinho pra direita antes de girar de uma vez com tudo pra esquerda puxando o puxador da porta pra cima"
Tcharam! Abre-se o carro. Funcionou. Miss_K finalmente entra no carro e acha que está tudo resolvido. O carinha do estacionamento coloca a chave na ignição do fusca e...
querrengue... querrengue... querrenguequerrenguequerrengue... quequequeque...
Acabou-se a bateria do fusca. O fusca está lá impassível. Miss_K debruça-se sobre o volante e ri histericamente. Ela só quer chegar em casa, fazer xixi e se distrair com a televisão. Só. Mas há um fusca no meio do caminho. No meio do caminho há um fusca. E os dez minutos que a separam do lar tilintam... querrengue... querrengue...
Ela respira fundo, sai do carro e decide fazer sei lá o quê. Talvez empurrar o fusca, talvez quebrar os vidros. Desiste. O Harrison não tem culpa de nada. Nem do nome.
Sorte: terreno levemente íngreme. Solta-se o freio de mão. Ponto-morto. Ele desce lentamente...
Uma hora depois Miss_K chega, enfim, ao lar. E quase faz xixi no elevador.
* * *
Miss_K não sabe por que diabos escreveu tudo em terceira pessoa. Ela não ficou rica, não ganhou na MegaSena, nem individual, nem bolão. Não pode construir o cotocão, mas amanhã vai fazer entrevista de emprego. Acho que precisa de sorte. Deseje a ela.
Miss_K precisa saber como dizer a certo rapaz de relativa afeição que está na hora de cortar o cabelo sem que ele se chateie, fique com raiva ou - muito pior, como diria a amiga - perca o tesão por ela.
Miss_K precisa de dias com 32 horas.
Miss_K tem informações seguras de que ouvirá as duas versões de "Veja bem, meu bem" assim quase que coladinhas.
Miss_K ama o "namorado das quartas-feiras".
sábado, dezembro 20, 2003
Essa é muito boa!
Cada coisa que repórter passa...
Diálogos Insanos
No aeroporto, a repórter entrevista uma mulher prestes a embarcar. Sobre o balcão, uma daquelas casinholas para bichos, de onde sai uma cabecinha tímida de gato. Sai e entra de novo, assustado. A reportagem fala sobre a dificuldade de se conseguir passagens aéreas no final do ano.
[Repórter]: Com que antecedência você comprou?
[Loira, olhando para o gato]: Esse eu estou querendo há mais de dez anos!
[Repórter]: Não, a passagem.
[Loira]: Ah, dia 30 de novembro.
[Repórter]: E foi caro?
[Loira, olhando para o gato]: Esse aqui é muito caro!
[Repórter]: Não, a passagem.
[Loira]: Ah.
A Loira olha para o atendente atrás do balcão e pergunta:
[Loira]: Quanto foi a passagem do gato?
[Atendente]: Noventa reais.
A Loira olha de volta para a Repórter:
[Loira]: Noventa reais.
Volta para o Bóris Casoy. O que foi? Vocês estavam achando que era brincadeira? Hah.
Achei
aqui. Aliás, muito bom o blog todo da dona Paula Foschia.
terça-feira, dezembro 16, 2003
Life is unfair, kill yourself or get over it
Ainda faço uma blusa com essa frase.
Consolo: Los Hermanos para Loser Girls e Loser Boys.
Domingo, dia 28 de dezembro, na nova casa de shows Off Road.
"Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica o olhar"
José Paulo Paes
segunda-feira, dezembro 15, 2003
Foi a
Binaletes que ligou toda empolgada com a
notícia. :)
Por mais que eu tenha consciência de que fiz boas provas de inglês, história e português (na verdade, nesse caso, eu tinha obrigação), fico me perguntando como foi que passei nessa primeira fase. Sem pegar em um livrinho sequer, sem tempo nem para passar os olhos sobre alguma fórmula. Meia merrequinha de questões juntando física, química e matemática. Cinco anos longe do colégio. Maior fenômeno só a Verônica! Ou nós somos gênios ou toda aquela história da concorrência virtual tem sentido.
E quem diria que acabei a noite no Boteco (plaaaaaay)! Mas quem manda os bares nessa birosca de cidade fecharem em dias de segunda-feira?
Tá, bem felizinha. Acho que já estou escaldada com egos inflados. Já deu pra perceber que no mundo da muuuoda eles são mais abundantes até do que - pasme! - entre os jornalistas.
pequenas (?) coisas que fazem o dia valer a pena
Atender o telefone e ouvir um amigo dizer que acabou de chegar em Fortaleza e que está com saudades
Receber telefonema de duas amigas preocupadas em saber se estou melhor da indisposição gástrica
Comprar o primeiro presentinho do bebê
Ganhar um livro do Rubem Fonseca de um amigo especial
Conhecer uma banda que parece Radiohead, mas se chama Muse, no carro de um novo amigo
Receber um e-mail de uma amiga com dicas para o Mestrado
Perceber que eu tenho amigos. E com isso diminuir essa constante sensação de não fazer parte
domingo, dezembro 14, 2003
Bonito pra chover é um títulos de livro mais lindos que eu já vi. Ainda não tive a oportunidade de lê-lo, apenas folheei após me demorar na capa. O lançamento é amanhã e eu comprarei com certeza. Eleuda foi só elogios. E nem poderia ser diferente um trabalho organizado por Gilmar de Carvalho. Textos de gente muito querida e competente como Flavinha, Lígia, Ana Rita, Régis e Wellington Jr.
>>> Acho terrivelmente irritante musiquinhas de Natal em celulares.
>>> Sabe o desenho do Pateta no trânsito? Muito prazer, eu mesma.
>>>
Muito aliviada por estar de folga no dia em que Sadam foi capturado. (tudo matéria de agência)
sexta-feira, dezembro 12, 2003
O cliente tem sempre razão?
Óbvio que não é verdade. Mas mesmo que não tenha não merece ser tratado com indiferença. Não bajulado ou tratado cheio das intimidades, apenas bem tratado mesmo. E respeitado.
Tinha visto na coluna do RC que estaria sendo realizado esses dias um bazar do DF com peças de 5 a 30 reais. No jornal, a Teresa me disse que tinha ido ontem e valia a pena, sim. Pois fui.
Chegando lá, fui muitíssimo cortejada. A cada cinco minutos aparecia um vendedor para perguntar se eu já havia sido atendida. Encantei-me por uma saia que estava sem etiqueta de preço. Uma vendedora informou-me que custava 10 reais. Resolvi levá-la juntamente com duas bolsas e umas pulseirinhas baratas. Na hora da soma, outra vendedora queria me cobrar 15 reais. Foi preciso o próprio estilista, CC, dizer que faria a peça por 10 reais, pois a primeira vendedora teria assumido que deu o preço errado. Nem sei por que contei isso, pois esse não é o problema. Ah, sim, para contextualizar.
Pois bem, paguei o valor total no cartão e peguei minha sacolinha. Ao chegar em casa, descubro que a dita cuja saia não estava na sacola. Em seu lugar havia aparecido uma blusa do Dragão Fashion. Imediatamente, procuro na lista o telefone do Chop do Bixiga, onde estava sendo realizado o tal bazar no andar superior.
Ligo e atende uma garçonete, que diz que não há como eu me comunicar com o pessoal do bazar porque o telefone é do restaurante. Insisto que houve um erro na minha compra. Paguei uma coisa e levei outra por descuido, não meu, mas de uma vendedora. Ela diz que vai o que pode ser feito e pede para eu retornar a ligação em cinco minutos. É o que faço. A resposta: "Olha, ninguém do bazar pode descer aqui. Eles disseram que você venha aqui tentar resolver".
Espera aí! Eles não podem descer um lance de escada, mas eu posso sair da minha casa onze horas da noite, gastar gasolina, perder tempo, me meter a procurar uma vaga naquele Dragão do Mar apenas para tentar resolver algo que foi erro DELES?
Detalhe: com o risco de chegar lá e não poder consertar o erro porque a dita cuja bendita saia era peça única, algo que os estilistas tanto gostam de alardear. E se a saia tiver sido vendida, como provarei que não fui eu mesma que a levei? Boa pergunta. Mas eles não podem atender o telefone, não podem descer um lance de escada.
Mesmo sabendo que ela não tem nada a ver com a história, lanço meus argumentos. A garçonete pede, então que eu anote o número de um Vésper que seria levado para o andar superior. Através desse telefone eu poderia falar com o próprio CS.
Ligo, ligo, ligo... torno a ligar, ligo mais uma vez, e outra. E ainda uma outra... assim, por uma hora. Até cansar meu dedo, minha beleza e principalmente minha paciência. Torno a ligar para o restaurante, mas eles dizem que o problema não é deles. E de fato não é. Mas já que cederam seu espaço físico para um evento (?) trata-se de uma parceria. Não vejo no que um simples telefone não pudesse ser compartilhado. E o Vésper continua inútil. Seu Ninguém atende. Passa-se mais meia hora.
O problema, ao contrário do que podem pensar alguns, não é o dinheiro. A blusinha do Dragão do Mar era inclusive 10 reais mais cara. Alguém pode dizer, então, que eu saí ganhando. Não, não saio. Eu queria a saia, não a blusa. Se quisesse a blusa, a teria comprado. Não seriam 10 ou 20 reais que me levariam à ruína finaceira.
O problema é o contraste entre as formas como fui atendida antes e depois da compra. Antes, muita gentileza, muita sedução, compre, compre, compre... Depois, se vira, filha, o problema é seu. Descaso.
Ainda na hora de embora me convidaram a voltar amanhã, "que vão chegar outras peças". Sim, eu vou, já tinha combinado com Eriquita de passar lá antes do Ritz. Mas não vou pra comprar, não, meu bem. Vou para reclamar, fazer valer meus direitos de cidadã e consumidora. Se não der certo, tudo bem, eles que perdem uma cliente. Ou melhor, várias. Porque a propaganda boca-a-boca ainda é a mais eficiente. Seja ela negativa ou positiva.
Muito bonito se falar em um mercado, um pólo de moda, quando ainda há muito sobre profissionalismo e respeito a ser aprendido.
Pena não ter feito o pagamento em cheque. Poderia sustá-lo.
Ah, sim, eu sou das clientes que têm razão. Pode ter certeza disso.
segunda-feira, dezembro 08, 2003
BG: Temptation, New Order
Trash
Vocês já viram o
fotonovelas? Tão tosco que é bom.
E as coisas que recebo por e-mail?
Se ficou curioso, eis o
link.
* * *
Dollmaker
Bonitinha, mas com poucas opções, principalmente de cabelo. Faz de conta que estou de cabelo preso.
Aqui.
* * *
Filha de Deus
Hum-rum! Boa notícia. Saiu a escala de plantões e eu não vou trabalhar no reveillon. Portanto, pode reservar meu lugar. Reveião Palmácia 2004.
sexta-feira, dezembro 05, 2003
BG: Jeanne, Air and Fraçoise Hardy
Pequeno passeio de volta à adolescência
O cão pode até morar no inferno, mas passa férias em Fortaleza, eu tenho certeza. CER.TE.ZA. Saindo do local de prova, por volta de dez e meia, o carro estava transformado em torradeira e minha vontade era tirar a roupa e me jogar na lagoa de Parangaba. Idéia logo refutada. Nem tanto por pudores, mas porque eu poderia morrer, se não afogada, cheia de verminoses. Talvez tanto quanto o corpo fosse a cabeça que fervilhasse pensando que matemática é ruim a qualquer dia, e hoje foi pior.
Na fila, no sol quente, achei graça quando aquele grupo com blusas cheias de mensagem de auto-incentivo foi abordado pelo próprio coordenador: "vão fazer prova aqui?". Não, imagine, é porque eles gostam de fila mesmo. Excêntricos. Mas não sabia se ria ou chorava com a menina de longa trança que quis ser simpática e puxou assunto com os tradicionais "vai fazer pra quê?" e "em que colégio você estuda?".
_ Eu estudei no Santo Inácio e no Espaço Aberto, mas já faz tempo. Eu já sou formada.
_ Ah é? Em quê?
_ Comunicação.
_ E por que você quer fazer outra faculdade?
_ Pra conciliar as duas...
_ E o que é que tem a ver!? Vai trabalhar com o quê?
_ Dá pra trabalhar com jornalismo, produção, fotografia de moda...com marketing... e tem um campo acadêmico muito amplo que ainda não é muito explorado...
_ É... roupa de ginástica pra academia... Legal...
[acredite, esse diálogo é verídico]
E eu que estava considerando a hipótese de fazer um cursinho caso passasse pra segunda fase... Não, eu não tenho mais paciência pra isso. Aliás, eu já não tinha há cinco anos, imagine hoje.
* * *
Ainda zonza
Tragam-me um Dramin, tragam-me um Tylenol. Eu fui ver
Irreversível. E foi da quarta fila!
Depois falo mais.
* * *
Let it be... naked
Para fãs de Beatles, uma materiazinha traduzida do NY Times:
aqui
* * *
Ecológico do mal
Agora entendo porque ali toda semana tem um gripado, alérgico ou com olhos irritados. Depois da revolução das formigas, dos ratos de 30 centímetros que passeiam alegremente pela Redação [e morrem atrás do aparelho de ar-condicionado, eca], eis que hoje nos deparamos com cogumelos embaixo das bancadas. Sério. Só não sabemos se têm propriedades alucinógenas ou se faremos pizzas com eles. Isso se tivermos tempo antes do curto-circuito, facinho facinho naquelas fiações enfiadas nas madeiras podres de úmidas.
* * *
koltrane.doc
Como assim? O banco de dados descobriu minha identidade (ainda um pouco) secreta?! Hoje, lembrei-me: Ricardo, o responsável lá, conheceu-me primeiro foi por aqui mesmo.
* * *
Aliás, ambiente de trabalho, apesar de tudo, acaba sendo curioso. Principalmente no que diz a relações. Ainda não me sinto à vontade para amigo-secretos [e na verdade nem gosto muito deles]. Até porque são poucos os amigos ali. Alguns que já conhecia de bem antes, nem sei se posso resumir a amigos de trabalho. Tem aquela maravilhosa que teoricamente nada teria a ver comigo e acabou tornando-se a melhor amiga. Tem aquelas outras duas que achava que não iam com a minha cara e hoje são duas florzinhas. Tem o menino tímido da faculdade que ajuda em tudo. Tem gente que eu achava uó e hoje convivo na boa. Tem quem eu olhe de longe com um certo receio de me aproximar. Tem quem eu tenha mais intimidade nas virtualidades do que no cara a cara. Tem gente demais. E eu costumo ser anti-social.
* * *
Não, eu não pago cinco doletas ao
fotolog. E como já fiz o
ato deixeumexibir, não pude colocar hoje o desenho fofo
desse ilustrador que descobri essa semana. Queria um monte de ilustrações dele emolduradas no meu quarto.
"West Coast Jazz"
[mas me remeteu a "Guess Who's Coming to Dinner". ou em bom português "Adivinhe Quem Vem Para Jantar"]
quinta-feira, dezembro 04, 2003
Sabe a Operação Tapa-Buraco do Juraci?
Aquela que só dura até a primeira chuva?
Pois é.
Preciso largar essa vida de freelas sem futuro.
Alguém tem um emprego pra me dar?
* * *
Só me lembro daquele amigo do meu irmão. Questionado sobre o que faria caso ganhasse a Mega Sena acumulada:
"Muita coisa, mas a primeira era comprar o Dorotéias"
???????????????????
"Pra construir um cotocão gigante em frente ao - vocês sabem onde"
* * *
Senti-me tão velha naquela fila para pegar as etiquetas do vestibular. Tanta gente com farda de colégio, as mães de lado e um monte de apostilas na mão. Um menino que ia tentar estatística pergunta em que colégio eu estudo. Uma moça vem me perguntar se eu já tenho 18 anos e me entrega um panfleto de auto-escola. Pelo menos, minha aparência é de 16 anos, disseram.
terça-feira, dezembro 02, 2003
Pauta no Centro. E o carro demora a chegar. O fotógrafo some. Melhor, pois prefiro ficar em silêncio observando o burburinho. Procuro uma sombra. No telefone pregado à banca, a mulher em roupa de lycra reclama com o marido que ele é um idiota por ter aceitado um segundo cheque sem fundos da mesma mulher. E agora ela que ia pagar 26 reais só de CPMF. Já com o telefone no gancho solta mais um idiota e sai com a bolsa junto à barriga, vermelha, suada e bufando muito. O carro não chega. Volto ao sol para ver as revistas pregadas em desordem. Ao lado da Playboy da Leila Lopes (quem?), uma revista que havia ouvido falar há algum tempo, mas não tinha visto para vender. A capa é meio tosca, lembra o estilo da Crocodilo (ainda existe?). Se chama Radar Interativo, nome assim assim.
Mas bora lá, o negócio é o seguinte: é como se fosse um filhote da Zero, mas um pouco mais ampla nos assuntos abordados. Ampla na horizontal, nem tanto na vertical. Ainda falta um pouco de profundidade. Mas as intenções são boas, sim. O diretor de redação da publicação é Luiz Cesar Pimentel, mas o faz tudo é o Eduardo Fernandes, editor do
Fraude.org e colaborador da
Zero. O cara escreve, ilustra, edita, diagrama, tira xérox e passa o cafezinho. Na lista dos colaboradores,
Daniel Galera, aquele dos "Dentes Guardados", que não li ainda.
Procurei, mas só vi o primeiro número, setembro.
* * *
Já a revista inglesa "
Q" promoveu uma votação para eleger o melhor disco do ano. Ao contrário das muitas apostas, Radiohead nem aparece na lista. O eleito foi "Elephant", do White Stripes.
Taí a listinha. Confira, concorde ou discorde:
1) "Elephant" - White Stripes
2) "Think Tank" - Blur
3) "De-Loused in the Comatorium" - The Mars Volta
4) "Youth and Young Manhood" - Kings of Leon
5) "Justifield" - Justin Timberlake
6) "Get Rich or Die Tryin" - 50 Cent
7) "Room on Fire" - The Strokes
8) "Speakerboxxx/The Love Below" - Outkast
9) "Permission to Land" - The Darkness
10)"Strays" - Janes Addiction
Todo mundo às vezes cai na armadilha do diarinho [moi aussi, pardon]
Semana passada fui a um desfile meia-boca. Mais divertido reparar na platéia, onde escapavam a vovó de vestido chinês (embora as lascas estivessem um tanto quanto exageradas), as duas senhoras em preto e branco e mais umas duas ou três. Sempre fico com medo de apontar os outros com o dedo sujo, mas passei pelo crivo de Charles. E nele eu confio. Na sexta, Helênica nos recebeu com seus cabelos de Maria Rita e seus amigos alemães. Conversa de mulher meio altinha é engraçada, né Eriqueta, Aline, Tê...? E vingança de não saber inglês é quando toca "J'aime l'amour a trois" e eu e o Gato cantamos sozinhos. Aliás, saudade das aulas de francês que larguei menos pela falta de tempo do que pela chatice da professora (em contraste com as duas últimas)... Oui, teste de nível, allons y. No sábado, deixei de ir ao Redes Sensoriais para ser tia coruja, mas minha sobrinha num surto joãogilbertiano subiu no palco, deu meia volta e saiu. Daí meu irmão conversa animadamento com o Flávio Samba-lê-lê-tá-doente Paiva, leva uma queda federal e eu - a única que dirigia ali - tenho que levá-lo para pôr um gesso. Que bela noite!
Mas nem reclamo. Pelo contrário, estou meio boba até agora com a inesperada notícia da chegada de Arthur ou Sophia.
Magnólica
Um dia ainda descubro quem botou meu nome na boca de um desses!
E engoli-los? Será macumba em dobro?
Se lamber as costas de um deles, esqueço?
quinta-feira, novembro 27, 2003
>>> Hoje, tive muita (mas muita mesmo) vontade de descer do carro e ir perguntar ao motorista que estava na minha frente o que diabos ele tinha na cabeça. Do lado esquerdo, um adesivo dizia "Amo minha esposa"; do lado direito, outro brandava "Amo meu marido". No meio, o casal feliz optou por colocar um que dizia algo mais ou menos assim: "AIDS = Castigo de Deus à infidelidade".
Como alguém pode acreditar (e difundir) tamanho absurdo?!
>>> Amanhã tem festona com muitos aniversariantes. Sou convidada de Helênica.
>>> E o barraco do João Gordo com o Dado Dollabela, hein? E o Clodovil entrevistando a Sabrina do BBB?
segunda-feira, novembro 24, 2003
Auto-conselho para mim mesma, Koltrane, e mais ninguém
[sendo bem redundante mesmo porque às vezes é necessário]
Fale menos. Quando for falar, pense antes. Se mesmo assim a língua coçar, olhe quem está ao redor. E certifique-se de que você não está falando de ninguém que está bem ali, na outra sala. Ok?
[não adianta, eu não aprendo]
[eu juro que em certos momentos da minha vida eu fico só esperando que toque aquela musiquinha do Seinfeld]
kablog, conto com você.
* * *
Só mais uma coisinha: visitem o site dos Malvados.
Ando sem tempo para blogs. Portanto não se chateiem com a minha ausência de comentários por aí. Tento, no fim de semana, atualizar minhas leituras virtuais. Mas nem sempre é possível. Sei lá, meio que se acabou o frisson. Ando topando com tanto blog inútil por aí...
[no names, no names]
Passo por aqui hoje só para dizer que
... jamais verei alguém com uma camiseta do Che Guevara sem esboçar ao menos um risinho. Veja o filme do Casseta e Planeta e entenda o porquê.
... fiquei muitíssimo curiosa com o panfleto de inauguração daque boite que prometia um show inédito: Deborah Soft em cima de um leão. É, leão.
... que não sei pra quem torcer na final do prêmio Esso regional. A equipe do OP está concorrendo com uma matéria da minha cunhada no DN. Ambos concorrem com o jornal A Tarde da Bahia.
... mas que na categoria primeira página NACIONAL nem tenha dúvidas: Gil bi-campeão! E faço minhas as palavras de Ricardinho: "Digo sem medo, o Gil é o melhor, o melhor designer gráfico desse País".
... tem uma menina de 14 anos que deve ter um pai muito rico que bancou a publicação em papel de seu "bloguinhuuuu", onde ela conta o quanto está "aPaiXonaDa PeLu NaMorAdu".
... tenho tendência a gastrite, diabetes e problemas de fígado. Mas continuo tomando café, comendo muito chocolate e bebendo umas cervejas por aí. E talvez ainda enterre todo mundo.
... taí o
link, então, para o meu pedaço de pretensão.
... o livro caiu às minhas mãos por um acaso e chorei muito ao ver que a história termina bem diferente da estória [embora hoje já não exista a diferenciação formal, eu ainda a adoto. tradição]. Certas pessoas têm um poder de edição surpreendente. Fiquei enganada meses. E, não, a culpa não é sua, caro J. Já te conto.
sábado, novembro 22, 2003
BG: Can't Take My Eyes Off You, Lauryn Hill (versãozinha bacana daquela mesma do Frankie Valli e base da vinhetinha da C&A)
Enquanto os brasileiros continuam a espera da estréia de
Kill Bill, os gringos já começam a trocar imagens da parte final do quarto filme de Quentin Tarantino, estrelado por Uma Thurman.
Kill Bill Volume 2 estreará nos Estados Unidos e Inglaterra em fevereiro. Aqui no Brasil, os planos iniciais da Lumiere eram de mostrar a primeira parte em janeiro. Agora, já trabalham com o prazo até março.
Uma Thurman interpreta The Bride, uma assassina de aluguel que, prestes a se casar e abandonar a vida de crimes, é traída pelo próprio noivo, o Bill em questão. Ele e seu bando de assassinos a baleiam e massacram diante do altar, mas não conseguem matá-la. Cinco anos depois, ao desperta do coma, The Bride tem um único objetivo, matar Bill, seu noivo traidor.
Por enquanto, é ficar com as fotos da segunda parte:
* * *
Também quero companhia para ver
Irréversible
A
Babi escreveu exatamente o que eu sempre pensei da parábola do filho pródigo. Então, pra vocês, descaradamente roubado do blog
Idioteque Girl:
"
eu acho a história do filho pródigo um absurdo.
primeiro o engraçadinho do filho some no mundo, gasta todo o dinheiro da família com prostitutas (as prostitutas desse lugar devem ser chiquérrimas, tipo as prostitutas indianas) e quando ele volta o pai:
oh meu filhinho querido, que saudade.
tudo bem, oh que maravilha, a ovelha desgarrada se encontrou e blablabla.
agora do pobre do filho que tinha ficado lá cuidando da fazendo do pai, ninguém fala.
em vez de cair no mundo ele ficou lá, tirando leite de vaca e dando milho às galinhas.na fazenda não devia existir prostituta, suponho.e então o pobrezinho fala ao pai:
nunca me destes um boi para eu confraternizar com meus amigos.
e o pai?nem aí, tava preocupado com o churrasco para o filho que tinha voltado.donde se tira que o real sentido da parábola:
1) apronte o diabo e todos vão rir e ser condecendentes com você (síndrome do rebelde encantador)
2) vá embora e todos ficarão com saudades/perdoarão todas as suas culpas/farão festas em sua homenagem
3) as mulheres realmente preferem os cafajestes
"
* * *
Especialmente para a Grazzie
Eu sei que não dá pra ver nada, mas é só clicar em cima que vai aparecer bem grandão na sua tela.
>>> Compra não teve, não. Mas de conversa boa saí foi com as sacolas cheias. Mas agora que aprendi - finalmente - o caminho, soube que o brechó Observatório vai mudar de endereço. Casa grande e cheia de novidades boas. Conversando com Dayves, penso que Ivo Viana, além de estilista, é mesmo o menino que sempre via no laboratório de informática da UFC.Fazia Biblioteconomia, se não me engano. Mas com certeza sempre foi style (embora eu tenha certo abuso dessa palavra).
>>> Eleuda tanto encasquetou na minha cabeça que hoje eu fui lá e descobri que não pode, não senhora, graduação e pós na mesma universidade. Vi a lista do vestibular hoje, e são dezenove pra uma vaga.
>>> Festa na casa de amigos com gente de bem, vinho e música selecionada é melhor do que o chiclete indie pululante no Dragão do Mar.
>>> Estou no jornal ao lado do Dimitri. Não jornal espaço físico, construção de engenharia. Digo jornal papel, outra construção - símbolos, gosto deles. Digo experiência nova - denotação, gosto dela também. Não ganho nada em moeda nesse início de conversa e morro de vergonha de expor assim meus textinhos bloguísticos, mas enquanto pedirem, publico vez por outra.
>>> Chato? Pode até ser, mas é só porque decidi que não vou mais me machucar voluntariamente. Decidi não pensar mais nos outros do que em mim. Quer dizer, em alguns outros talvez. Mas são poucos, muito poucos, só os que valem a pena.
>>> Abusada, eu? Ah, você percebeu? OBRIGADA.
Koltrane terapizada, com a cara cheia de florais de Bach e em pose de ióóóga. Agora, dá licença que tem um autor cearense que não é dos baratos, mas estava a cinco conto no balaio, me esperando. E é muuuuito melhor que o Ritz ou a Órbita, lugares onde há quase 5 meses não boto sequer um pé do meu salto agulha.
quarta-feira, novembro 19, 2003
Eu preciso me conscientizar de que segundas, terças, quartas e quintas não são os melhores dias para saídas noturnas. Muita gente se espanta quando eu digo isso porque não me vêem nos eventos de fim de semana. É que tenho preferido programas durante a semana com poucos amigos a super baladas com meia Fortaleza presente. Como diz uma das mais escritoras das minhas amigas jornalistas, 99% das pessoas que eu conheço não valem o sacrifício da companhia de qualquer um dos meus livros.
Mas eu preciso me conscientizar de que tantas saídas no meio da semana custam muito sono. Tenho mesmo. Mas acho que vou deixar para semana que vem.
Reencontro não marcado
_ Oi.
_ Oi.
_ ...
_ Ehhhh... e a vida?
_ Estudando, trabalhando... e você?
_ Eu também. Se formou?
_ Foi. E você?
_ Não.
_ ...
_ ...
_ Pois é, tenho que ir. Tchau.
_ Eu também. Tchau e tudo de bom.
É estranho reencontrar certas pessoas. Ela tinha sido minha amiga de colégio, a Céci. A melhor, no primário. Uma das melhores, até a sétima. Por fim, mudou de colégio e perdeu-se o contato. Éramos muito diferentes. Tanto que só a reencontrei em lugares como o Banco do Brasil ou a C&A. Dos amigos do colégio, sobrou-me apenas a Isabela. Talvez por eu ser o elemento estranho naquela massa homogênea que era o Santo Inácio. E é preciso muita tolerância para o diferente. Eu e Isabela somos exceção. Ela é play assumida, fã de Backstreet Boys e não gosta de nada que eu gosto. Mas somos amigas demais da conta. As outras amizades não sobreviveram aos mundos que se mostraram a nós depois. A faculdade era como o pagode do Vavá, tinha gente de todo lugar. E mais: de todo jeito, gosto, atitude. Digamos que me achei e não senti falta dos meus tempos de outsider. Mas é que é mesmo estranho. Quantas vezes não choramos, eu e Céci, uma para a outra, confidenciamos segredos ingênuos, tomamos banho de piscina e trocamos mensagens nas agendas? Lembro-me da nossa brincadeira de tirar a roupa da Barbie e do Ken e colocar um em cima do outro, o que na nossa concepção infantil deveria ser sexo. Lembro-me também do quanto ríamos disso anos depois. E hoje ela estava séria, um aspecto cansado, que não combinava com seus vinte e poucos. Fiquei feliz em revê-la, mas não soube expressar. E nem ao menos perguntei seu telefone. Queria saber se ela pensou o mesmo que eu.
terça-feira, novembro 18, 2003
BG: Melancolia, Ludov
Ontem eu que ouvi que dentro de ambiente de trabalho nem seus seus amigos são seus amigos, não passam de meros colegas. Competição. Não, eu não sou assim. E sabe que sou do tipo que sofre por não saber mais em quem confiar? O conselho: em ninguém. Como é difícil. Mais uma vez não sou eu.
Mas ontem eu abstraí disso tudo e fui ao cinema em plena segunda-feira. Primeiro dia de folga que fez jus ao nome. Paulinho, a viola e sua voz calma. Cinco pessoas apenas. Capuccino gelado com muito chantilly e bolo fatia grossa de chocolate. Dormir cedo e sem pesadelo.
Hoje, em meio ao fardo trabalho, continuei o dia de prazeres e comi sushi em plena terça-feira na hora do almoço. Extravagância. E meu salário ainda nem saiu. Mas o garoto tem poder de convencimento. Ficamos assim, então: comemoração antecipada. Estarei torcendo por ti, baby, você sabe. Ao bi!
Ganhei um Fante ao menos. E só me falta mesmo é tempo.
quarta-feira, novembro 12, 2003
Vincent Gallo said:
"(...)
Se eu notar mensagens sujas, que normalmente vêm de homens amargos, invejosos, feios e burros, que são infelizes no trabalho e quiseram a vida inteira ser como eu, removerei esses postzinhos improdutivos e gostaria de dizer para essas bichinhas perturbadas que sinto pena de vocês. Tudo que sempre quis foi ser eu. Espero que um dia você se sinta assim e se liberte do ímpeto estúpido de poluir esta message board e distrair seus maravilhosos membros. Então vá em frente e diga o que quiser de mim, mas tenha em mente que, pelos seus insultos, todos saberemos que seu pau é realmente pequeno e o quão miserável sua vida sempre foi e que faz muito tempo que nenhuma garota abaixo de 500 quilos respondeu alguma cantada barata sua em um boteco qualquer.
(...)"
Não, não serei tão agressiva quanto o maravilhoso Vincent Gallo. Claro,
Averbuck (não era minha intenção esse joguinho de palavras tão primário, mas vá lá), que ele é um dos homens de nossas vidas. Mas não é esse o caso.
Farei minhas as suas palavras:
"A internet não é como uma televisão aberta, onde você zapeia e passa por canais indesejados e vê coisas que não queria. Para entrar aqui, no meu blog, é preciso digitar o endereço no browser, ou entrar em algum link, ou seguir seu próprio bookmark *. Ou seja, tem que querer entrar aqui. É uma escolha. E é por isso que eu não entendo esses leitores Mark Chapman que vêm aqui só pra torrar minha pequena e delicada paciência e encher minha caixa postal com suas opiniões não solicitadas. Eu tenho uma dúvida: vocês não têm louça na pia, não? Meia suja, essas coisas? Vão ajudar a mãe no tanque, vão pregar uns botões da camisa do vovô, assistir tv, fazer palavras cruzadas, ocupar essas cabecinhas inúteis, bando de pentelhos desocupados."
Clarah Averbuck
* Ou ainda procurar no Google porque não tem a menor capacidade de memorizar uma simples url. Tudo bem, poderia-se dizer que não valeria a pena decorar meu endereço, não fosse curioso o fato de que esses desocupados não passam menos do que dez minutos do seu "precioso" tempo por aqui. E ainda voltam aqui várias vezes por dia em horários em que eu e toda a população que faz algo da vida está trabalhando ou estudando, e não perdendo tempo com blogs de pessoas fúteis.
* * *
Oh God! Koltrane, você viu?
Usaram meu nome em vão!
Pois foi, Kim. Fuckin' bastards.
terça-feira, novembro 11, 2003
Preguiça de escrever. Teremos, então, apenas dois linkzinhos de animação:
O recomendado
O recomendadíssimo
E esse
outro, de uma crônica do Walcy Carrasco na Vejinha SP. E olha só
quem dá o ar da graça.
* * *
E um comentariozinho interno.
Dri, você está mais do que certa. A "sensibilidade" e o "bom senso" de algumas pessoas chegam a ser comoventes.
Mujeres
Fui cobrir um enduro lá no Eusébio. Pilotos de 35 países e quengas de toda Fortaleza, Região Metropolitana e adjacências. Sem disfarces. Senti-me mal, constrangida com a situação dessas meninas que acreditam que um gringo desses vai tira-las dessa vida. Esses italianos me causam repugnância. Olham a todas como putas, com caras sacanas, de quem tá analisando, como se estivessem escolhendo um carro ou frutas na feira. Um deles veio me oferecer cerveja e não consegui olhar na cara dele de tanta raiva. Mais raiva tive de mim por não ter conseguido dar uma boa resposta.
Espero que minha irmãzinha não tenha embarcado no mesmo avião que aqueles italianos nojentos. Ah, sim, ela embarcou ontem para Paris. Mas a despedida foi à italiana. Eu não chorei muito, não. Fico é feliz por ela. Não é qualquer um que ganha bolsa na Sorbonne.
Poucos dias antes, a finalista cearense do Tchan aparecia com ares de grande artista. Dizem que vai ganhar programa na TV. Triste foi a Maísa, na Boca do Povo, que normalmente é sensata, dizendo que a Fulana lá enalteceu o nome do Estado, que foi uma honra. Tenha dó. Na semana em que morreu a Rachel de Queiroz, o exemplo de mulher que enaltece o Ceará ser a candidata à loura do tchan...
* * *
Era pra desopilar
Mas pense num negocinho viciante. Em duas noites, fiz 43 pontos.
Minipops -
www.ruidos.com.br/pop.xls
Mas se esse carinha aí não é o Jimi Hendrix, não tenho a menor idéia de quem possa ser...
* * *
Koltrane Off Road
quinta-feira, novembro 06, 2003
Sim, sou eu mesma. Em carne, osso e poeira, recém-chegada de viagem. Limoeiro não é bem ali, como haviam me dito. Ao menos ganhei frutas frescas e um céu cor de rosa. Raiva de não ter levado a câmera.
* * *
Homens gentis são o que hão. Mas homens gentis estão em extinção. Os sobreviventes já foram caçados. E - porra! - como eu sou incompetente.
Gentis de verdAde, não os foRçados. Se é que me entendem...
terça-feira, novembro 04, 2003
BG: I Don't Love Anyone, Belle and Sebastian
B&S again
Ainda não ouvi o novo da melhor banda mais odiada/cultuada dos últimos tempos
* * *
Confusa
Chato de não parar num canto certo é achar o tempo inteiro que está no lugar errado. Assim: quando estou em cidades, tenho que escrever menos enfeitado, menos poético, mais objetivo. Aí quando estou na cultura, é o oposto.
Aí, hoje, que fiquei na editoria rachel de queiroz ficava o tempo inteiro achando que estava muito descritivo. Depois que refazia, lia e achava que estava piegas ou clichê. Tentei fazer um meio-termo, mas acabei não gostando do meu resultado final.
[resultado da minha crise profissional]
[a dona desse blog precisa de analista, mas não tem dinheiro pra pagar a conta. aceitamos doações]
E eu confesso que não li O Quinze.
[falha grave]
* * *
Pra desopilar,
Meu chefe diz que eu deveria escrever crônicas e contos.
Há quem diga que eu deveria publicá-los.
[São doidos. Definitivamente]
* * *
Advogados?
Posso contar com a ajuda de vocês? Alguém sabe me dizer como eu posso garantir a autoria de um projeto? Ou seja, se eu apresento um projeto a uma empresa ou pessoa, como posso me proteger para que ela não roube a idéia?
[a dona desse blog não tem dinheiro para honorários. aceitamos favores]
* * *
Galeria
As piores capas de disco de todos os tempos
[senso estético, onde está você?]
* * *
De novo
A vizinha quase chegou lá.
[pena que a entrevista dela para o lendário pastel não consta mais nem no cache do google]
segunda-feira, novembro 03, 2003
Queria linkar aqui uma das mais belas cartas que já vi, mas ainda não está disponível no portal NoOlhar. Se você tem aí a edição de sábado do jornal O Povo, corre para a última página do Vida & Arte e lê a coluna "Das Antigas". A saudável e deliciosa molecagem de sempre do canelau dá espaço ao romantismo delicado de um homem saudosa e eternamente apaixonado. Como disse aqui o companheiro namorado da Bina, ai vontade de chorar, meu Deus.
[Ainda pensando nessa carta, nesse amor, nessa casa, nessa nossa desatenção cotidiana com o belo...]
[Não é ficção. A carta foi escrita pelo avô da Juliana]
BG: The Passenger, Iggy Pop (Só para tirar minha dúvida de onde aquele riffzinho inicial de
Um Par, do Los Hermanos, me parecia familiar)
"Não é magia, é tecnologia", a Feiticeira não poderia estar mais certa.
Antes
Depois
Explico:
Greg Apodaca é um cara que ganha dinheiro para retocar imagens e criar ilusões. Detalhes sutis. Este é só um exemplo do que o
Photoshop pode fazer por alguém.
Sinta o poder de desvendar a verdade por trás das peles lisinhas e corpinhos sem gorduras através do mouse.
Aí eu me lembro daquele tio de um amigo meu de São Paulo. O cara era, digamos, um dos "retouching professionals" da Playboy. Isso em um tempo pré-Photoshop, quando a precisão na mão valia mais. O cara dizia que morria de orgulho das revistas da Hortência e da Lílian Ramos. Milagres dos quais nem Pitanguy seria capaz.
BG: Here Beside You, Holly Golightly (não essa aí de cima, uma outra. Mas não se leve pela chatinha participação dela no último White Stripes, ouça as músicas bluesy dela)
Ah, os desfiles! Sim, claro. Digo de cara que não os vi todos, pois a senzala (vulgo o "Ruma de Gente") não permitiu.
Se prepare para um post longo:
Eles
Homem pode se vestir bem, sim senhor. E sem medo de aparentar ser gay. Sinceramente, medo mais besta, meu Deus! Ainda mais em época em que os tais "metrossexuais" são a bola da vez (sem trocadilhos, por favor). E mesmo que não fossem. Homem bem vestido é ótimo. E não me venham com histórias de que o importante é o conforto. Porque se essa é a desculpa, saiba que não tem validade. Os dois desfiles exclusivamente masculinos que conferi,
Mario Queiroz e
Uranio, trouxeram homens cosmopolitas e esportivos, vestidos com leveza. Apenas alguns poucos brilhos e bordados na coleção do primeiro para os mais ousados (ou menos bestas).
Já a Uranio teve também uma preocupação social ao levar a questão da cegueira à passarela. Mais do que uma idéia estética-espetáculo, onde os modelos brilhantemente coordenados desfilavam em zigue-zague de olhos vendados, Geraldo Lima trouxe nas estampas as principais dificuldades dos deficientes (orelhões, escadas) com tom pop. E mais: dá-lhes autonomia ao acrescentar o braille à suas etiquetas para que possam saber o que vestem.
O meu vestido
MarcusSoon é uma marca catarinense que depois tomei conhecimento pertencer à um brasileiro e uma sul-coreana, a saber, Marcus Marquetti e Sang Soon Kim. Ela mesma, com seus cabelos pink, atendia no stand da grife. Podia não ser a mais original, mas entre as que vi foi a que elegi como a que "quero metade dessa arara". Talvez pelo impacto visual das roupas que pareciam ter sido cortadas e costuradas a mão, num aspecto bem artesanal mesmo (leia-se "artesanal" como modo de produção, não como "regional", ok?). Muitos cortes sem costuras, colagens, bordados e jogos de estampas, mesclando os futuristas materiais fluorescentes a bordados retrô, rendas e pequenas lantejoulas. Algumas coisas realmente pareciam meio exageradas (meio?!). Tá bom. Pena aquele vestido preto com estampa de gatinho custar 190 reais...
Fatais
Luxo decadente, atmosfera cabaret parisiense e musiquinhas Amélie Poulain.
Kalil Nepomuceno (o maior desfile dos que vi - em duração) por pouco não caiu no "over", armadilha fácil, da qual soube se safar muito bem. Não é qualquer um que bota cor, brilho, metais, amarrações, decorações de cabeça e acessórios sobre um só corpo e se sai bem. Muita pantalona, drapeados com listras diagonais (bela op art!) e decotões. Poder e cobiça, diria um amigo meu ali.
Quem também trouxe damas para arrasar foi
Marcelo Quadros, que passeou entre os 70/80. Nos tecidos leves dominaram o verde bandeira e o roxo, com estampas psicodélicas. Acho que ele poderia ter variado mais na estamparia. Certa hora, cheguei a pensar que ele tivesse comprado o tal tecido aos metros numa queima do Xepão. Mas estavam bonitos os vestidos, justos na parte de cima, esvoaçantes embaixo e profundos decotes nas costas. Blusas amplas com bordados brilhantes em conjunto com microshorts também deram o ar da graça - transição para os eighties.
Quase fatais
J. Sybalena trouxe sexy girls. Saias curtíssimas (mas não vulgares, incrível, não?) e blusas basiquinhas justas. Jeans manchados. Scarpins, muitos scarpins, scarpins para todo mundo, em cores ultra-fluorescentes. Achando pouco chamativo, ainda acrescentou umas correntinhas. Bacana, mas esperava mais. Ah, sim, e detestei aqueles vestidos longos de botões que mais parecem roupas de mães do interior em filmes americanos. Não, nem a barra diferenciada salvou. Ainda mais porque aquelas correntes "paquita da Xuxa" eram dispensáveis. Preferi a parte mais básica mesmo.
Mosaicos
Um dos desfiles com mais fraca recepçao pelo público foi o de
Luciana Galeão. Não entendi o motivo. O som do quase mantra "Usando Rosas são Vermelhas, Violetas são Azuis" ela levou às criações com mosaicos coloridíssimos em formas de flores, muitas flores. Os versos literais (grafologicamente falando - paradoxo, não?) também apareceram nas estampas de saias fluidas e calças masculinas. Muito preto de fundo, o que deu um contraste bem legal. Não sei se é impressão minha, mas nessa coleção também senti um certo clima francês, mas contemporâneo.
Pena ter perdido os desfiles de Iet Pleitjer (dizem que ela arrasou com seus "peões de construção"), Lindeberg Fernandes (que sempre é ótemo), Rutta (gostei da outra coleção delas) e Francisco Matias (vencedor da categoria "Novos Talentos").
* * *
O que é bom
Em um evento que pretende ser conceitual é que aparecem boas oportunidades de ver as propostas além das tendências. Se as antecipa, sim, é verdade. Mas eu prefiro ver a outra face da mesma moeda, a contribuição
autoral. Aquele "quê" que faz a diferença.
O que é ruim
Em um evento que pretende ser também uma grande feira de negócios para afirmar o Ceará como a segunda maior indústria têxtil do Brasil, achei meio
fraca a parte expositora. Muuuuita coisa que nem merecia estar ali.
Sempre tem
Sapato que sai do pé,
modelo que paga peitinho, estilista meio desajeitado, gente "noooossa! que tudo!", gente "ai, que horror...", socialites nadas-a-ver, modelo que deve ser sobrinha do estilista
Só teve este ano
A Xuxa cearense na
TV Diário, um velho babão com uma digital na primeira fila tirando foto das meninas que desfilavam de roupa transparente sem sutian.
Fez falta
Não custava muito distribuir
programação para os visitantes na entrada. Tudo bem que soube que o evento contou com menos dinheiro do que imaginava, mas vi muita gente perdida sem saber onde era sala 1, sala 2, qual seria o próximo desfile, e por aí...
Fez falta também um espaço mais apropriado para o Mucuripe. Não adiantavam muito as músicas boazinhas se não havia um
lugar para dançar. Digo um lugar com clima para dançar, não um vão no meio do setor de exposições entre uma sala e outra, com pessoas desmontando seus estandes no meio do tum-tsi-tum.
Se prepara
Leggings,
scarpins, patchwork, sandálias de dedo, cores fluorescentes, saias curtas
* * *
PS: Não venham me crucificar! Não sou do meio, não tenho a menor qualificação para achar que o que eu digo é o certo. Muito provavelmente devem haver muitos errinhos por aí. Não leve a sério. São apenas opiniões de alguém que passou a desenhar as próprias roupas e gosta muito de moda. Gosta tanto que está inscrita no vestibular para Estilismo, mesmo sem esperança de passar (ai, essa senzala que não me deixa estudar...). Mas é só. Ainda está muito longe de saber alguma coisa. Aliás, nem sei por que diabos fui me meter a escrever aqui. Só para levar alguns puxões de orelha do Charlie (que vi por lá, mas não falei porque, ao contrário, de mim, estava trabalhando e não quis atrapalhar) e da Aninha (mas essa anda tão sem tempo que acho que nem passa mais por aqui).
* * *
Ah, respondendo:
I.V.O, se você é o Ivo Viana estilista, eu te conheço, sim. Claro. E te acho tudo.
Mas você não me conhece, não.
domingo, novembro 02, 2003
Jornal do Brasil, 31/10, na coluna da Márcia Peltier
Brigadeiro de erva
Um jovem carioca, que não fumava maconha, foi vítima de uma brincadeira de mau gosto dos amigos: comeu, sem saber, um brigadeiro recheado com cannabis. Teve um surto psicótico e foi internado. Só depois de muitos exames, os pais, aflitos, entenderam o que havia acontecido com o filho. Mesmo assim, durante
três meses (
grifo da editora deste blog), o rapaz precisou tomar medicamentos para esquizofrenia. A maconha, quando ingerida por via oral tem efeitos perigosíssimos.
Agora, a pergunta é: Que diabo de lombra é essa de três meses?!
Ils sont morts (ou o apelo à mesa branca):
_ De quem é essa música aí da abertura?
_ Ah, é do Barry White.
_ Mais um que daqui a pouco vem fazer show no Brasil.
* * *
_ Bom, o que vai ser feito agora com a estátua de Iracema?
_ A gente vai restaurar, mas antes tem que entrar em contato com o artista que fez a obra...
_ O Zenon?!?!?!
_ É que a gente quer que ele nos oriente.
sexta-feira, outubro 31, 2003
quarta-feira, outubro 29, 2003
Só tu,
menino, pra me fazer comprar essa
revista horrorosa.
segunda-feira, outubro 27, 2003
É sério
Os slogans das próximas eleições:
"Na câmara com Débora Soft", dela mesma, candidata à vereadora
"Fortaleza: quero vê-la sorrir", Sidney Magal, idem.
Agora, pensem nas sessões.
domingo, outubro 26, 2003
O trabalho no domingo à noite é um dos piores castigos impostos ao homem. Principalmente se ele trabalhou no sábado também. E daí que quinta-feira é dia de folga? Abre a agenda: é dentista, oculista, cabelereiro, cartório e todas as outras coisas que não encontram tempo normalmente... Descanso? Esquece.
Fui dois dias ao Dragão Fassssshion. Posso comentar mais depois; agora, não. Só adianto que a Xuxa cearense estava lá e que tudo era muito caro. Desfiles, falo deles só depois. Público: algumas pessoas que fazem pensar "quero ir correndo para casa, me esconder embaixo da cama e nunca mais sair de lá" e muitas outras que me fazem crer öh, jesusamado, essa nao sabe o que é um espelho". Tipo pessoas que na ânsia de ser fashion, tornam-se over. Sim, os leggings voltaram.
Como? O cara foi preso com os próprios CDs no bolso?
Renata, você tem noção de que essas fofuras de Hello Kitty de quase 30 cm em pelúcia são brindes do McLanche Feliz na China?
sexta-feira, outubro 24, 2003
Pense no medo grande que eu senti.
Na noite de quarta para quinta, fui dormir e de repente comecei a sonhar com um criaturo aí do passado. Estava tudo muito bom, tudo muito bem... mas de repente eu acordei (ou sonhei que acordei) e vi como se fosse um espectro me abraçando. Tinha uma certa consistência, estranho mesmo. Tentei gritar e não consegui, assim como não podia me mexer. Foram alguns segundos e finalmente pulei da cama e corri para o quarto da mamãe. Passei o resto da noite em claro.
Ainda não sei se aconteceu ou se foi um sonho dentro do sonho, mas foi uma sensação muito, muito estranha. O mais curioso eram as sensações táteis, parecia real demais.
Algumas religiões acreditam que durante o sono, enquanto o corpo descansa, o espírito sai flanado por aí, livre, levre e solto para se encontrar com outros. O sonho seria uma projeção mental inconsciente para distrair a atenção. E, sério, enquanto sonho estava ótemo! Mas depois, not.
Fiquei mais assustada porque já passei por isso outra vez, há uns cinco, seis anos, quando sonhei que estava abraçando um amigo meu. Ele chorava e eu o consolava. Ele ficou alguns dias sem ir ao colégio e depois de um tempo me avisaram que a irmã dele tinha morrido.
Como sou cética por demais (ou céptica, que fica mais bonito), pensei que fosse obra do meu inconsciente, pois sabia que a irmã dele estava muito mal, na fila do transplante.
Mas agora essa me deixou desconfiada. Bom, sei que o criaturo está bem até demais, portanto não tenho motivo pra me preocupar com ele. Só digo uma coisa:
Seu espiritozinho zombeteiro, pode parar com essa história réa besta de me pregar susto. Se quiser continuar os contatinhos oníricos, beleza, mas nada de me acordar.
quinta-feira, outubro 23, 2003
Alguém aceitaria um convite fútil (pelo menos para a maioria das pessoas, é) de me acompanhar ao Dragão Fashion? Agora, pelamordedeus, não vá bater lá no Dragão do Mar, que esse ano o bicho se mandou para o Centro de Convenções. Call me.
Ô, Aninha, que falta que tu faz!
quarta-feira, outubro 22, 2003
A man in the park
Read the lines in my hand
Told me I'm strong
Hardly ever wrong I said
"Man you mean"
[I'm sad]
[Lembrei desse garoto]
Isso é sério
A CPI do Extermínio divulgou a tabela de preços de matadores de aluguel no interior do Estado:
Jornalista: 10 mil
Vereador: 15 mil
Religioso: 30 mil
Prefeito: 50 mil
Empresário: 50 mil
Demais políticos: 60 mil
Conclusão: jornalista não vale porra nenhuma mesmo.
Eu sei que se fosse possível compreender as pessoas, elas perderiam metade da graça. No mínimo. Mas alguns aspectos de algumas pessoas eu gostaria, sim, de entender. Principalmente aqueles que me afetam, que me dizem respeito de alguma forma. E quando se referem a pessoas com quem eu me importo, com quem gostaria de estar bem.
Poderia até achar engraçado, mas não acho. Queria entender o que faz uma pessoa reclamar da minha falta de atenção quando ela não teve nenhuma comigo quando eu mais precisei. Pior: reclamar aos outros, não a mim. Como se eu não tivesse o direito de saber o que ela acha de mim. Não seria mais honesto me procurar e perguntar o que houve com nossa amizade?
Eu sei que ela está bem, feliz, amando e tudo o mais que desejava. Gostaria de compartilhar tudo isso porque eu fico feliz também com suas conquistas, por menos que ela acredite nisso ou se esforce em tomar conhecimento. Mas acontece que algo se estragou a partir do momento em que eu precisei de uma amiga e ela sumiu como que por encanto.
Tudo bem, eu sei que fui eu quem sumi. Mas meus telefones ainda existiam, meu e-mail, meu endereço. E ela os sabia todos de cor. A impressão que eu tinha era que se eu morresse só iriam se dar conta na missa de um ano. Sei que das coisas que começam ao mesmo tempo umas dão certo e outras, não. Sinceramente, gostaria que nossa amizade fizesse parte do primeiro grupo.
Sei que havia muito mais coisa (sentimentos, amizades, confianças) envolvida nesse balaio, mas não gosto de ficar enumerando, blá blá blá. E nem tenho tempo para isso, deveria estar tirando uma fita agora, meu chefe já já volta. Mas, veja bem, se você fica mal e algumas pessoas somem enquanto outras te apóiam (mesmo que às vezes não concordem com você, te achem exagerada ou o que for), em quem você vai confiar? Ao lado de quem você vai querer estar? Novos amigos são de oba apenas, na maioria dos casos.
Não, não sou egoísta. Não quero nada mais do que o dou para os outros. Também não faço nada pensando em receber. Cobranças são uó. Mas amizade, pelo menos para mim, é troca. Quando só um lado se doa é exploração, vampirismo ou abestamento mesmo. Um dia ainda me canso de ser besta.
Podem me chamar de rancorosa, mas é que não convivo bem com decepções. Até gostaria de ser menos covarde e dar eu mesma o primeiro passo. Mas eu sou covarde mesmo e acho que quem faltou primeiro que dê o telefonema. Quanto a mim, continuo gentil, dou dois beijinhos, escuto um "que saudade" e finjo que acredito nessa saudade tão estranha que não tem vontade de estar próximo.
PS: Ela, a pessoa, na verdade, é um coletivo.
terça-feira, outubro 21, 2003
Diálogo durante uma pauta:
_ Sabia que seu chefe estudou aqui?
_ Ah, foi? O Demitri estudou aqui?
_ ???
_ O Cláudio? A Fátima?
_ Não, minha filha. Seu chefe maior!
_ Deus????!!!
[Chafe maior, fala sério...]
E a gente sabe a mentalidade de uma escola ou faculdade pelas suas propagandas. Por exemplo, o folder de uma universidade daqui de Fortaleza anuncia sua Semana de Comunicação dizendo que vai "te dar tudo mastigadinho".
[Sem comentários]
Uns dizem não; outros, sim e mais talvez
Enquanto o Metallica cancela (ou pelo menos adia) sua passagem pelo Brasil, o Teenage Fanclub confirma três datas no Brasil. E
pode ter outra bem ali em Recife.
[Será?]
miss kittin's kitty!
a cara!
Não é fantástica essa foto que roubei do
eu digo eh morra!
Deu uma saudade agora da Barb. Ontem tive notícias dela. Depois de seus dias de princesa absoluta nesta casa, teve que aprender a viver em coletividade felina novamente. Inicialmente, a mimada só comia na própria tigelinha, e tinha de ser em casa, nada de lá embaixo com a gatarada. De raiva, os outros gatos foram lá e mijaram a caminha toda. Mas Barbarella perdeu as frescuras e hoje é da vadiagem felina do prédio da Eleuda.
segunda-feira, outubro 20, 2003
Eu quero!
E mais esse:
Cibercultura - Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea, André Lemos
Ah, consegui encontrar um "elogio" a altura daquele feito pela Grazzie, quando disse que, de cabelo curto, eu parecia uma judia recém-saída de Auschwitz. Foi o Diego quem me veio com uma de que com aquele "abadá" de imprensa e aquela touca "dos reggae" eu parecia uma demonstradora de supermercado. Uma torrada, Mr. DMM?
Pois é, troquei o template. Quem, senão ela, Audrey Hepburn, para encarnar o glamour e a elegância? Tinha de ser. Ainda mais na pele da Bonequinha de Luxo, musa de Hubert de Givenchy e revisitada por Thais Losso, da Cavalera, no "bas-fond sixties de Holly Golithly". [Essa expressão eu li em algum lugar à época do lançamento da coleção, mas não vou lembrar onde. Mas é porque não existe melhor expressão para definir a melhor festa do cinema]
E, sim, eu comprei a blusa pink com Holly Golithly, pretinho básico e piteira, com lantejoulas [ou paetês, você quem sabe] na liquidação. Porque eu sou assalariada, ganho pouco e acredito que o clássico não segue tendências. [marreclaro que esta blusa é clacissíssima].
[Mas voltando ao template, o outro era tão bonitinho] Verdade, eu gostava dele, mas é que eu enjôo rápido das coisas.
Das coisas, não das pessoas. E, sim, eu tenho ciúmes dos meus amigos. Eu MORRO de ciúmes dos meus amigos. E daí? É porque os amo.
E demorei a aprender que amigos são os que sempre foram. E a estes amo mais que os outros. Ainda gosto daqueles que são "oi" e "tchau", sério. Mas hoje sei diferenciá-los e já não sofro por querer que todos façam parte do primeiro grupo. Aprendamos a conviver com "ois" e "tchaus" e aproveitar mais as amizades inabaláveis.
E por falar em amigos... Ô Mário, ainda te gosto, você sabe. Não pude ir ao show. Problemas familiares e otras cositas mas. Quer saber? Talvez tenha sido melhor assim. Não pelo show perdido, claro, fiquei aqui com o coração sangrando. Mas já soube que foi sucesso de público e crítica. Depois te explico o que houve e você me conta como foi o show, ok? Quando é que rola um esquema "aqui pediu, tocou"?
Eu poderia ter falado da exposição do Verger que eu fui ver novamente ou do show do Ira! no Ceará Music. Ou ainda da minha decepção com o Governo, a ponto de não saber se rio ou choro com as piadas do Casseta e Planeta. Mas preferi ser fútil ao extremo neste post que já me bastaram os buracos do Juraci por hoje.
sábado, outubro 18, 2003
Então numa dessas madrugadas você chega em casa e "adocica, meu amor, adocica, adocica a minha vida, oooooiii". Mas, peraí, você nem bebeu esta noite e está vendo coisas absurdas? Isso mesmo, ontem o vizinho da Naddaf, o "rei da lambada" (lembra?), estava na portaria do meu prédio. Melado que só o cão, estava numa briga com uns vizinhos meus. Mas tive pena, ó. Ele só queria ver o filho. A mãe e os avós do "herdeiro da lambada" não deixaram e o bate-boca terminou com ameaças judiciais, cantadas de pneu e coisas voando pela janela.
Daqui a pouco baixa aqui uma equipe do TV Fama.
[trash]
quinta-feira, outubro 16, 2003
Ok, sábado tem Quinderelvis. I'll be there.
Portanto, a senha pra quem quiser me ver é apareça.
Para quem não quiser, não vá. Ou fique longe do palco.
Que eu sou é groupie.
E
I love Pixies.
* * *
E antes que venham me perguntar [ou julgar. estamos de volta à inquisição], um esclarecimento:
Esta mensagem é endereçada a Seu Ninguém, não tem destinatários. É apenas porque estou de mau humor com abuso de tudo e de todos.
Desça o cacete e chame atenção
Primeiro, leia
este texto.
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Leu?
Pois bem. Não é porque eu goste da banda (todos os dias vejo críticas ao que escuto), mas críticas sem embasamento, sem conteúdo e grosseiras (grosseira, sim, é horrível essa de citar nomes, parece mexerico de vizinha). E pior: rancorosa. Isso se for mesmo verdade a informação que me chegou de que o cara em questão seria o empresário da tal banda Acid Beatles (ou Acid X). Se a imparcialidade é um mito, vamos manter ao menos a ética.
[Agora, o momento em que a fã se liberta. Afinal isto é um blog sem pretensões jornalísticas, ok?]
Então minha amiga Isabela subiu no elevador com um cara. Mas, peraí, eu conheço esse cara de algum lugar..., ela pensa. De onde, meu Deus? No telefone, ela me diz que se lembrou, era um daqueles caras do Los Hermanos. Qual deles?, pergunto. O barbudo, ela responde. Não ajuda muito essa informação, mas como o Medina (que é Bruno) comprou uma gilete, seu nome é eliminado. Variadas perguntas depois, chego a conclusão que era ele, o meu favorito como letrista, o Amarante. O mamulengozinho, ô... Isso não acontece comigo. Eu só pego elevador com o vizinho sociofóbico...
E eu fiquei a menos de um metro dele(s). Não me olhe assim, eu me contive. Eu estava lá profissionalmente e me portei como tal. Apenas depois de concluído o serviço, aí sim eu tirei uma fotinha com o Camelo e disse com um fio de voz (ah, essa timidez) que eles eram demais. Eu sei que havia coisa melhor e menos patética a ser dita, mas foi isso que eu disse.
Mas, olha, antes dizer besteira depois do que perguntar coisas estúpidas durante a coletiva. Mas esse é um post a parte.
Pô, eles são bacanas, o Amareto, o Camilo e o Medinha (e esta é a hora em que a Érica me dá um soco). O Barba já é barba mesmo e só.
E só lembrando:
Ensaio Geral, do canal Multishow. A exibição está confirmada para o próximo dia 22/10, às 21h45m, com reprises logo em seguida às 4h30m, no dia 23/10 às 16h, 25/10 às 9h, e 26/10 às 15h.
Jornaleira
Agora eu sou uma mulher diplomada.
Micos
3. Chegar para uma pauta num super evento empresarial no Caesar Park e acabar com os 12 centímetros de salto atolados nas areias da Praia do Futuro por causa de uma baleia encalhada.
2. Correr por duas horas atrás do Serjão Machado na super maratona que ele resolveu fazer ao meio-dia na Barra do Ceará.
1. Levar uma corrida do buldogue alemão do Adjafre e, em pânico, subir na mesa do entrevistado enquanto tenta se desvencilhar do fotógrafo que quer impedi-la de tal ato.
quarta-feira, outubro 15, 2003
Foto de Charles W.
Marmotas de produção e edição minhas mesmo.
Modelo: eu demais.
Cenário: Amici's - festa Gerador
terça-feira, outubro 14, 2003
As pessoas me chamam de louca quando eu digo...
... uma das minhas maiores angústias é saber que existem lugares, idiomas, cheiros, gostos, habilidades que eu nunca vou conhecer. Há tanta coisa a se conhecer e tão pouco tempo ou dinheiro. Sabe, quando eu coloquei nos agradecimentos da monografia que meus pais me fizeram ver o conhecimento não apenas como uma forma de adquirir riquezas, mas como uma riqueza em si, não há nada que diga tanto de mim quanto isso.
... por mais que eu queira ser mãe não quero ter filhos. Sinceramente, não sei até que ponto vale à pena, para satisfazer um desejo egoísta de ser mãe, colocar aqueles que mais amamos nesse mundo tão louco e sem perspectivas. Pare, olhe ao redor, a situação global e local. O mundo caminha para o colapso e a escassez de tudo com a humanidade a cada dia mais mesquinha. Não quero que meus filhos sofram como eu por pensarem diferente da maioria.
... odeio encontrar pessoas que não sejam desconhecidas ao ponto de poder ignorar nem conhecidas o suficiente para abraçar. Abro meio sorriso esperando uma resposta para completar o "oi", mas geralmente a pessoa não fala comigo. E eu odeio ficar com essa cara de idiota, com um sorriso amarelo no meio.
... ainda não sei o que quero da vida. Tenho uma profissão, sim, é verdade, mas não sei que rumo seguir nela. Aliás, nem sei se quero continuar nela. Tantas coisas me atraem. Não sei se faço mestrado em Semiótica, Letras ou Moda, se enveredo pela fotografia, se faço vestibular para Estilismo, se tento a ECA, se vou para São Paulo ou se fico aqui.
... não namoro, fico, tenho caso ou o que for com artistas. Nem mesmo o fotógrafo do CM. Agora, só advogados, engenheiros, dentistas... Analista de sistemas... Isso! Analista de sistemas!
... tenho certeza que não passo dos 60. Não é por falta de vontade, apenas não consigo fazer projeções mentais para a minha vida após essa idade. É uma sensação. E digo mais: já sonhei umas seis vezes com meu enterro.
... fico pensando em quem estaria no meu velório se eu morresse hoje.
... sonho sempre colorido e em forma de filme, mas na perspectiva de primeira pessoa.
... fico tentando descobrir como se forma a imagem no retrovisor quando a gente o usa na posição pára-sol.
... quando eu era criança queria ser cabelereira, caixa de supermercado (achava que ganhava muito dinheiro) ou vender caju na esquina (e eu nem gosto de caju, mas queria agradar a mamãe, que gosta).
... meu sonho de infância era ter uma polaroid, uma banheira e escada para os quartos.
... eu posso perdoar (e até esquecer) raivas, gritos, brigas, ofensas, mas nunca esqueço uma decepção.
sexta-feira, outubro 10, 2003
De um e-mail que recebi:
"
Qual é o erro na seguinte sentença:
Ivete Sangalo lança 'Rock in Rio' na Europa [02.10]
A) Rock in Rio fora do Rio?
B) Ivete Sangalo apresentando um festival de rock?
C) Só "O Fuxico" divulgar o lançamento de um festival de rock?
D) Todas as opções anteriores?
"
sábado, outubro 04, 2003
BG: Little Trouble Girl, Sonic Youth
Soube ontem que não passei em uma seleção por causa do piercing. Um amigo que trabalha na empresa disse que o meu currículo tinha sido o melhor e que eu tinha me saído bem na entrevista, mas que a jornalista que estava selecionando os candidatos tinha cismado com meu piercing. Ou seja, eu perdi a chance de um emprego por causa de um minúsculo ponto em meu nariz. A moça deu mais valor à esse pontinho do que à minha capacidade. Não que eu ache que fosse a melhor ali, mas ela achou, segundo este meu amigo.
[passada]
Agora, apareceu outra vaga na mesma empresa. Ele disse para eu ir lá, mas atentou para o meu piercing. Aconselharam-me a tirá-lo no dia da entrevista. Eu sei que a oportunidade é boa, mas não estava a fim de ter que mudar o que quer que fosse em mim para agradar um entrevistador. Primeiro, porque acho que assim estaria corroborando um preconceito. Segundo, porque imagino no que mais eu teria de mudar para agradar. Terceiro, porque acho que meu valor (pouco ou muito) não é aumentado nem diminuído por um piercing ou uma tatuagem.
* * *
Ontem, os caminhos levaram novamente ao Esquina da Silva. Despedida da Liliana. Não sei ela ainda lê isso aqui. Mas gostaria de repetir o que disse lá. Boa viagem, boa sorte, se cuide e se garanta.
* * *
Não vejo a hora de chegar o fim do mês para que eu faça todos os exames necessários para a cirurgia. Êpa, nada demais. Cirurgia para correção de miopia. Minhas lentes estão em estado de miséria e quando saio de óculos (como ontem), eles ficam na bolsa ou pendurados na blusa. E eu fico tropeçando na rua. Pior: Danny Husk teve que puxar-me pelo braço pra falar comigo, cega que estava. Ei, Danny, nem te disse, mas você estava certo quanto ao brownie do Magu-sh. Vício.
* * *
Ontem ganhei um livro. Não sei se é bom, mas ele se chama "Moda e Comunicação", quase o mesmo nome do mestrado que pretendo na USP para daqui a dois anos. [é desisti de semiótica na puc] Obrigada, Lu.
* * *
Parece que hoje muita coisa conspira para este convite,
mas sinceramente não sei se será possível.
De todo modo, claps claps para a iniciativa.
sexta-feira, outubro 03, 2003
BG: Jeanne, Air et Françoise Hardy
Ontem lembrei-me de uma pessoa tão fortemente que me ocupou o pensamento o resto da noite. Ele diz que quer morrer antes do 70, que 70 tá bom. Que é isso, querido? Imagine se Pierre Verger tivesse morrido aos 70... Sugiro que veja a exposição lá no Dragão. Preste atenção às datas, em especial naquele painel que de ponta a ponta é um roteiro.
Lembrei também daquele professor da Casa Amarela que dizia que em foto quadrada não dá para fazer composição que preste. Sinto muito, mas ele nunca deve ter visto o que Verger fez com sua Rolleiflex ou então gosta do que é mais fácil. Porque, sim, é mais fácil compor no retângulo mesmo, ainda mais depois que se aprende aquela regrinha dos terços. E embora as pretensões de Verger não fossem artísticas, quem tem o olhar, ah, meu filho, o olhar... não há como não ser bela essa memória, independente se há sombra ou não.
Por fim, lembrei daquele professor da minha banca que disse que analisar imagem fixa era muito fácil. Para você, cara-pálida, disse o de Paula, indignado com tamanha pequenez de pensamento acadêmico. Ora, sem desmerecer a imagem em movimento, mas o que me fascina na foto é justamente a captura do instante, de um entre tantos. O timing, aquele segundo que faz uma diferença absurda, que separa uma foto espetacular de uma simplesmente correta. Se eu pudesse...
Daí lembrei do absurdo daquela empresa que troca os excelentes pelos medianos. É a força da grana que...
Entre tudo isso, vi também que São Paulo nos anos 50 já estava a caminho do caos. E foi saudade que deu, apesar disso.
E se a África fica bem ali, meu caro, por que não podemos voltar a nos falar como antes? Será que teremos que esperar os 70 para nos perdoarmos? Ou até lá continuaremos com esses pudores e orgulhos adolescentes? Lembro-lhe que estou com 23 e você caminha para os 25.
Já faz muito tempo aquele clarão.
Sejamos tudo perdão.
* * *
Taiti, Japão, Peru, Bolívia, Itália, Inglaterra, Senegal, Benin, Estados Unidos, Brasil
E o Verger é um daqueles homens cujo trabalho se torna mais interessante quando sua biografia é conhecida. São as tais das referências impregnando significações.
Encarar o outro. Mimese.
quarta-feira, outubro 01, 2003
Será que a Bridget Jones viu esse ensaio do Jack White com Iggy Pop na "Mojo"? Que boca "me coma" é essa?
terça-feira, setembro 30, 2003
Mais fotos da banheira!
* * *
Dúvida onírica
Quem
resolve?
* * *
[atchim!]
segunda-feira, setembro 29, 2003
Elia Kazan morre aos 94 nos EUA
Ele pode ter sido o filho da puta que foi, mas ninguém há de tirar-lhe o mérito de ter concebido algumas obras-primas.
Magnolia
Olha, se você não pretender cumprir, não prometa. Eu sei que em trabalho tem que se engolir um sapo por dia, mas hoje estou engolindo uma população inteira. Se bem que não foi surpresa, eu já desconfiava mesmo. Não sei se o Ricardo ainda lê isto aqui, mas aquilo que eu te disse no último telefonema se confirmou. Que eca, né? Pois é. Eu devia dar uma banana e nunca mais voltar. Deixa eu arrumar outra coisa, que eu faço isso. Blé.
domingo, setembro 28, 2003
BG: There's No Home For You Here, White Stripes
Mesmo com muito sono, eu vim aqui só para dizer "Obrigada, Flips, por ter me ajudado a realizar um sonho de infância...
... BANHEIRA!"
sábado, setembro 27, 2003
Shopping
Últimas aquisições: Elephant ("White Stripes"), Maria Rita (hype, sim, mas bacana) e o "Janelas do Ciberespaço", organizado pelo André Lemos.
Steve Harley
naquele DVD de glam rock da Marina está que é a cara do
João.
Pensei que era desfile
quando vi o folderzinho da Semana da Comunicação da UFC. Ficou bem bonitinho, e eu quero ver a palestra da "mais querida" (piada interna).
MP3 free!!!
A versão especial de "Sleeping With Ghosts" vem com um CD bônus de covers. Além das já conhecidas, dos Smiths e do T-Rex, o disco traz algumas inéditas.
"Running Up That Hill" (Kate Bush)
"Where Is My Mind" (Pixies)
"Bigmouth Strikes Again" (Smiths)
"Johnny And Mary" (Robert Palmer)
"20th Century Boy" (T-Rex)
"The Ballad Of Melody Nelson" (Serge Gainsbourg)
"Holocaust" (Alex Chilton)
"I Feel You" (Depeche Mode)
"Daddy Cool" (Boney M)
"Jackie" (Sinead O' Connor)
"Daddy Cool", puro disco no original, com acentos rock é pelo menos curiosa. Mas eu gostei.
quinta-feira, setembro 25, 2003
Não é a Gizele
Quando o meu amigo, escriba do
Elkablog, me contou eu pensei que fosse brincadeira, mas é
sério.
As galeras são do mal
mas dá para rir demais com
isso.
Quarta, Esquina da Silva
Menino que não vou lembrar o nome nem a pau, Tê e Magelitz
Negra gata
Esta é a Barbarella, minha pretinha, que teve que ir embora por causa da intolerante alergia de outrem.
[sad]
quinta-feira, setembro 18, 2003
Confesso que tenho medo quando escuto falarem sobre essas voltas de bandas tipo "My Bloody Valentine" e "Pixies".
Confesso que se o "Placebo" vier mesmo ao Brasil tenho um troço na hora.
Confesso que ainda não ouvi o que me mandaram procurar: "Elefant" e "The Music".
Confesso que estou baixando as novas de "Strokes" e "BRMC"
Meu IQ aumentou consideravelmente hoje.
IQ=Indie Quociente. Help me, please.
E a cara da alemã quase batou no chão sem acreditar que eu nunca tinha saído do país, ou que sequer conhecia todas as capitais brasileiras. Ela viaja todos os anos e já conheceu a Europa inteira. Bom, eu também viajaria mais se morasse em um continente do tamanho da Amazônia, ganhasse em Euro e gastasse em real. Quem sabe nos tais dos universos paralelos do cara que a Ariadne entrevistou... Quem sabe em alguns desses choques de ondas em galáxias distantes exista uma Koltrane bonita, rica e que saiba por que o elevador não pára em seu andar Ou melhor, uma Koltrane ascensorista!
Enquanto isso, a Koltrane de cá, que (não) ganha em real e paga um salário mínimo todo mês para que uma louca de branco a faça sofrer junta a pouca grana para visitar amigos e irmã do outro lado do mar. O elevador está descontrolado e a moça temerosa. Saca medo de altura? Olha, juro que não é porque aqui nessa Via Láctea ele usa mocassim com franjinha. Até porque garotos com bolsas atravessadas já ganham vinte pontos comigo. Mas é que... whatever.
Mas sei lá. Ainda tenho a opção de cometer uma última insanidade consumista e comprar uma passagem para o Japão. Assim, ficarei pobre, mas comerei sushi todo dia. Acho que o PA vai comigo. Ele vai catar coisas nos lixos de Tókio e vender via Sedex para o Brasil a preços promocionais. Assim como minha irmã vai sobreviver da renda do contrabando de guaraná Antártica. Se uma lata custa 5 euros, calcule a garrafa de dois litros. O fundo da mala vai forrado de garrafas verdes, penso.
Só que a vovó já dizia que todo penso é torto e caí do cavalo na avenida da Universidade. Antes de pintarem a seta no asfalto, pensei que se tratasse de uma intervenção urbana, dessas tão em voga (ô palavrinha! acho que é o mario que gosta), para chamar a atenção para a solidão nas grandes cidades... Se não era coisa do Enrico, bem que parecia. Mas hoje eu descobri que a palavra era apenas para indicar sentido único e obrigatório do tráfego. Chato. Já estava achando tão linda aquela manifestação melancólica. Sei lá, vou tentar continuar acreditando que aquelas duas letras ali têm a ver com solidão mesmo. Coisa de gente "SÓ". "Só", é isso que está escrito no asfalto em letras garrafais. Grande, muitas vezes maior do que a plaquinha da Thaís. Quer dizer, a plaquinha que a Thaís achou e mandou fotografar. Vai ver a explicação é que a solidão é bem maior do que qualquer coisa "for you".
Acho que depois dessa explicação posso até entrar no Alpendre.
quarta-feira, setembro 17, 2003
Faltou purpurina
Sei lá por que lembrei daquele amigo da minha irmã que largou a faculdade de medicina para ser travesti. A mãe quase morreu quando o filho confessou sua vocação. Para sua felicidade, a carreira do menino fracassou, pois ninguém queria ver seu show. Parado demais, diziam. Ao menos podemos dizer que ele foi original: existe alguma outra trava no mundo que faça show imitando Nara Leão?
segunda-feira, setembro 15, 2003
O nome do lugar era Boteco, mas não era aquele da Antônio Sales. Na entrada, um smile nos sorria (deixe-me ser redundante) e a faixa anunciava Délcio Luiz, do Kiloucura, na sexta. Mas era domingo e a festa foi bacana. Pena que fui-me cedo. O Dan69 admite que é um péssimo comerciante e o Sellaro terá que ser o atravessador nessa história. E eu poderia ter gasto mais 10 reais com cerveja.
* * *
Essa era para eu ter contado antes...
Redação, fim de tarde, horário de fechamento. Toca o telefone.
Alô.
Alô. Eu queria falar com o editor.
Ele não pode atender agora.
Mas é que eu queria falar com ele...
Mas ele tá em reunião.
Mas eu preciso falar com ele...
Olha, não dá mesmo. É só com ele?
Só...
Tem certeza?
Como é o nome dele?
Hãn?
É que eu sou aluna de jornalismo do semestre tal da faculdade tal...
(Deve ser estágio que ela quer, pensa o repórter) Me adiante o assunto.
É que eu tenho uma sugestão de pauta pra ele.
Diga pra mim mesmo. Eu repasso pra ele depois.
É que caiu um prédio aqui perto da minha casa.
Sério?!?!?!
É sim.
Onde você mora? Onde é esse prédio?!
Na Washington Soares.
Obrigada. Tchau.
Pense numa criatura que aprendeu bem direitinho o que é um lead!
* * *
Depois de "o amor é um elevador que não pára no meu andar" do grande Inagaki, peço permissão para reproduzir outra boa analogia. Esta é da helênica:
"o amor, às vezes, é com um banco em dia de pagamento: há muito tempo esperava na fila, já tava impaciente, indócil batendo pé. começei a pensar com as contas da minha pulseira. e de repente, estava postada na boca do caixa, mas distraída perdi a minha vez. alguém, como quem não quer nada, passou na minha frente e está fazendo lá a transação bancária. e eu com cara de besta e olhando para as pessoas atrás de mim. dou de ombros. de volta ao final da fila. qualquer dia desses eu aprendo a pegar um atalho: usar o caixa-rápido."
* * *
Rapaz, quando a Isabelle dizia eu não acreditava, mas ontem eu tive a prova inequívoca, inegável, irrefutável, indiscutível, cabal (vamos lá, me ajudem, mais adjetivos, por favor!) de que a decadência acerta algumas pessoas em cheio!
* * *
Só depois que eu já tinha trocado de roupa no banheiro da empresa é que vi um papel na porta avisando: "Operários trabalhando na parte externa do prédio, use o banheiro da recepção". Pois bem, mesmo não estando no auge de sua forma física (ainda mais agora que abandonou a academia), Miss Koltrane deve ter feito mais feliz o dia de um trabalhador da construção civil.
* * *
Os nomes que mais se repetem na minha existência: Érca, Taís, Ricardo e Felipe. O apelido, Bel.
sábado, setembro 13, 2003
Eu só acho que se sua pauta muda de duas para quatro horas, não custava nada o editor te avisar pra você não ficar morrendo de tédio numa redação vazia. Humpfff...
Lunário perpétuo. pequeno almanaque/livro de edição rara que ganhou de um amigo. Um compêndio de idéias que surgiu no século 19, em Portugal, e que chegou ao Brasil para servir aos sertanejos e nordestinos como um pequeno guia sobre diversos assuntos do cotidiano.
O lunário perpétuo de Antônio Nóbrega
Ih, vontade de apanhar-te, rabequinha. De novo.
sexta-feira, setembro 12, 2003
tééééédiiiioooooooooooo.........................
Por aí
Eu e meu brinquedinho novo. Dá nem pra ver de tão pequena esta digital que comprei num surto em 10 prestações.
Joubert se esconde e eu acho graça...
A lembrança da festa no telefone de Charlie W.
Tão lindas!
Saudade muita...